sexta-feira, 11 de novembro de 2011

RETALIAÇÃO: oficiais do Corpo de Bombeiros são exonerados após protesto



Dois tenentes-coronéis do Corpo de Bombeiros do Maranhão – Celso Jesus Moraes Vargas e Manoel Alves da Cunha – foram exonerados de seus cargos de comando, depois de participarem do movimento paredista da última terça-feira (8), quando policiais militares e bombeiros bloquearam a entrada da Assembleia Legislativa exigindo melhores salários e condições de trabalho.

O comunicado da exoneração foi feito no dia seguinte ao protesto (9), mas a portaria foi assinada logo após a manifestação, no turno vespertino.

A não punição de policiais e bombeiros que participaram da paralisação foi uma das condições do acordo feito entre os líderes do movimento, o presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo e o líder do governo na Assembleia, deputado Manoel Ribeiro.

Pelo visto, em se tratando de reivindicações de melhorias junto às "casas de representação do povo", acordo feito é acordo descumprido.

Hugo Freitas

6 comentários:

  1. Boa noite admirável jornalista Hugo Freitas. Sou um homem sem formação acadêmica. Entretanto, considero-me um legalista. Entendi que os Tenentes Coronéis estavam em funções comissionadas. Cargos de confiança do governo e, portanto, decididos a participarem do protesto por certo necessário. Deveriam antecipadamente, terem entregues os mencionados cargos. Prezado jornalista quem aceita cargo do governo está concordando com a administração. Quem acende uma vela para Deus e outra para o diabo. Fica sem a proteção de Deus e do Diabo. Na minha condição de sindicalista nunca quis cargo comissionado. Lamento! Abraço. Reinaldo Cantanhêde Lima

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  2. É de entristecer a nossa gente trabalhadora.

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  3. Sem dúvida, de entristecer e de envergonhar.

    Grato pela participação. Abraços fraternos.

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  4. Bem observado, Reinaldo.

    Grato pela participação. Abraços fraternos.

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  5. Caro Reinaldo Lima,
    Gostaria de esclarecer que no Corpo de Bombeiros da Maranhão só existem três cargos comissionados: Comaqndante-Geral, Subcomandanre e Subchefe do Estado-Maior Geral, com gartificações que variam entre R$ 2.000,00 a R$ 3.000,00. Portanto, os oficiais nomeados para a função de comandante de batalhão ou grupamento não recebem nenhuma gratificação por isso. Portanto, se o oficial for nomeado em qualquer função administrativa (batalhão ou diretoria), continuará recebendo apenas o subsídio, como qualquer outro, estando ou não nomeado em alguma função.
    É importante ressaltar que, mesmo sendo favorável às reivindicações da categoria por entender que são justas e legítmas, continuei no comando do meu grupamentro cumprindo minhas atribuições, pois entendo, também, que a sociedade não pode ser prejudicada na prestação do serviço de emergência.
    O que aconteceu, na verdade, foi uma retaliação injusta comigo, pois apesar de apoiar o movimento, continuei cumprindo com minhas obrigações de comandante da unidade operacional, e mesmo assim fui exonerado.
    Assim, não considero que meu posicionamento foi dúbio, uma vez que a lei determina que, em caso de greve nos serviços essenciais, 30% desses serviços continue funcionando. Portanto, consciente da minha missão e do compromisso de servir à sociedade maranhense continuarei a defender a luta pacífica e ordeira por melhores condições de trabalho sem, contudo, atropelar o direito de outrem.
    São Luís-MA, 20/11/2011

    Manoel Alves da Cunha
    Tenente-coronel
    Bombeiro do Maranhão

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  6. É POSSÍVEL PACIFICAR A SEGURANÇA PÚBLICA DO MARANHÃO

    Parece que o Governo do Estado “pagou” para ver a paralisação da PM e do CBM, no dia 08/11/2011. E acabou vendo. Foi um fato inédito na história das duas corporações militares do Maranhão, que por sinal ocorreu de forma ordeira e pacífica e durou apenas 4 horas, pois os manifestantes aceitaram um acordo para aguardar até o dia 23/11 por uma proposta concreta do Executivo Maranhense. Agora, surgem notícias nos blogs de que a Governadora não vai atender às reivindicações dos militares e ainda por cima vai chamar a Força Nacional, ou seja, tudo indica que o Governo pretende “pagar” mais uma vez para ver uma nova paralisação dos militares estaduais. É preferível não arriscar novamente, ou melhor, não pagar o preço de ver, pela primeira vez na história da segurança pública deste Estado, um confronto sem precedentes que poderá resultar em danos físicos e sociais para os manifestantes militares e integrantes da Força Nacional, o que, com certeza, manchará a segurança pública, o governo e o Estado, além de trazer caos à sociedade que paga impostos para ter uma segurança cidadã. Isso seria um grande erro político da vida da governadora. Será que o “melhor governo da vida dela” deixará esse triste e desastroso legado para o povo do Maranhão? Não creio que a Chefe do Executivo Estadual vai se deixar levar pela vaidade, o orgulho, a prepotência e a intolerância, pois é tempo de cultivarmos a paz, não a guerra. È tempo de cultivarmos o diálogo, não a intransigência. É tempo de cultivarmos a ordem, não a desordem. É tempo de cultivarmos o amor, não o ódio. Em fim, é tempo de o Estado valorizar os seus servidores e permitir que vivam com dignidade. Portanto, prefiro acreditar numa solução democrática e justa que venha ao encontro dos anseios dos profissionais da segurança estadual e ao mesmo tempo permita ao Estado se adequar à realidade orçamentária. Acredito, também, no bom senso, na responsabilidade e na capacidade política e administrativa da senhora Governadora Roseana Sarney para resolver essa crise instalada nas instituições militares do nosso maravilhoso e pacífico Estado.
    Um grande abraço a todos!
    São Luís-MA, 18/11 2011
    Manoel Alves da Cunha
    Tenente-coronel do CBMMA

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Grato pela participação.