terça-feira, 26 de janeiro de 2016

SÃO LUÍS ENTRE AS CIDADES MAIS VIOLENTAS DO MUNDO


Em dois anos, o Brasil passou a ter cinco cidades a mais na lista das 50 mais violentas do mundo, divulgada pela ONG mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal nesta segunda-feira (25). O país aparece agora com 21 cidades na lista. Em 2014, 16 cidades brasileiras faziam parte da lista mundial.

O ranking apontou Caracas, capital da Venezuela, como a cidade mais violenta do mundo. Fortaleza, que ficou na 12ª colocação geral, foi a líder em mortes violentas no Brasil.

O destaque negativo no país é a região Nordeste, que aparece com um quarto dos municípios mais violentos do planeta.

Para fazer o cálculo do ranking, a entidade usa a taxa de número de homicídios por cada 100 mil habitantes. A pesquisa avalia apenas os municípios com mais de 300 mil habitantes.

Mudanças

No levantamento de 2014, Maceió era a líder nacional. A capital alagoana agora é a quinta menos segura do país. Belo Horizonte foi a única cidade nacional a deixar a lista de 2014.

Na lista divulgada nesta segunda, Fortaleza aparece com taxa de homicídio de 60,77 - praticamente a mesma de Natal (60,66) e da Grande Salvador (60,63).

A região Nordeste, por sinal, é a que tem mais cidades no ranking – além das nove capitais, completam a lista Campina Grande (PB) e Feira de Santana e Vitória da Conquista (ambas na Bahia). Em 2014, eram nove cidades nordestinas na lista: Teresina, Feira de Santana e Vitória da Conquista não estavam.

Além dos munícipios do Brasil e da Venezuela, completam a lista cinco cidades do México, quatro da África do Sul e dos Estados Unidos, três da Colômbia e duas de Honduras.

Cidades mais violentas do Brasil* no ranking mundial:

12º Fortaleza - 60,77
13º Natal – 60,66
14º Salvador (e Região Metropolitana) – 60,63
16º João Pessoa – 58,40
18º Maceió – 55,63
21º São Luís – 53,05
22º Cuiabá – 48,52
23º Manaus – 47,87
26 Belém – 45,83
27º Feira de Santana (BA) – 45,50
29º Goiânia (e Aparecida de Goiânia) – 43,38
30º Teresina – 42,64
31º Vitória – 41,99
36º Vitória da Conquista (BA) – 38,46
37º Recife – 38,12
38º Aracaju – 37,70
39º Campos dos Goytacazes (RJ) – 36,16
40º Campina Grande (PB) – 36,04
43 Porto Alegre – 34,73
44º Curitiba – 34,71
48º Macapá – 30,25

*taxa por cada 100 mil habitantes

Com informações do portal UOL

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Financiamento do Restaurante Universitário será discutido em Audiência Pública


A situação do Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal do Maranhão, devido à iminência de ter que fechar as portas por conta da crise econômica por que passa o Brasil e que atinge todas as instituições federais de ensino superior, será debatida em Audiência Pública.

O objetivo da audiência, convocada pela reitora Nair Portela para esta quarta-feira (27), às 9 horas, no auditório do Centro Pedagógico Paulo Freire, é discutir soluções viáveis que evitem a paralisação dos serviços do RU.

Tod@s lá!!!

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domingo, 24 de janeiro de 2016

Diálogo e planejamento para desenvolver ainda mais a UFMA



Republico aqui as matérias veiculadas nos jornais O Imparcial e Jornal Pequeno referente à reunião ocorrida na última quinta-feira (21) entre dirigentes do Sindufma (Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do Maranhão), o qual integro como um dos diretores, e a reitora Nair Portela. Na pauta, os desafios enfrentados pela nova gestão em meio a um cenário de estagnação econômica do país e de cortes profundos na Educação, além da recepção calorosa e dialógica das demandas dos campi do Continente. Diálogo e planejamento para desenvolver ainda mais a nossa querida e prestigiada UFMA.

sábado, 23 de janeiro de 2016

A história do Maranhão fazendo história... 42 anos de Arquivo Público.

Prédio histórico, datado do séc. XIX, que abriga o maior acervo documental da história do Maranhão

Uma significativa parte da história do Maranhão está guardada e preservada no Arquivo Público do Estado do Maranhão (Apem), órgão ligado à Secretaria de Estado da Cultura (Secma), por meio de um rico e variado acervo documental.

Na quinta-feira (21), o Apem completou 42 anos. A data está sendo lembrada com uma exposição, na sede do órgão (Rua Nazaré, 218, no Centro Histórico de São Luís), aberta ao público.

Fundado em janeiro de 1974, o Apem recolhe, organiza, preserva e divulga documentos de órgãos integrantes da administração direta e indireta do Estado. Passou por vários prédios antes de ser transportado, em 1978, para um casarão do século XIX, que foi reformado para acomodar as documentações ligadas ao Estado. Antes de ser chamado de Arquivo Público era conhecido como Secretaria Geral.

O Apem tem sob sua guarda o maior acervo documental do estado. São, aproximadamente, dois quilômetros de documentos textuais (manuscritos, datilografados e impressos) dos períodos Colonial, Imperial e Republicano, além de mapas, plantas, discos e microfilmes.

O acervo é dividido em dois setores. O de Códices reúne milhares de documentos encadernados entre registros de patentes, registro gerais, alvarás, cartas de datas e sesmarias, provisões, passaporte, leis e decretos, obras públicas, registros de terras, entre outras documentações.

O segundo setor, o de Avulsos, reúne as documentações “soltas”, o que inclui correspondências enviadas por autoridades aos governantes do Maranhão e ao Chefe de Polícia. Nesse acervo estão séries documentais que são as cartas de datas e sesmarias, cartas patentes, passaportes, mapas de nascimento, batismos, casamentos, entre outras.

O Arquivo Público possui uma biblioteca de apoio com aproximadamente seis mil volumes, com livros, periódicos e outras publicações, incluindo as das áreas de Arquivologia. Possui, também, conjuntos documentais incorporados ao acervo como os da Arquidiocese, Câmara Municipal de São Luís, Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS) e os do padre João Mohana.

O Acervo Digital é a novidade do Apem. Foram digitalizados mais de 700 documentos como livros, editais e correspondência de 327 mil imagens. Os arquivos estão disponíveis em Formato Portátil de Documento (PDF), que podem ser acessados de forma direta, através de links para cada conjunto dos livros digitais ou simplesmente por meio do uso da ferramenta de busca.

É a história do Maranhão fazendo história...

Com informações do Governo do Estado do Maranhão

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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

VIOLÊNCIA EM SÃO LUÍS: Praticamente dobrou o número de assaltos a ônibus, informa sindicato dos rodoviários


É de quase o dobro o número de assaltos a ônibus ocorridos em 2015 na capital maranhense em comparação ao ano anterior.

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão – STTREMA divulgou o balanço de assaltos praticados a coletivos que integram o sistema de transporte da capital, ao longo do ano de 2015. Nos últimos 12 meses, 657 crimes do tipo foram registrados nos ônibus que circulam pela grande São Luís.

No comparativo com 2014, houve um crescimento de 291 assaltos em 2015. “É importante frisar que esses números se referem somente a empresas que registraram boletins de ocorrência, relatando os assaltos sofridos. A grande maioria delas não denuncia o crime, por isso o número real de assaltos praticados na grande ilha pode ser ainda maior”, ressalta Isaias Castelo Branco, presidente do sindicato.

Os meses mais críticos de 2015 foram outubro com 110 assaltos registrados, novembro com 81 crimes do tipo contabilizados e dezembro, com histórico de 94 assaltos. As estatísticas dos últimos meses preocupam o sindicato dos rodoviários, já que a ação cada vez mais audaciosa dos criminosos ameaça tanto os trabalhadores, como usuários do sistema de transporte público da capital maranhense.

“As estatísticas só crescem. O próximo passo é nos reunirmos com a Secretaria de Segurança Pública e discutir novas estratégias para serem colocadas em execução, na tentativa de coibir não só essa prática, mas também reduzir esses índices”, conclui Castelo Branco.

Após a repercussão dos números alarmantes, o governo estadual apressou-se em agendar uma reunião para esta quinta-feira (14) entre o secretário de Segurança Pública, os dirigentes do sindicato dos rodoviários, representantes da Polícia Militar e da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT). O encontro acontecerá na sede da Secretaria de Segurança, às 15h.

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Secretaria de Direitos Humanos do MA emite Nota criticando "resposta" do deputado do PCdoB premiado como "Racista do Ano"


Participação popular e controle social são pilares fundamentais de uma democracia. Além de exercê-la através do voto, cobrar e fiscalizar os mandatos são também direitos e deveres do povo.

Ao rebater ironicamente o título que lhe foi outorgado pela ONG Survival International, de “Racista do Ano” de 2015, o deputado estadual Fernando Furtado (PCdoB/MA) tenta desqualificar, generalizando casos pontuais, espaços e formas legítimas de controle social e participação popular, entidades e organizações com atuação histórica, bem como o processo de identidade e autoafirmação dos povos indígenas. Ao longo das últimas décadas — seja na luta pela democracia, seja na luta pela efetivação dos direitos pós-88 — os defensores e entidades de direitos humanos exercem um papel crucial, através do diálogo imprescindível para o avanço das políticas públicas necessárias ao bem estar de todos e todas. Não há democracia sem o saudável e respeitoso diálogo entre os poderes públicos constituídos e a sociedade civil.

O prêmio conferido ao parlamentar maranhense alude a um discurso racista proferido por ele em julho passado, cujo conteúdo também tinha cunho homofóbico, além de incitar ódio aos povos indígenas. Espera-se do deputado Fernando Furtado uma agenda política pautada pela luta em defesa dos direitos das minorias e no combate a qualquer forma de preconceito e discriminação, conforme preconizam os estatutos de sua agremiação partidária.

São Luís/MA, 4 de janeiro de 2015

Francisco Gonçalves da Conceição
Secretário de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular
Presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos

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sábado, 2 de janeiro de 2016

ELIZIANE GAMA ENTRE A "CRUZ" E A "ESPADA"

Eliziane e Edivaldo irão se enfrentar em 2016. Flávio Dino será o "fiel da balança"

Por Hugo Freitas

A deputada federal e pré-candidata à Prefeitura de São Luís, Eliziane Gama (REDE), que lidera todas as pesquisas de intenções de voto já realizadas até aqui, terá um grande desafio político-eleitoral neste ano. E não é o pleito de outubro.

Eliziane inaugurou 2016 divulgando um vídeo gravado em frente ao Palácio de La Ravardière, sede do Executivo municipal, onde reafirma sua disposição em concorrer à cadeira de prefeito da capital maranhense. Além disso, Gama postou em seu perfil no Twitter a foto de um ônibus sendo engolido pela erosão ocorrida num bairro da ilha, imagem que se espalhou nas redes sociais e na imprensa como rastilho de pólvora e que motivou a primeira postagem do ano aqui, no nosso Blog do Hugo Freitas (confira aqui).

A tática de Eliziane é de mostrar os problemas de São Luís contrapondo-os aos possíveis erros, falhas e equívocos cometidos ao longo da gestão Edivaldo Júnior (PDT) que, convenhamos, prezado leitor e querida leitora, deixou muito a desejar no que concerne às propostas e promessas de campanha.

Ocorre que por mais que o governador Flávio Dino (PCdoB) venha reiterando publicamente que não irá interferir nas eleições municipais, discurso que cai por terra quando se observa, por exemplo, as fortes investidas do governo no cenário político da segunda maior cidade do Maranhão, Imperatriz, ele não deverá assistir de braços cruzados à derrocada de seu primeiro pupilo/afilhado político.

Edivaldo se tornou candidato e foi eleito prefeito com a fiança e o apoio de Flávio Dino, em 2012, aliança que se manteve vitoriosa em 2014

Flávio "bancou" a candidatura de Edivaldo, desde a sua escolha nas prévias partidárias até a vitória nas urnas, mas não com recursos financeiros, e sim com seu capital político. Dino foi o fiador e o principal articulador e promotor da campanha de Holanda Jr. Com seu prestígio, força e influência, atuou junto aos líderes dos partidos integrantes da coalizão que se sagrou vencedora em 2012 e que se manteve unida, a contrapelos, para vencer novamente em 2014.

Portanto, uma eventual derrota eleitoral de Edivaldo será, sem sombra de dúvidas, uma derrota política de Dino no tabuleiro que se configura com foco em 2018.

Nesse sentido, para chegar forte na disputa em outubro, Eliziane deverá ficar entre a cruz e a espada, concentrando suas críticas a Edivaldo e, ao mesmo tempo, estreitando relações com Flávio, salvaguardando-o do mesmo olhar.

O uso da analogia é proposital. Afinal, Gama descende de família de evangélicos e empunha a bandeira cristã com fé e convicção, tal como Edivaldo. E ambos, cada um a seu modo e recursos, irão travar uma batalha pela conquista desse novo filão do mercado eleitoral ludovicense. Contudo, sob a insígnia da "cruz", Eliziane terá que se esquivar da "espada" que será brandida pelos defensores da atual administração municipal. Dentre eles, o Palácio dos Leões, sede do governo estadual.

E isso já vem acontecendo há algum tempo. A parlamentar parece querer evitar bater de frente com a "muralha de ferro" que deverá ser erguida e colocada em funcionamento pelo governador comunista em prol da blindagem de seu pupilo neopedetista, vez que as duas poderosas máquinas administrativas, governo e prefeitura, estão unidas e assim deverão permanecer até o fim do mandato dos comandantes de La Ravardière.

Ainda assim, é pouco provável que haja uma espécie de "vida fácil" para a deputada federal por conta de tal postura, de crítica ao prefeito e de manutenção dos laços com o governador.

O enfrentamento às duas máquinas será inevitável. No plano oficial/formal, como permite a legislação, os Leões deverão aumentar os esforços com publicidade para divulgar e transmitir a ideia de uma "parceria que deu certo" com a Prefeitura de São Luís.

A guerra será mais sensível na imprensa, onde batalhas diárias serão travadas para se conquistar os corações e mentes do eleitorado. E, para tanto, a "tropa de choque" que deverá ser acionada, mais uma vez, serão os veículos midiáticos e seus escribas. E não só os "tradicionais", mas também os digitais.

É sabido que diversos media "jornalísticos" estão amarrados ao Governo e à Prefeitura por meio das famigeradas verbas publicitárias. O mesmo ocorre com os blogs, cuja proliferação em larga escala acabou produzindo uma espécie de "feira midiática" no Maranhão, onde os preços pelos serviços são regulados não pela "lógica do mercado", mas pelo grau de vínculos mantidos com os diversos "patrões", sejam eles pessoais ou institucionais. Para dispor desse auxílio, Gama terá que gastar, e muito, para cobrir os ganhos que os media já acumulam dos dois entes federados.

Caberá a Dino ser "fiel" ou não a Edivaldo na balança político-eleitoral de 2016 ou construir nova "fidelidade" com Eliziane

Por outro lado, Flávio Dino terá de saber lidar com a liderança das pesquisas que apontam Eliziane Gama como favorita ao comando do Executivo municipal. E este "saber lidar" ao qual me refiro tem a ver com a necessidade de ter sabedoria para incorporar a neorediana ao seu projeto político, sob o risco iminente de novos e velhos adversários se reforçarem e se reestruturarem para fazer frente significativa à hegemonia que se pretende alcançar.

Trocando em miúdos, caberá a Dino ser, de fato, "fiel" ou não a Edivaldo na balança político-eleitoral que se avizinha ou construir nova "fidelidade" com Eliziane. Seja como for, para onde pender, irá acumular o bônus e o ônus de sua decisão.

A própria Eliziane terá de ter essa sabedoria, uma vez que sua postura na Câmara dos Deputados é de oposição ao governo federal, de quem Dino é aliado. Aliança esta que o governador busca ampliar e potencializar pelos próximos anos. Para Gama, ter o governador como aliado é fundamental para uma eventual vitória eleitoral e, consequentemente, para fins de gestão municipal.

Diante de um cenário de crise política, com baixo crescimento econômico, aumento da inflação, previsões até mesmo de recessão e de encolhimento do PIB, onde prefeitos sofregam para dirigir seus respectivos municípios, contar com o apoio de Dino no plano regional também pode ser traduzido na edificação de uma profícua ponte com o Palácio do Planalto.

Daí que para dar elasticidade e musculatura à sua candidatura, como em toda disputa eleitoral, é natural que Eliziane assuma uma postura combativa à gestão de Edivaldo para cimentar as suas propostas. E isso ela fez questão de deixar claro logo no primeiro dia do ano.

A própria população espera isso de um candidato ao colocá-lo em primeiro lugar nas pesquisas de intenções de voto e ao expressar seu descontentamento com o atual mandatário municipal, cujos índices referentes ao quesito "rejeição" são preocupantes para quaisquer projetos de reeleição.

Contudo, não se pode descurar que o mesmo prefeito a ser combatido é afilhado político do governador do Estado.

Uma "operação cirúrgica" de enfrentamento eleitoral, correndo os riscos das implicações e dos efeitos colaterais daí advindos, portanto, é condição sine qua non para Eliziane chegar com chances reais de vitória em outubro deste ano, sob pena de ser "esmagada" pela união de forças dos dois palácios mais poderosos do Maranhão.

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Em São Luís, ano novo, velhos problemas...

Asfalto cedeu na Rua Um do bairro Cohajap, em São Luís, com a primeira chuva do ano. (Foto: Elson Paiva/TV Mirante)

Por Hugo Freitas

Para a primeira postagem de 2016, gostaria de escrever sobre coisas boas, positivas, otimistas e que trouxessem esperança. Mas, infelizmente, o ano novo traz consigo velhos problemas.

Exatamente nas primeiras horas de 2016, uma leve chuva caía em São Luís... Pronto. Foi o suficiente para que se registrasse em foto aquilo o que muitos já sabem há tempos: a péssima qualidade dos serviços realizados em obras de esgotamento sanitário e recapeamento asfáltico e do material utilizado, o famoso "asfalto sonrisal" despejado nas ruas da capital maranhense.

A questão é que isso não é um problema novo. Muito pelo contrário. Já faz parte da rotina "histórica" da cidade ser "recapeada" em períodos pré-eleitorais por materiais de qualidade duvidosa e serviços mal executados. Peças de teatro humorístico já retrataram São Luís como a famigerada "buracolândia". Basta lembrar de um vídeo que "viralizou" nas redes sociais à época da gestão do então prefeito batizado pelos adversários (hoje, aliados) de "caostelo".

Contudo, a "novidade" de agora, flagrada pela foto que inaugura as postagens no Blog do Hugo Freitas, na Rua Um do bairro do Cohajap, no alvorecer do dia 01 de janeiro de 2016, cuja erosão "engoliu" um ônibus e quase engole a rua inteira, é que obras de esgotamento sanitário haviam sido realizados no local há apenas um mês pela Caema, sob as bênçãos da parceria do Governo do Maranhão com a Prefeitura de São Luís.

Governo e Prefeitura, juntos, não deram conta de resolver o problema histórico que destrói a imagem de São Luís mundo afora. E esse é um clássico exemplo de má gestão dos recursos públicos, ou pior, de reprodução das velhas práticas administrativas que assombraram o Maranhão tempos atrás e que, infelizmente, continuam a fazê-lo.

Segundo divulgado na imprensa, a empresa responsável pela obra é a Artec Egenharia, contratada pela Caema, que é uma organização pertencente ao Governo do Estado. Nesse caso, não há como dissociar os dois entes federados. O Governo é o responsável pela Caema. Portanto, é de sua responsabilidade problemas por ela enfrentados. Da mesma forma, a Prefeitura de São Luís omitiu-se de suas funções de fiscalização dos serviços, vez que existe uma pasta específica para cuidar de tais questões, a de Serviços e Obras Públicas (Semosp).

Se antes a fatura das mazelas de São Luís era creditada à ausência de parceria entre Governo e Prefeitura por conta de disputas políticas, agora é justamente a imbricação de laços políticos entre o governador Flávio Dino (PcdoB) e o prefeito Edivaldo Júnior (PDT) que dá continuidade a tais problemas, tanto pela (re)contratação dos serviços de uma empresa que, em gestões anteriores, estadual e municipal, já havia mostrado a "proeza" de seus feitos, quanto pela tendência de complacência entre os entes federados.

Afinal, ninguém espera que numa "parceria" os "parceiros" apontem os erros e falhas uns dos outros.

Ano novo, velhos problemas...

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