segunda-feira, 28 de novembro de 2011

AUMENTA A ADESÃO À GREVE DOS MILITARES EM TODO O MARANHÃO

Oficiais dos bombeiros e do Batalhão de Choque aderiram à greve dos militares

O Batalhão de Choque da Polícia Militar do Maranhão (PMMA) aderiu ao movimento paredista dos policiais militares e bombeiros, que estão acampados desde a última quarta-feira (23) na sede da Assembleia Legislativa do Maranhão (AL).

Segundo o diretor da Associação dos Servidores Públicos Militares do Maranhão (Assepmma), cabo PM Ebnilson Carvalho, 100% dos homens do BPChoque aderiram ao movimento, na manhã de sábado (26).

"Eles aceitaram aderir ao movimento por se sentirem mal tratados, reprimidos e por não aceitarem ser comandados pelos oficiais do Exército. Tanto que um sargento do Batalhão de Choque foi humilhado pelo Exército após ter sido abordado", disse Ebnilson Carvalho.

Com a adesão do grupamento de elite da PM, o patrulhamento nas ruas será feito somente pela Força Nacional e pelo Exército.

Segundo os organizadores do movimento, cerca de 300 homens do Choque da PMMA foram para a Assembleia Legislativa, em uma carreata, por volta das 6h30 de sábado (26), sendo recebidos em clima de festa.

Bombeiros do Aeroporto também aderiram à greve

De acordo com a comissão de diretores da Assepmma, Oficiais do Corpo de Bombeiros, sendo integrantes do grupo Águia e da Companhia de Operações Especiais (COE) também aderiram ao movimento. O contingente atuava na segurança do Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado. Os oficiais se dirigiram em grupo, marchando para a Assembléia Legislativa, onde se uniram aos colegas grevistas.

O coronel do Corpo de Bombeiros, Valmir Medeiros Filho, afirmou que após conversa com parlamentares e com líderes do movimento, a 7ª Companhia também decidiu paralisar as atividades. A categoria busca reajuste salarial e melhores condições de trabalho, como modificações de critérios de promoção e reorganização do quadro de oficiais, implementação da jornada de trabalho de 44 horas semanais e eleição do Comandante Geral da Polícia Militar.

Após a adesão, houve rumores de que o aeroporto seria fechado, o que não ocorreu. A direção do setor de Supervisão do aeroporto informou que o local está funcionando normalmente, com a segurança sendo realizada por homens da Polícia Federal (PF) e Força Aérea.

Movimento grevista no interior

A Assepmma informou que nos municípios de Caxias, Timon, Bacabal, Balsas e Imperatriz, 100% dos policiais militares e bombeiros aderiram ao movimento, inclusive os bombeiros que trabalhavam no aeroporto de Imperatriz.

Policiais Militares da 7ª Companhia Independente de Rosário também aderiram ao movimento reivindicatório. As quatro viaturas da cidade foram recolhidas para o quartel.

Além de Rosário, os policiais dos municípios de Bacabeira, Santa Rita, Morros, Axixá, Cachoeira Grande, Santo Amaro, Humberto de Campos, Barreirinhas, Icatu e Primeira Cruz, na região que abrange parte do baixo Itapecuru, baixo Munim e Lençóis Maranhenses, também pararam.

Viaturas são recolhidas para os pátios dos batalhões de polícia no interior do Estado

Nas cidades do Médio Mearim, policiais militares de 10 municípios que fazem parte do 15º Batalhão, aderiram à paralisação.

Os municípios são os seguintes: Brejo de Areia, Lago Verde, Alto Alegre do Maranhão, Olho D´Água das Cunhãs, Vitorino Freire, Lago Açu, Paulo Ramos, Marajá do Sena, São Mateus e Bom Lugar.

Os policiais deslocaram-se com as viaturas até a sede do Batalhão em Bacabal. As viaturas estão no pátio do quartel.

A manifestação no interior do Maranhão está sendo feita em praças e nos quartéis, com caminhadas e carreatas.

Cadetes da PM apoiam o movimento

Todos os alunos da Academia de Polícia do Maranhão aderiram ao movimento dos militares. Os cadetes chegaram na Assembléia Legislativa na noite deste domingo (27) e foram recebidos em clima de festa pelos grevistas. Alguns levaram inclusive barracas de camping, a exemplo de muitos militares que já se encontram acampados na sede do Poder Legislativo.

Em entrevista, dois cadetes informaram que estavam trabalhando dobrado para cobrir a lacuna deixada pelos companheiros que estão na Assembléia.

"Isso não era justo. O pessoal aqui lutando por melhorias para todos nós e a gente lá fazendo de conta que nada estava acontecendo", enfatizou um cadete do 3º ano.

Governo propagandeia

A Assessoria do Governo do Estado informou que as ações de segurança estão sendo realizadas para garantir a ordem na capital e que há efetivo para suprir a falta do contingente que está em paralisação.

Hugo Freitas

3 comentários:

  1. SOBRE A DELIBERAÇÃO CONTIDA NO DOCUMENTO EM QUE 12 CORONÉIS, A MANDO DA GOVERNADORA DA PMMA AMEAÇAM EXCLUIR EX-OFICIO os militares que aderiram à paralisação, gostaria de acreditar que os 4 Coronéis que não assinaram esse documento(Pinheiro Filho é um deles) não o fizeram por discordar dessa ignomínia. Tantas famílias em risco de perderem sustento.
    É pulverizar maldade e destruição indiscriminadamente. Deixar o que de pior existe no coração humano ditar os passos dos que deveriam liderar nossa categoria na busca de dias mais alegres.
    Ainda me restaria esperança em dias melhores, se eu soubesse que não errei em acreditar nisso!

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  2. Boa noite admirável jornalista Hugo Freitas, estou perplexo com noticiário da imprensa, sobre a possililidade de explução de militares em razão da greve. Que se expulse o PM irregular. Que apoemos os PMs combatentes por suas reinvindicações justas. Alegam estarem discumprindo leis. Esquecem que são eles quem chamamos quando a nossa casa ou vida está sendo ameaçada por bandidos e, eles comparecem. Com a chegada da viatura, os bandidos fogem ou serão presos e, nós respiramos aliviados, socorridos, protegidos, amparados. Essa função é de risco, lidam com bandidos e nós os exigimos que os façam em cumprimento de seus deveres. Estão ganhando para isso!!!Eles são seres humanos, são pessoas como nós arriscando suas vidas para garantirem a nossa segurança! Abraços. Reinaldo Cantanhêde Lima

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  3. É uma verdadeira falta de sensibilidade e de gestão tratar de um movimento grevista com ameaças de expulsão, senhores.

    Estamos vivendo dias de pura tirania, nos quais não se pode discordar, protestar, fazer greves, sem que todas as forças armadas sejam acionadas para reprimir os movimentos, com ameaças e punições.

    Grato pela participação, senhores. Abraços fraternos.

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Grato pela participação.