segunda-feira, 21 de novembro de 2011

ALERTA: Oficial do Corpo de Bombeiros diz que "Governo Roseana pretende pagar prá ver nova paralisação dos militares estaduais"

O blog recebeu algumas manifestações de leitores sobre a greve dos bombeiros e dos policiais militares que ocorreu no último dia 08/11, em São Luís, cuja paralisação durou apenas 04 (quatro) horas, mas que rendeu a exoneração de oficiais militares em retaliação por parte do governo.

Dentre as manifestações, a de um oficial do Corpo de Bombeiros exonerado pelo Governo Roseana Sarney, o Tenente-Coronel Manoel Alves da Cunha. Em seu relato, intitulado "É possível pacificar a Segurança Pública do Maranhão", o oficial alerta para a possibilidade de um trágico confronto entre a Força Nacional e os bombeiros e policiais militares maranhenses, caso haja mesmo intervenção daquela nesta que se configura como a pior crise na segurança pública do Estado.

O prazo dado pelos militares para aguardarem uma proposta do Executivo Estadual, em acordo costurado com o presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo, e com o vice-Governador, Washington Oliveira, se encerra na próxima quarta-feira (23). Até lá, quem viver, verá.

Confira a íntegra do relato do Tenente-Coronel, Manoel Alves da Cunha:

É POSSÍVEL PACIFICAR A SEGURANÇA PÚBLICA DO MARANHÃO

Parece que o Governo do Estado “pagou” para ver a paralisação da PM e do CBM, no dia 08/11/2011. E acabou vendo.

Foi um fato inédito na história das duas corporações militares do Maranhão, que por sinal ocorreu de forma ordeira e pacífica e durou apenas 4 horas, pois os manifestantes aceitaram um acordo para aguardar até o dia 23/11 por uma proposta concreta do Executivo Maranhense.

Agora, surgem notícias nos blogs de que a Governadora não vai atender às reivindicações dos militares e ainda por cima vai chamar a Força Nacional, ou seja, tudo indica que o Governo pretende “pagar” mais uma vez para ver uma nova paralisação dos militares estaduais.

É preferível não arriscar novamente, ou melhor, não pagar o preço de ver, pela primeira vez na história da segurança pública deste Estado, um confronto sem precedentes que poderá resultar em danos físicos e sociais para os manifestantes militares e integrantes da Força Nacional, o que, com certeza, manchará a segurança pública, o governo e o Estado, além de trazer caos à sociedade que paga impostos para ter uma segurança cidadã.

Isso seria um grande erro político da vida da governadora. Será que o “melhor governo da vida dela” deixará esse triste e desastroso legado para o povo do Maranhão? Não creio que a Chefe do Executivo Estadual vai se deixar levar pela vaidade, o orgulho, a prepotência e a intolerância, pois é tempo de cultivarmos a paz, não a guerra. È tempo de cultivarmos o diálogo, não a intransigência. É tempo de cultivarmos a ordem, não a desordem. É tempo de cultivarmos o amor, não o ódio. Em fim, é tempo de o Estado valorizar os seus servidores e permitir que vivam com dignidade.

Portanto, prefiro acreditar numa solução democrática e justa que venha ao encontro dos anseios dos profissionais da segurança estadual e ao mesmo tempo permita ao Estado se adequar à realidade orçamentária.

Acredito, também, no bom senso, na responsabilidade e na capacidade política e administrativa da senhora Governadora Roseana Sarney para resolver essa crise instalada nas instituições militares do nosso maravilhoso e pacífico Estado.

Um grande abraço a todos!

São Luís-MA, 18/11 2011
Manoel Alves da Cunha
Tenente-coronel do CBMMA

Um comentário:

  1. Boa noite Coronel Alves da Cunha, muito prudente o seu pronunciamento escrito neste Blog. Seus escritos tem o sabor de um provérbio popular muito usado pelo meu pai, "ou calça de veludo ou cú na rua". Já é tempo de o Estado, ou quem o representa, tratar pessoas com respeito. O governo não é proprietário, não é o senhor escravocrata, muito pelo contrário, é um gerente mor empregado dos que produzem. Um homem não deve submeter-se a caprichos, e nem uma classe de pessoas trabalhadoras! Nesse caso mais vale morrer lutando! Abraços. Reinaldo Cantanhêde Lima

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