Uma desastrosa ação da Polícia Militar do Maranhão culminou no assassinato de um motorista, supostamente por causa de 10 reais.
Segundo relatos de testemunhas, após abastecer num posto de gasolina da capital, o pedreiro José de Ribamar Vieira Batista, de 45 anos, foi perseguido e morto por policiais militares, após acusação dos frentistas de que não teria pago uma quantia de R$ 10,00 de gasolina. Assista as fortes imagens dessa perseguição no vídeo abaixo:
As imagens mostram o momento em que José de Ribamar foi alcançado pelos policiais nas proximidades do retorno da Forquilha, em São Luís. É possível ver nas imagens o motorista, de camisa azul, baleado na região do abdômen, sendo socorrido pelos próprios PM’s. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu.
A ação ocorreu na tarde do dia 31 de outubro. De acordo com os depoimentos dos policiais envolvidos na morte do pedreiro, eles estavam abastecendo a moto que ocupavam num posto da Cidade Operária, quando frentistas do posto vieram avisá-los que o motorista de um Chevrolet Montana teria fugido em alta velocidade sem pagar R$ 10 de gasolina.
Os policiais, então, teriam dado início a uma perseguição ao condutor do Montana, o pedreiro José de Ribamar, e por várias vezes teriam jogado luz alta para o motorista parar.
Em determinado momento, segundo a versão dos PMs, o pedreiro teria entrado numa rua sem saída, e deu ré, derrubando a moto usada pelos policiais, o que resultou em pequenas avarias na moto e escoriações nos policiais.
A perseguição teria continuado, e ao chegarem ao retorno da Forquilha, José de Ribamar, de acordo com os PMs, desceu do veículo portando um canivete e um facão. Sentindo-se ameaçados, os policiais reagiram atirando duas vezes no braço do homem, mas um dos disparos atingiu sua costela.
A família de José de Ribamar contesta a versão dada pela Polícia Militar, alegando que ele foi morto com cinco tiros (sendo dois no peito, dois no abdômen, e um no braço), conforme o laudo do Instituto Médico Legal (IML).
Além disso, os parentes mostraram à imprensa notas fiscais de abastecimento de combustível, com valores acima de R$ 40, e negaram que José de Ribamar tivesse o costume de não pagar os abastecimentos.
O comandante do 6° Batalhão da Polícia Militar (Cidade Operária), coronel Celso de Assis Jardim da Silva, garantiu que o caso do pedreiro morto por policiais militares vai ser apurado “com rigor e sem corporativismo”.
O pedreiro José de Ribamar Vieira Batista foi levado ao Socorrão 2, mas não resistiu e morreu no dia 1º de novembro.
Hugo Freitas
Bom dia admirável jornalista Hugo Freitas. Fico triste ao ler notícias como esta sobre morte de um pedreiro por negar-se a pagar 10,00. Entretanto de imediato, vem-me a pergunta. Qual o motivo de não se parar para a polícia e pedir explicação de a razão da abordagem? 2ª pergunta. Porque fugir, se direito tem quem direito anda? 3ª pergunta. Por que fugir, se Quem não deve não teme? Lamento! Deus haverá de permitir esse caso seja investigado com toda precisão necessária. E, que se faça justiça!!! Obrigado pelo seu espaço. Abraço. Reinaldo Cantanhêde Lima
ResponderExcluirOs familiares alegaram que o pedreiro nao possuia habilitação, isso justifica sua "possivel" fuga.
ResponderExcluirisso é uma vergonha,a realidade q a policia despreparada.
ResponderExcluirMinimamente, a questão que vem à mente é: por que o motorista tentou fugir da polícia?
ResponderExcluirObviamente, que isso não justifica a ação trágica dos PMs, mas levanta algumas suspeitas sobre o comportamento do pedreiro diante da polícia, o que poderia ter levado aos disparos.
Este caso merece investigação séria e acurada, a fim de que os fatos sejam efetivamente esclarecidos e os possíveis culpados plenamente punidos.
Grato pela participação de todos vocês. Abraços fraternos.