Cúpula do PCdoB decidiu que era insustentável a permanência de Orlando Silva à frente do Ministério do Esporte
Segundo fontes que procuraram o Blog Hugo Freitas, nesta manhã (26), o deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP) irá assumir a vaga do ministro Orlando Silva na pasta do Esporte.
Orlando Silva vai entregar sua carta de demissão na tarde desta quarta-feira, em encontro com a presidente Dilma Rousseff marcado para as 15h.
O nome consensual do PCdoB para assumir a direção da pasta é o de Aldo Rebelo, ex-ministro de Relações Institucionais do governo Lula, cotado após reunião da cúpula do partido, realizada ontem à noite (25), em sua casa.
Depois de muita discussão, o nome de Aldo Rebelo se definiu como certo para substituir o de Orlando Silva, após uma unanimidade que concluiu que a situação deste último era insustentável e estava atingindo o partido como um todo.
A situação de Orlando se agravou ontem (25), data em que o STF (Supremo Tribunal Federal) iniciou as investigações de um suposto envolvimento do ministro em desvios de verbas públicas.
Após ouvir Orlando por mais de três horas na Câmara, a bancada do partido se reuniu ontem à noite na casa de Aldo Rebelo para discutir sua situação. Pela primeira vez desde o começo da crise, há 11 dias, o PCdoB avaliou a situação do ministro como “muito difícil”.
Com a abertura do inquérito pelo STF, o Planalto avaliou que a crise estava se agravando e seria difícil manter Orlando no cargo.
ENTENDA O CASO
Orlando é suspeito de participação num esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, que dá verba a ONGs para incentivar jovens a praticar esportes. A acusação foi feita à revista “Veja” pelo policial militar João Dias Ferreira.
O soldado e seu motorista disseram à revista que o ministro recebeu parte do dinheiro desviado pessoalmente na garagem do ministério.
Ferreira, que foi à Polícia Federal na segunda-feira (24) para prestar depoimento, disse ter entregado áudios de uma reunião que fez com funcionários da pasta para tentar resolver a prestação de contas de um de seus convênios.
Na semana passada, Ferreira depôs por mais de oito horas na PF. Segundo o policial, seu motorista, Célio Soares Pereira, vai se apresentar esta semana para também prestar depoimento. Célio afirmou à revista “Veja” ter presenciado a entrega de dinheiro na garagem do ministério.
Segundo o ministro, que tem desqualificado o policial militar em entrevistas e nas oportunidades que falou do assunto, disse que as acusações podem ser uma reação ao pedido que fez para que o TCU (Tribunal de Contas da União) investigue os convênios do ministério com a ONG que pertence ao autor das denúncias.
Em nota, o Ministério do Esporte disse que Ferreira firmou dois convênios com a pasta, em 2005 e 2006, que não foram executados. O ministério pede a devolução de R$ 3,16 milhões dos convênios.
De acordo com o ministro, desde que o TCU foi acionado, integrantes de sua equipe vêm recebendo ameaças.
Hugo Freitas
Com informações de fontes próprias e da Folha de S.Paulo
Boa tarde Hugo Freitas, enquanto as pessoas nas ruas dizem estarem aprovando ação da Presidente sobre a robalheira descoberta. Eu pergunto, o que mudou? Tentando entender a Excelência, podem roubar, entretanto, aquele que for agarrado com a mão no bolo! É pra trocar! Troca-se porque ele não é esperto! Anita filha de Prestes, agiu cautelosamente, como eu agiria. Eu vou acompanhar o desdobramento, se possivel!
ResponderExcluirMuitas vezes, a "troca" de alguém em uma pasta do governo é para evitar "problemas maiores", como uma possível "cassação".
ResponderExcluirNo caso do agora ex-ministro Orlando Silva foi para evitar um "desgaste maior" tanto do PCdoB quanto do governo Dilma, uma vez que é o sexto ministro que cai em menos de um ano.
Grato pela participação, Reinaldo. Abraços fraternos.