terça-feira, 11 de outubro de 2011

15 ANOS SEM RENATO RUSSO, O POETA DO ROCK BRAZUCA


Há 15 anos morria Renato Russo, em decorrência de complicações provocadas pela AIDS. No dia 11 de outubro de 1996, em seu apartamento no Rio de Janeiro, com apenas 36 anos, Renato Russo dormiu o último sono, deixando um enorme vazio no cenário do rock nacional, preenchido apenas com palavras, lembranças, som e imagens.

O líder da Legião Urbana, a maior banda de rock do Brasil entre meados da década de 1980 e 1990, embalou gerações com suas canções políticas e românticas e, até hoje, é cultuado por uma verdadeira "legião" de fãs, o que faz com que Renato Russo continue vivo nos corações de todos os admiradores de sua obra.

Nascido em 27 de março de 1960, no Rio de Janeiro, o "Poeta do Rock Brazuca" se apresentou ao mundo com o nome de Renato Manfredini Junior. Mas seu nome entrou mesmo para a história da música brasileira como Renato Russo,  vocalista da Legião Urbana que, ainda nos dias de hoje, é a responsável pela terceira maior vendagem de discos da gravadora EMI em todo o mundo.

Influenciado pelo movimento punk, em Brasília, para onde se mudou aos 13 anos de idade, Renato Russo forma a banda de rock "Aborto Elétrico", em 1978.


Por causa de brigas com o baterista Flávio Lemos, a banda se desfaz. Dessa desunião nasceriam as três bandas que disseminariam o estilo rock and roll pela capital federal até chegar ao eixo Rio-São Paulo: Capital Inicial, Plebe Rude e Legião Urbana.

Foi nessa época que surgiram clássicos do rock nacional, como "Que País é Esse?", "Música Urbana" e "Geração Coca-Cola".


Mas a Legião Urbana só surgiria em 1983, após Dado Villa-Lobos assumir definitivamente as guitarras e Marcelo Bonfá, a bateria, com Renato, já com 23 anos, no contrabaixo elétrico e nos vocais.


Dono de uma voz poderosa e marcante, com a sensibilidade dos grandes artistas e a genialidade dos grandes mestres, Renato Russo escreveu as mais belas canções de sua geração, como "Vento no Litoral", "Pais e Filhos", "Há Tempos", "Faroeste Caboclo" e "Perfeição", dentre outras.


Tantas obras-primas conferiram-lhe pelos fãs e críticos musicais a alcunha de "O Poeta do Rock Nacional".


Contemporâneo de Cazuza, Renato Russo escreveu seu nome na história da música brasileira por cantar as angústias, dores e sofrimentos da juventude, suas esperanças e aflições, suas dúvidas e seus temores.


Tanto Cazuza quanto Renato Russo simbolizavam (e ainda simbolizam) para o cenário do rock nacional a síntese da cultura de uma época: a da contestação política e das contravenções sociais.


Também chamado de "O Trovador Solitário", quando de sua carreira solo traçada entre o fim do Aborto Elétrico e o início da Legião, Renato Russo fez do violão seu companheiro inseparável e de sua voz o brado de todos os que sonhavam com um país melhor, mais justo e menos desigual.


Hoje, no dia em que se celebra 15 anos de sua morte, Renato Russo ainda faz morada em diversos corações e mentes de brasileiros e brasileiras apaixonados por belas melodias e por versos em forma de poesia.

Renato Russo, sua obra o mantém vivo na memória das antigas e novas gerações e das que ainda virão.

Este blog rende homenagens pétreas ao "Poeta do Rock Brazuca". Salve, salve, Renato Russo!!!

Hugo Freitas


"É tão estranho, os bons morrem jovens". (Love in the Afternoon)

"Há tempos nem os santos têm ao certo a medida da maldade". (Há Tempos)

"É a verdade o que assombra, o descaso o que condena, a estupidez o que destrói". (Metal Contra as Nuvens)

"Se lembra quando a gente chegou um dia acreditar que tudo era prá sempre, sem saber que o 'prá sempre' sempre acaba?". (Por Enquanto)

"Quando vejo o mar, existe algo que diz que a vida continua e se entregar é uma bobagem". (Vento no Litoral)

"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã". (Pais & Filhos)


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