A audiência pública de instalação da Comissão da Verdade no Estado do Maranhão irá ocorrer nesta segunda-feira (24), às 8h, no Auditório Gervásio Santos da Assembleia Legislativa, em São Luís (MA).
Participarão do evento o líder camponês Manoel da Conceição – pioneiro da luta organizada no meio rural maranhense e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores no Maranhão; o jornalista Neiva Moreira, símbolo da resistência à repressão e um dos exilados maranhenses pelo regime; e familiares da médica comunista Maria Aragão, referência na luta pela democracia e pelo respeito aos direitos humanos.
A iniciativa é uma ação conjunta do Deputado Estadual Bira do Pindaré e do Deputado Federal Domingos Dutra, primeiro vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, ambos do PT-MA.
“Esta é uma oportunidade de passarmos o Maranhão a limpo. É um momento histórico e importante para fazermos um regaste da memória do nosso país, em especial do Maranhão, localizando e ouvindo as pessoas que foram vítimas da ditadura”, explicou Dutra, um dos defensores, no Congresso Nacional, da criação da Comissão da Verdade – aprovada no final de mês passado.
Segundo o deputado Dutra, a criação dessa Comissão, além de fortalecer os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, vai aprofundar o debate sobre os direitos humanos, a violência e a impunidade praticada no Brasil.
O deputado estadual Bira do Pindaré, autor da proposta de realização da audiência, reforçou que o objetivo “é construir uma comissão que discuta a democracia brasileira e ao mesmo tempo apure os crimes cometidos durante a Ditadura Militar e, assim, resgatarmos e garantirmos a memória histórica do povo brasileiro”.
Ao falar do papel do Comissão da Verdade do Maranhão, Bira foi enfático: “Nós não podemos apagar a história, nem aceitar o sigilo eterno como alguns sugerem em relação a essa temática”.
Além de apurar a responsabilidade sobre os atos praticados no período do regime Militar, o deputado estadual diz que é preciso “punir aqueles que de alguma forma incidiram diretamente nos crimes cometidos durante a ditadura, e a Comissão terá esse papel de fazer um levantamento”.
Foram convidados, também, para a audiência pública desta segunda-feira (24), representantes do Ministério de Direitos Humanos, da OAB/MA, da Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos, da CNBB, o secretário estadual de Direitos Humanos, Gilney Viana, pessoas que foram vítimas do regime militar instalado em 1964 ou tiveram familiares presos, torturados e desaparecidos nesse período, e entidades ligadas à luta em defesa dos diretos humanos.
Hugo Freitas
Com informações da Ascom da Assembleia Legislativa
Bom dia Hugo Freitas, parabens por divulgar assuntos que nos indignam, más, necessário. Como bém diz o deputado Bira, não podemos esquecer a nossa história. Tríste! Entretanto, busca reparar talvel, crimes cometidos no passado que, não deve-se deixar em puni. E, para isso, podemos contar com a iniciativa e participação de dois admiráveis deputados maranheses: Bira e Dutra. Abraços. Reinaldo Cantanhêde Lima
ResponderExcluirObrigado, Reinaldo.
ResponderExcluirNossa recompensa é saber que estamos contribuindo, ainda que minimamente, para a conscientização e transformação da mentalidade do povo, em especial da população maranhense.
Grato pela participação. Abraços fraternos.