Neto Evangelista, deputado estadual pelo PSDB, fala com exclusividade ao blog
Por Hugo Freitas
O Blog do Hugo Freitas tem a grata
satisfação de dar continuidade à coluna de entrevistas “Púlpito Livre”. Após o
sucesso da estreia da coluna, no último final de semana, com o pré-candidato a
uma vaga na Assembleia Legislativa, Adriano Sarney (PV) (confira aqui), o blog apresenta para
o conhecimento do público uma polêmica entrevista com o deputado estadual Neto
Evangelista (PSDB).
Em conversa exclusiva com o titular do
blog, realizada em seu gabinete na Assembleia, Neto Evangelista fala de sua
infância, adolescência, formação acadêmica, entrada na vida pública. Fala
também de seus laços familiares e da importância de seu pai, o finado
ex-deputado João Evangelista, para sua vida pessoal, profissional e política.
Além disso, Neto analisa o cenário
político local, regional e nacional, focando as possibilidades de alianças para
as eleições de outubro. Fala de Luís Fernando, de Flávio Dino, do campo de
oposição e demais candidatos, bem como analisa o Governo Roseana Sarney e as
conjecturas midiáticas que deram como certo seu apoio ao candidato governista
Luís Fernando.
Toca ainda na questão se irá ou não
disputar uma vaga para deputado federal e se, de fato, sairá candidato a
prefeito de São Luís, em 2016. Neto avalia também a gestão do prefeito Edivaldo
Holanda Júnior e o discurso da “mudança”, bem como não se esquiva de perguntas
polêmicas sobre a gestão do ex-prefeito João Castelo e do famigerado VLT.
Contudo, pela riqueza de informações
fornecidas por Neto Evangelista e pela extensão da entrevista (quase uma hora
de boa conversa entre o deputado e este jornalista), optei por dividi-la em
duas partes.
Nesta primeira, Neto Evangelista fala de sua trajetória, infância, família, formação escolar e acadêmica, entrada na vida pública, filiação no PSDB, dificuldades encontradas em seu primeiro mandato como parlamentar estadual e sua visão sobre a política feita no país.
Boa leitura, fiel leitor@!!!
P.S: Nunca é demais lembrar que a Coluna "Púlpito Livre" está registrada sob a propriedade do titular do Blog, bem como todo o conteúdo divulgado. Qualquer menção, portanto, às informações aqui veiculadas, seja para publicação em outros veículos de comunicação, seja para pesquisas acadêmicas, deve ser expressamente divulgada a fonte e o link do Blog do Hugo Freitas, conforme preceitua a Constituição Federal em matérias concernentes à Comunicação e à propriedade intelectual.
"PÚLPITO LIVRE" COM NETO EVANGELISTA (PSDB-MA) - PRIMEIRA PARTE
Entrevista realizada pelo jornalista Hugo Freitas no dia 05 de fevereiro de 2014, no gabinete do deputado na Assembleia Legislativa do Maranhão.
Filho de João Evangelista Serra dos
Santos (que exerceu os cargos de Vereador, Presidente da Câmara Municipal de
São Luís, Deputado Estadual, Presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão e
Governador Interino do Maranhão) e de Georgina Mouzinho Lima dos Santos, casado
com Thayanne Ribeiro Evangelista, pai de Maria Fernanda e João Gabriel, Neto
Evangelista é natural de São Luís e nasceu em 08 de junho de 1988.
Graduado em Direito pelo Centro
Universitário do Maranhão (UNICEUMA) e filiado ao Partido da Social Democracia
Brasileira (PSDB) desde 2005, está em seu primeiro mandato parlamentar.
Com apenas 22 anos, saiu vitorioso nas
eleições de 2010 com 46.269 votos distribuídos em 195 dos 217 municípios
maranhenses. Foi o segundo mais votado da coligação “O Povo é Maior”. Já
prestou serviços no Tribunal de Justiça e é Secretário Geral do PSDB no
Maranhão. Foi eleito o 2º Vice-Presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão
durante o biênio legislativo 2011-2012.
Hugo Freitas – Deputado, gostaria que o
senhor definisse quem é José Arimateia Lima Neto Evangelista, contando um pouco
sobre a sua trajetória.
Neto Evangelista – Eu sou um jovem
ainda, pai de dois filhos, da Maria e do João, casado com a Thayanne. E tinha
um sonho: um sonho de entrar na vida pública, sonho alimentado durante alguns
anos a respeito, sobretudo, porque meu pai, o ex-deputado João Evangelista
iniciou a vida dele na vida pública no ano que eu nasci, em 1988. Então, eu
cresci vendo o deputado João Evangelista na vida pública, como vereador, como
deputado, como presidente das casas legislativas por onde passou. E esse desejo
de continuar o trabalho que o ex-deputado João Evangelista fazia me incentivou
a entrar na vida pública.
Tive a oportunidade de participar de um
programa na Assembleia Legislativa, quando ainda era estudante do Colégio Dom
Bosco, que era o “Parlamento Estudantil”, fui presidente desse parlamento aqui
na Assembleia, e tudo isso ajudou a despertar a vontade de entrar na vida
pública. E ao me formar, em 2010, em Direito, resolvi entrar na eleição para
deputado estadual [daquele ano]. Tivemos uma votação expressiva, de mais de 46
mil votos, divididos em 195 municípios do Maranhão dos 217 e, graças a Deus,
ocupamos uma vaga aqui na Assembleia Legislativa.
HF - Como foi a sua infância e
adolescência? Em que escolas você estudou?
NE – Sou natural de São Luís. Quando eu
nasci, morei no Cohatrac, morei 12 anos no Cohatrac, onde eu fiz grandes
amizades, que eu tenho até hoje. A minha infância foi ali, jogando bola na rua,
brincando de “polícia-ladrão”... Enfim, aquelas brincadeiras saudáveis de
criança. Depois de 12 anos me mudei. Estudei no Colégio Dom Bosco durante toda
minha vida, desde os 4 anos idade até me formar, estudei na escola Dom Bosco.
Passei 6 meses em São Paulo, estudando na Poliedro, uma escola referência no
país inteiro, porque tinha o desejo de fazer vestibular de Direito no Brasil
inteiro. Mas a política me puxou de volta pro Maranhão. Retornei pro Maranhão.
Aqui eu me formei. Aqui eu fiz o curso de Direito. Aqui eu casei. Aqui eu tive
meus filhos. Aqui eu entrei na vida pública.
HF - O que motivou você a entrar na vida pública e seguir uma carreira política?
"É através do exercício do voto que você transforma a vida de uma cidade, de um estado, de um país. Não existe outro mecanismo".
HF - O que motivou você a entrar na vida pública e seguir uma carreira política?
NE – Eu acredito muito na política. Eu
acho que a política é o principal mecanismo de transformação social. Eu costumo
dizer que as pessoas mais ignorantes são aquelas pessoas que dizem-se
“apolíticas”, aquelas que dizem “não vamos votar, porque votar não resolve o
problema”. Muito pelo contrário. É através do exercício do voto que você
transforma a vida de uma cidade, de um estado, de um país. Não existe outro
mecanismo. O mecanismo é esse. E por acreditar que a política é uma ferramenta,
quando bem usada, é uma ferramenta de transformação social, que eu resolvi
ingressar na vida pública. Estou no primeiro mandato, pretendo fazer carreira
política, como parlamentar, se tiver possibilidade em cargos executivos. Mas
acredito, sim, que a política é um mecanismo para transformar a vida das
pessoas.
HF - Dentre tantos partidos políticos,
por que você escolheu se filiar no PSDB? O que motivou tal decisão?
NE – Eu me filiei no PSDB duas semanas
depois que eu fiz 16 anos. Tirei meu título eleitoral e me filiei no PSDB. Já
acompanhava a trajetória política do partido. Me identifico com o partido, com
a Social Democracia, o que o partido prega. Sou grato pelo PSDB no governo
Fernando Henrique Cardoso, no Brasil, que foi o governo responsável pela
estabilidade econômica do nosso país. Se naquela época não tivesse sentado na
cadeira [de presidente] uma pessoa como Fernando Henrique o caos inflacionário
que o Brasil vive hoje pode ter certeza que seria grande. Então acho que o PSDB
é responsável por grandes coisas no país, inclusive os programas de
transferência de renda. Quem iniciou foi o governo Fernando Henrique Cardoso,
ideia da ex-primeira dama, já falecida, doutora Ruth Cardoso. Então, o PSDB
teve um papel fundamental pro país e acredito que ainda tem um papel
fundamental, hoje como oposição, amanhã, se Deus quiser, como governo. Então,
por acreditar no partido, num país onde nós temos trinta ou trinta e um partidos
políticos, infelizmente... Eu sou defensor de que no Brasil tivesse, no máximo,
cinco partidos políticos... Porque você tem partidos políticos hoje que,
praticamente, é a mesma sigla, só que são partidos diferentes. Como é que pode
ter bandeiras diferentes se praticamente é a mesma coisa? Eu acho que apesar de
ser um país livre, um país democrático, um estado laico... Nos Estados Unidos
também é. Nos Estados Unidos tem dois ou três partidos. Então, nós podemos sim
evoluir nossa democracia pra que tenham verdadeiros partidos que defendam
bandeiras, defendam ideias, e eu acredito no PSDB porque o PSDB defende a sua
ideia, o PSDB defende a sua bandeira de país, de estado e em São Luís também o
PSDB tem sua bandeira. Então, por acreditar no partido por essas coisas, eu me
filiei aos 16 anos e continuo filiado e tenho interesse de que, se amanhã, não
estiver na vida pública com um mandato eletivo, eu continuo como cidadão
filiado no PSDB.
"O que mais nós temos é partido de aluguel. Então, não vejo necessariamente que tenha que se ter trinta partidos no Brasil. Acredito que hoje seria salutar que cinco partidos seriam necessários na democracia brasileira. Existe um projeto de Lei no Congresso Nacional que defende isso. Ficariam cinco partidos".
HF – Então, o senhor acredita que o
fato de vivermos numa democracia não necessariamente implica na existência de
diversos partidos políticos?
NE – Vou te citar um exemplo. Eu tenho
total respeito por todos os partidos, mas não acho necessário esse número de
partidos.
HF – E ainda vem mais por aí, não
é?
NE – E ainda vem mais por aí. Ou seja,
quando existe uma briga dentro de um partido, um outro político resolve criar
um partido simplesmente para ter uma legenda na mão, pra ter como sair
candidato, sem ter briga dentro de um partido, muitas vezes pra vender. O que
mais nós temos é partido de aluguel. Então, não vejo necessariamente que tenha
que se ter trinta partidos no Brasil. Acredito que hoje seria salutar que cinco
partidos seriam necessários na democracia brasileira. Existe um projeto de Lei
no Congresso Nacional que defende isso. Ficariam cinco partidos: PSDB, PT,
PMDB, PDT e eu não me recordo agora qual o outro partido, mas existe esse
projeto de lei no Congresso.
HF - Você é filho do ex-vereador e
deputado estadual João Evangelista. O que significa para você ser filho de um
político?
NE - Ser filho de um político como João
Evangelista pra mim significa tudo, tudo na minha vida. Tudo o que eu construí,
tudo o que eu sou, tudo o que eu me transformei eu devo única e exclusivamente
aos meus pais. E eu destaco aí o meu pai, que é o espelho do homem. Eu sempre
dizia que eu era fã do meu pai, quando aqui em vida ele estava. E, por mim, eu
tenho muito orgulho porque na minha campanha em 2010 e até hoje por onde eu
passo, as pessoas que eu converso... Lógico, o político ele, por ser político,
algumas pessoas gostam e outras pessoas não gostam. E se você defende uma
ideia, você não vai ser cem por cento nunca, porque existem pessoas que pensam
diferente. Mas só eu ter a satisfação de andar na minha campanha pelo Maranhão
e andar, até hoje, com meu mandato e quando as pessoas falam: “Tu é filho de
João Evangelista? Poxa, eu conheci teu pai, uma figura espetacular”. Essa
semana mesmo eu estava conversando com um médico, radiologista aqui do Maranhão
e ele falou: “Olha, você tem futuro político. E, se seu pai vivo estivesse, ele
seria um dos comandantes hoje do Estado do Maranhão”. Porque ele era um
político hábil, uma habilidade política fantástica. Eu tenho muito orgulho do
homem João Evangelista e do político João Evangelista.
"Eu era criança, mas participava das reuniões, dos comícios, dos encontros, que fosse na minha casa, que fosse na rua, eu estava junto com ele. Então, sem dúvida nenhuma, isso influenciou. O seu pai é o seu espelho".
HF – O finado João Evangelista exerceu
mandatos de vereador, deputado estadual, chegando a presidir a Assembleia
Legislativa do Maranhão. Provavelmente, você deve ter vivenciado isso desde a
infância, presenciando reuniões em sua casa, com seu pai recebendo deputados e
vereadores e outras personalidades políticas. Você acha que isso também
influenciou você a enveredar pela vida política?
NE – Sem dúvida nenhuma. Eu costumo
dizer que se eu não gostasse de política eu tinha aprendido a gostar por osmose.
Porque meu pai se elegeu vereador em 88, em outubro de 88, e eu nasci em junho
de 88. E aí todos os mandatos que ele disputou ele ganhou as eleições. Então,
eu vivi aquilo. Eu participava. Eu era criança, mas participava das reuniões,
dos comícios, dos encontros, que fosse na minha casa, que fosse na rua, eu
estava junto com ele. Então, sem dúvida nenhuma, isso influenciou. O seu pai é
o seu espelho. Então, sem dúvida, ele influenciou para que eu enveredasse pela
vida pública. Era o desejo dele, inclusive, desde que eu estivesse formado. Ele
sempre deixou isso bem claro. “Eu tenho vontade de você ir pra vida pública
porque você quer, mas eu só quero que você entre depois que você esteja
formado”.
HF – E mais alguém na sua família faz
parte desse rol de políticos evangelistas?
NE – Hoje, só eu. E, antes, o meu
pai.
"Eu era um idealista. Mas quando você entra, você vê que não é bem assim que funciona. Você tem muitas barreiras. Você precisa jogar o jogo que acontece, se não você é rifado. Eu entrei aqui um idealista e ainda sou um idealista, mas com o pé no chão.".
HF - Em 2010, você tinha apenas 22 anos
e foi eleito deputado estadual pela primeira vez, com uma expressiva votação,
como você já salientou. A que você atribui essa vitória nas urnas?
NE – Em primeiro lugar, eu atribuo, sem
dúvida nenhuma, ao nome que representou João Evangelista no Maranhão. Acho que
isso foi muito importante na minha campanha. E atribuo à vontade da população
de votar numa pessoa jovem, uma pessoa que tem ideias novas, uma pessoa que tem
a vontade de fazer, às vezes, a coisa diferente do que está acontecendo. É
lógico que, antes de entrar na Assembleia, eu imaginava transformar o Maranhão.
HF – Um idealista?
NE – Eu era um idealista. Mas quando
você entra, você vê que não é bem assim que funciona. Você tem muitas
barreiras. Você precisa jogar o jogo que acontece, se não você é rifado. Mas,
lógico, sempre mantendo a sua ética, a sua retidão à frente de qualquer tipo de
tratação. Eu acho que uma negociação política ela existe, sempre existe, mas os
princípios da ética devem prevalecer acima de tudo. Eu acho que política não se
faz só com corrupção. Política se faz com ética. Eu tenho vontade que as
pessoas possam enxergar ética e política caminhando lado a lado. Eu acho que
isso é possível. Então, eu acho que essa vontade das pessoas de olhar um jovem
na Assembleia Legislativa, tanto é que a Assembleia renovou cinquenta por
cento. E muita gente jovem. Eu andei aí o Maranhão todo. Eu andei 39 mil Km na
minha eleição em dois meses e meio. Pude levar minha voz pra muita gente no
Maranhão. Tanto é que o resultado foi ser votado em 195 municípios dos 217 no
Maranhão.
HF – Falando justamente dessa questão
das “barreiras”. Quais foram os maiores entraves que você encontrou dentro da
Assembleia Legislativa?
NE – Eu entrei aqui um idealista e
ainda sou um idealista, mas com o pé no chão. Quando eu entrei eu era idealista
sonhador, voador. Existe dentro do parlamento diversos interesses de diversas
alas políticas e pra que os seus interesses, o interesse dos seus eleitores
sejam prevalecidos, você tem que muitas vezes conversar com quem você não
concorda. E, às vezes, o projeto de seu interesse não é de interesse de outro
colega. E você encontra uma barreira nesse sentido. As limitações que o Poder
Legislativo tem também foram outras barreiras. Hoje, o Poder Legislativo é um
poder limitado, sobretudo o Poder Legislativo estadual, já que a maioria das
transformações que podem ser feitas estão no Congresso Nacional, inclusive a
União Nacional do Legislativo e dos Legisladores Estaduais (UNALLE) tem uma
briga no Congresso Nacional pra trazer de volta para os estados algumas
demandas de legislação para as assembleias legislativas poderem legislar,
porque hoje está tudo muito restrito. Então, eu acho que essa foi a maior
barreira que eu encontrei aqui na Assembleia: você querer fazer tudo e pouco
você poder fazer.
HF - Quais os principais projetos de lei
que você propôs ou defendeu na Assembleia?
NE – Fizemos audiências públicas
importantíssimas aqui na Assembleia. Lotamos o auditório com mais de mil
profissionais da área de Fisioterapia, Terapia Ocupacional, de Enfermagem, de
Auxiliar de Enfermagem, de Técnico de Enfermagem pra defender os interesses
dessas categorias. Conseguimos alguns avanços. Poucos, mas conseguimos. Alguns,
infelizmente, não puderam ser conquistados, como até agora as 30 horas dos
enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem, e o piso salarial também. Mas
estamos lutando pra isso. Projetos que demos entrada aqui existem
importantíssimos, como a Lei Geral dos Concursos Públicos ainda está em
tramitação. Conversei, inclusive, na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça)
para que pudesse já entrar em pauta. É um projeto que regulamenta os concursos
públicos no Estado do Maranhão, porque não existe nenhuma Lei que regulamente.
Cada um faz o edital da maneira como bem entende. Eu acho que é necessário
porque, primeiro, regulamenta o preço de 3% (três por cento) do valor que será
a remuneração caso o concursando passe no concurso. Segundo, proíbe o concurso
exclusivo para formação do cadastro de reserva. Há especificidades sobre
deficientes físicos. Enfim, há vários temas dentro da Lei Geral dos Concursos
que vai beneficiar diversos concurseiros que procuram uma vida mais certa, mais
concreta no concurso público. Apresentamos projetos importantes também como o
projeto que restringe o uso de comandas dentro dos estabelecimentos fechados.
Por que surgiu essa ideia? Pelo que aconteceu no Rio Grande do Sul, em Santa
Maria [a tragédia da boate Kiss, que completou um ano em janeiro, onde 249
pessoas morreram por inalação de fumaça após o incêndio]. Os estabelecimentos
que tiverem de acordo com as normas do Corpo de Bombeiros e da ABNT estejam com
selo na porta do seu estabelecimento para que as pessoas que estejam lá
presentes saibam que ela está de acordo com as normas exigidas para poder
funcionar. Nós fomos o primeiro Estado a regulamentar esses serviços aqui, com
o nosso projeto de lei.
"Eu acho que quatro anos é pouco para você fazer tudo aquilo o que você imagina fazer como parlamentar. Não dá tempo. Precisa-se de um novo mandato pra poder continuar".
HF - Você pretende se candidatar à
reeleição? Por que você deseja exercer um novo mandato parlamentar?
NE – Eu acho que quatro anos é pouco
para você fazer tudo aquilo o que você imagina fazer como parlamentar. Quatro
anos é pouco porque você primeiro entra na Casa, começa a conhecer os trabalhos
da Casa, você começa a conhecer a tramitação da Assembleia Legislativa. Então,
tem muita coisa minha aqui que não vai dar tempo de terminar esse ano. Não dá
tempo. Precisa-se de um novo mandato pra poder continuar e acredito que pelo
trabalho que realizamos na Assembleia Legislativa vamos botar o nosso nome à
disposição da população do Maranhão, mais uma vez, pra saber se fomos aprovados
ou se fomos reprovados nesse nosso mandato.
"Eu tenho um espaço garantido na Assembleia Legislativa. Eu tenho a minha voz garantida na Assembleia. E, graças a Deus, o respeito dos meus pares. Um dia posso ir para o Congresso, mas só quando estiver fortalecido nacionalmente dentro do meu partido".
HF - Você pensa chegar à Câmara
Federal? É de sua vontade chegar ao Parlamento Federal?
NE – Eu vou te ser bem honesto. É uma
entrevista aberta e eu vou te ser bem honesto. Hoje, eu não tenho interesse em
ir à Câmara Federal. Por quê? São 513 deputados [federais]. Não me interessa ir
para a Câmara Federal para ser um entre 513. Aqui na Assembleia Legislativa
somos 42 [deputados estaduais]. Quando entrei na Assembleia, no meu primeiro
ano de mandato, fui segundo vice-presidente desta Casa. Por uma ocasião, tive a
oportunidade de ser presidente da Assembleia por alguns dias, na ausência do
presidente e do primeiro vice. Fui o presidente mais jovem da América Latina de
um Poder. Depois que terminou meu mandato como segundo vice-presidente, fui pra
Comissão de Constituição e Justiça, que é a Comissão mais importante da Casa.
Sou líder do meu bloco parlamentar. Então, eu tenho um espaço garantido na
Assembleia Legislativa. Eu tenho a minha voz garantida na Assembleia. E, graças
a Deus, o respeito dos meus pares. No Congresso, o que funciona são partidos.
Um dia eu posso ir para a Câmara Federal, mas um dia em que eu esteja
totalmente fortalecido nacionalmente dentro do meu partido, para que eu possa
chegar lá e ser uma voz dentro do Congresso Nacional e não ser mais um dentre
513. (Fim da Primeira Parte da entrevista de Neto Evangelista)
Hugo Freitas e Neto Evangelista
A Segunda Parte dessa entrevista será publicada no próximo domingo, na coluna "Púlpito Livre" do Blog do Hugo Freitas. Imperdível !!!
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