domingo, 9 de fevereiro de 2014

"PÚLPITO LIVRE" com: NETO EVANGELISTA (PSDB/MA) - PRIMEIRA PARTE

Neto Evangelista, deputado estadual pelo PSDB, fala com exclusividade ao blog
Por Hugo Freitas
O Blog do Hugo Freitas tem a grata satisfação de dar continuidade à coluna de entrevistas “Púlpito Livre”. Após o sucesso da estreia da coluna, no último final de semana, com o pré-candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa, Adriano Sarney (PV) (confira aqui), o blog apresenta para o conhecimento do público uma polêmica entrevista com o deputado estadual Neto Evangelista (PSDB).
Em conversa exclusiva com o titular do blog, realizada em seu gabinete na Assembleia, Neto Evangelista fala de sua infância, adolescência, formação acadêmica, entrada na vida pública. Fala também de seus laços familiares e da importância de seu pai, o finado ex-deputado João Evangelista, para sua vida pessoal, profissional e política.
Além disso, Neto analisa o cenário político local, regional e nacional, focando as possibilidades de alianças para as eleições de outubro. Fala de Luís Fernando, de Flávio Dino, do campo de oposição e demais candidatos, bem como analisa o Governo Roseana Sarney e as conjecturas midiáticas que deram como certo seu apoio ao candidato governista Luís Fernando.
Toca ainda na questão se irá ou não disputar uma vaga para deputado federal e se, de fato, sairá candidato a prefeito de São Luís, em 2016. Neto avalia também a gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior e o discurso da “mudança”, bem como não se esquiva de perguntas polêmicas sobre a gestão do ex-prefeito João Castelo e do famigerado VLT.
Contudo, pela riqueza de informações fornecidas por Neto Evangelista e pela extensão da entrevista (quase uma hora de boa conversa entre o deputado e este jornalista), optei por dividi-la em duas partes.
Nesta primeira, Neto Evangelista fala de sua trajetória, infância, família, formação escolar e acadêmica, entrada na vida pública, filiação no PSDB, dificuldades encontradas em seu primeiro mandato como parlamentar estadual e sua visão sobre a política feita no país.
Boa leitura, fiel leitor@!!!
P.S: Nunca é demais lembrar que a Coluna "Púlpito Livre" está registrada sob a propriedade do titular do Blog, bem como todo o conteúdo divulgado. Qualquer menção, portanto, às informações aqui veiculadas, seja para publicação em outros veículos de comunicação, seja para pesquisas acadêmicas, deve ser expressamente divulgada a fonte e o link do Blog do Hugo Freitas, conforme preceitua a Constituição Federal em matérias concernentes à Comunicação e à propriedade intelectual.

"PÚLPITO LIVRE" COM NETO EVANGELISTA (PSDB-MA) - PRIMEIRA PARTE
Entrevista realizada pelo jornalista Hugo Freitas no dia 05 de fevereiro de 2014, no gabinete do deputado na Assembleia Legislativa do Maranhão.
Filho de João Evangelista Serra dos Santos (que exerceu os cargos de Vereador, Presidente da Câmara Municipal de São Luís, Deputado Estadual, Presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão e Governador Interino do Maranhão) e de Georgina Mouzinho Lima dos Santos, casado com Thayanne Ribeiro Evangelista, pai de Maria Fernanda e João Gabriel, Neto Evangelista é natural de São Luís e nasceu em 08 de junho de 1988.
Graduado em Direito pelo Centro Universitário do Maranhão (UNICEUMA) e filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) desde 2005, está em seu primeiro mandato parlamentar.
Com apenas 22 anos, saiu vitorioso nas eleições de 2010 com 46.269 votos distribuídos em 195 dos 217 municípios maranhenses. Foi o segundo mais votado da coligação “O Povo é Maior”. Já prestou serviços no Tribunal de Justiça e é Secretário Geral do PSDB no Maranhão. Foi eleito o 2º Vice-Presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão durante o biênio legislativo 2011-2012.
Hugo Freitas – Deputado, gostaria que o senhor definisse quem é José Arimateia Lima Neto Evangelista, contando um pouco sobre a sua trajetória.
Neto Evangelista – Eu sou um jovem ainda, pai de dois filhos, da Maria e do João, casado com a Thayanne. E tinha um sonho: um sonho de entrar na vida pública, sonho alimentado durante alguns anos a respeito, sobretudo, porque meu pai, o ex-deputado João Evangelista iniciou a vida dele na vida pública no ano que eu nasci, em 1988. Então, eu cresci vendo o deputado João Evangelista na vida pública, como vereador, como deputado, como presidente das casas legislativas por onde passou. E esse desejo de continuar o trabalho que o ex-deputado João Evangelista fazia me incentivou a entrar na vida pública.
Tive a oportunidade de participar de um programa na Assembleia Legislativa, quando ainda era estudante do Colégio Dom Bosco, que era o “Parlamento Estudantil”, fui presidente desse parlamento aqui na Assembleia, e tudo isso ajudou a despertar a vontade de entrar na vida pública. E ao me formar, em 2010, em Direito, resolvi entrar na eleição para deputado estadual [daquele ano]. Tivemos uma votação expressiva, de mais de 46 mil votos, divididos em 195 municípios do Maranhão dos 217 e, graças a Deus, ocupamos uma vaga aqui na Assembleia Legislativa.
HF - Como foi a sua infância e adolescência? Em que escolas você estudou?
NE – Sou natural de São Luís. Quando eu nasci, morei no Cohatrac, morei 12 anos no Cohatrac, onde eu fiz grandes amizades, que eu tenho até hoje. A minha infância foi ali, jogando bola na rua, brincando de “polícia-ladrão”... Enfim, aquelas brincadeiras saudáveis de criança. Depois de 12 anos me mudei. Estudei no Colégio Dom Bosco durante toda minha vida, desde os 4 anos idade até me formar, estudei na escola Dom Bosco. Passei 6 meses em São Paulo, estudando na Poliedro, uma escola referência no país inteiro, porque tinha o desejo de fazer vestibular de Direito no Brasil inteiro. Mas a política me puxou de volta pro Maranhão. Retornei pro Maranhão. Aqui eu me formei. Aqui eu fiz o curso de Direito. Aqui eu casei. Aqui eu tive meus filhos. Aqui eu entrei na vida pública.


"É através do exercício do voto que você transforma a vida de uma cidade, de um estado, de um país. Não existe outro mecanismo".

HF - O que motivou você a entrar na vida pública e seguir uma carreira política?
NE – Eu acredito muito na política. Eu acho que a política é o principal mecanismo de transformação social. Eu costumo dizer que as pessoas mais ignorantes são aquelas pessoas que dizem-se “apolíticas”, aquelas que dizem “não vamos votar, porque votar não resolve o problema”. Muito pelo contrário. É através do exercício do voto que você transforma a vida de uma cidade, de um estado, de um país. Não existe outro mecanismo. O mecanismo é esse. E por acreditar que a política é uma ferramenta, quando bem usada, é uma ferramenta de transformação social, que eu resolvi ingressar na vida pública. Estou no primeiro mandato, pretendo fazer carreira política, como parlamentar, se tiver possibilidade em cargos executivos. Mas acredito, sim, que a política é um mecanismo para transformar a vida das pessoas.
HF - Dentre tantos partidos políticos, por que você escolheu se filiar no PSDB? O que motivou tal decisão?
NE – Eu me filiei no PSDB duas semanas depois que eu fiz 16 anos. Tirei meu título eleitoral e me filiei no PSDB. Já acompanhava a trajetória política do partido. Me identifico com o partido, com a Social Democracia, o que o partido prega. Sou grato pelo PSDB no governo Fernando Henrique Cardoso, no Brasil, que foi o governo responsável pela estabilidade econômica do nosso país. Se naquela época não tivesse sentado na cadeira [de presidente] uma pessoa como Fernando Henrique o caos inflacionário que o Brasil vive hoje pode ter certeza que seria grande. Então acho que o PSDB é responsável por grandes coisas no país, inclusive os programas de transferência de renda. Quem iniciou foi o governo Fernando Henrique Cardoso, ideia da ex-primeira dama, já falecida, doutora Ruth Cardoso. Então, o PSDB teve um papel fundamental pro país e acredito que ainda tem um papel fundamental, hoje como oposição, amanhã, se Deus quiser, como governo. Então, por acreditar no partido, num país onde nós temos trinta ou trinta e um partidos políticos, infelizmente... Eu sou defensor de que no Brasil tivesse, no máximo, cinco partidos políticos... Porque você tem partidos políticos hoje que, praticamente, é a mesma sigla, só que são partidos diferentes. Como é que pode ter bandeiras diferentes se praticamente é a mesma coisa? Eu acho que apesar de ser um país livre, um país democrático, um estado laico... Nos Estados Unidos também é. Nos Estados Unidos tem dois ou três partidos. Então, nós podemos sim evoluir nossa democracia pra que tenham verdadeiros partidos que defendam bandeiras, defendam ideias, e eu acredito no PSDB porque o PSDB defende a sua ideia, o PSDB defende a sua bandeira de país, de estado e em São Luís também o PSDB tem sua bandeira. Então, por acreditar no partido por essas coisas, eu me filiei aos 16 anos e continuo filiado e tenho interesse de que, se amanhã, não estiver na vida pública com um mandato eletivo, eu continuo como cidadão filiado no PSDB.


"O que mais nós temos é partido de aluguel. Então, não vejo necessariamente que tenha que se ter trinta partidos no Brasil. Acredito que hoje seria salutar que cinco partidos seriam necessários na democracia brasileira. Existe um projeto de Lei no Congresso Nacional que defende isso. Ficariam cinco partidos".
HF – Então, o senhor acredita que o fato de vivermos numa democracia não necessariamente implica na existência de diversos partidos políticos?
NE – Vou te citar um exemplo. Eu tenho total respeito por todos os partidos, mas não acho necessário esse número de partidos.
HF – E ainda vem mais por aí, não é?
NE – E ainda vem mais por aí. Ou seja, quando existe uma briga dentro de um partido, um outro político resolve criar um partido simplesmente para ter uma legenda na mão, pra ter como sair candidato, sem ter briga dentro de um partido, muitas vezes pra vender. O que mais nós temos é partido de aluguel. Então, não vejo necessariamente que tenha que se ter trinta partidos no Brasil. Acredito que hoje seria salutar que cinco partidos seriam necessários na democracia brasileira. Existe um projeto de Lei no Congresso Nacional que defende isso. Ficariam cinco partidos: PSDB, PT, PMDB, PDT e eu não me recordo agora qual o outro partido, mas existe esse projeto de lei no Congresso.
HF - Você é filho do ex-vereador e deputado estadual João Evangelista. O que significa para você ser filho de um político?
NE - Ser filho de um político como João Evangelista pra mim significa tudo, tudo na minha vida. Tudo o que eu construí, tudo o que eu sou, tudo o que eu me transformei eu devo única e exclusivamente aos meus pais. E eu destaco aí o meu pai, que é o espelho do homem. Eu sempre dizia que eu era fã do meu pai, quando aqui em vida ele estava. E, por mim, eu tenho muito orgulho porque na minha campanha em 2010 e até hoje por onde eu passo, as pessoas que eu converso... Lógico, o político ele, por ser político, algumas pessoas gostam e outras pessoas não gostam. E se você defende uma ideia, você não vai ser cem por cento nunca, porque existem pessoas que pensam diferente. Mas só eu ter a satisfação de andar na minha campanha pelo Maranhão e andar, até hoje, com meu mandato e quando as pessoas falam: “Tu é filho de João Evangelista? Poxa, eu conheci teu pai, uma figura espetacular”. Essa semana mesmo eu estava conversando com um médico, radiologista aqui do Maranhão e ele falou: “Olha, você tem futuro político. E, se seu pai vivo estivesse, ele seria um dos comandantes hoje do Estado do Maranhão”. Porque ele era um político hábil, uma habilidade política fantástica. Eu tenho muito orgulho do homem João Evangelista e do político João Evangelista.


"Eu era criança, mas participava das reuniões, dos comícios, dos encontros, que fosse na minha casa, que fosse na rua, eu estava junto com ele. Então, sem dúvida nenhuma, isso influenciou. O seu pai é o seu espelho".
HF – O finado João Evangelista exerceu mandatos de vereador, deputado estadual, chegando a presidir a Assembleia Legislativa do Maranhão. Provavelmente, você deve ter vivenciado isso desde a infância, presenciando reuniões em sua casa, com seu pai recebendo deputados e vereadores e outras personalidades políticas. Você acha que isso também influenciou você a enveredar pela vida política?
NE – Sem dúvida nenhuma. Eu costumo dizer que se eu não gostasse de política eu tinha aprendido a gostar por osmose. Porque meu pai se elegeu vereador em 88, em outubro de 88, e eu nasci em junho de 88. E aí todos os mandatos que ele disputou ele ganhou as eleições. Então, eu vivi aquilo. Eu participava. Eu era criança, mas participava das reuniões, dos comícios, dos encontros, que fosse na minha casa, que fosse na rua, eu estava junto com ele. Então, sem dúvida nenhuma, isso influenciou. O seu pai é o seu espelho. Então, sem dúvida, ele influenciou para que eu enveredasse pela vida pública. Era o desejo dele, inclusive, desde que eu estivesse formado. Ele sempre deixou isso bem claro. “Eu tenho vontade de você ir pra vida pública porque você quer, mas eu só quero que você entre depois que você esteja formado”.
HF – E mais alguém na sua família faz parte desse rol de políticos evangelistas?
NE – Hoje, só eu. E, antes, o meu pai.


"Eu era um idealista. Mas quando você entra, você vê que não é bem assim que funciona. Você tem muitas barreiras. Você precisa jogar o jogo que acontece, se não você é rifado. Eu entrei aqui um idealista e ainda sou um idealista, mas com o pé no chão.".
HF - Em 2010, você tinha apenas 22 anos e foi eleito deputado estadual pela primeira vez, com uma expressiva votação, como você já salientou. A que você atribui essa vitória nas urnas?
NE – Em primeiro lugar, eu atribuo, sem dúvida nenhuma, ao nome que representou João Evangelista no Maranhão. Acho que isso foi muito importante na minha campanha. E atribuo à vontade da população de votar numa pessoa jovem, uma pessoa que tem ideias novas, uma pessoa que tem a vontade de fazer, às vezes, a coisa diferente do que está acontecendo. É lógico que, antes de entrar na Assembleia, eu imaginava transformar o Maranhão.
HF – Um idealista?
NE – Eu era um idealista. Mas quando você entra, você vê que não é bem assim que funciona. Você tem muitas barreiras. Você precisa jogar o jogo que acontece, se não você é rifado. Mas, lógico, sempre mantendo a sua ética, a sua retidão à frente de qualquer tipo de tratação. Eu acho que uma negociação política ela existe, sempre existe, mas os princípios da ética devem prevalecer acima de tudo. Eu acho que política não se faz só com corrupção. Política se faz com ética. Eu tenho vontade que as pessoas possam enxergar ética e política caminhando lado a lado. Eu acho que isso é possível. Então, eu acho que essa vontade das pessoas de olhar um jovem na Assembleia Legislativa, tanto é que a Assembleia renovou cinquenta por cento. E muita gente jovem. Eu andei aí o Maranhão todo. Eu andei 39 mil Km na minha eleição em dois meses e meio. Pude levar minha voz pra muita gente no Maranhão. Tanto é que o resultado foi ser votado em 195 municípios dos 217 no Maranhão.
HF – Falando justamente dessa questão das “barreiras”. Quais foram os maiores entraves que você encontrou dentro da Assembleia Legislativa?
NE – Eu entrei aqui um idealista e ainda sou um idealista, mas com o pé no chão. Quando eu entrei eu era idealista sonhador, voador. Existe dentro do parlamento diversos interesses de diversas alas políticas e pra que os seus interesses, o interesse dos seus eleitores sejam prevalecidos, você tem que muitas vezes conversar com quem você não concorda. E, às vezes, o projeto de seu interesse não é de interesse de outro colega. E você encontra uma barreira nesse sentido. As limitações que o Poder Legislativo tem também foram outras barreiras. Hoje, o Poder Legislativo é um poder limitado, sobretudo o Poder Legislativo estadual, já que a maioria das transformações que podem ser feitas estão no Congresso Nacional, inclusive a União Nacional do Legislativo e dos Legisladores Estaduais (UNALLE) tem uma briga no Congresso Nacional pra trazer de volta para os estados algumas demandas de legislação para as assembleias legislativas poderem legislar, porque hoje está tudo muito restrito. Então, eu acho que essa foi a maior barreira que eu encontrei aqui na Assembleia: você querer fazer tudo e pouco você poder fazer.
HF - Quais os principais projetos de lei que você propôs ou defendeu na Assembleia?
NE – Fizemos audiências públicas importantíssimas aqui na Assembleia. Lotamos o auditório com mais de mil profissionais da área de Fisioterapia, Terapia Ocupacional, de Enfermagem, de Auxiliar de Enfermagem, de Técnico de Enfermagem pra defender os interesses dessas categorias. Conseguimos alguns avanços. Poucos, mas conseguimos. Alguns, infelizmente, não puderam ser conquistados, como até agora as 30 horas dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem, e o piso salarial também. Mas estamos lutando pra isso. Projetos que demos entrada aqui existem importantíssimos, como a Lei Geral dos Concursos Públicos ainda está em tramitação. Conversei, inclusive, na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) para que pudesse já entrar em pauta. É um projeto que regulamenta os concursos públicos no Estado do Maranhão, porque não existe nenhuma Lei que regulamente. Cada um faz o edital da maneira como bem entende. Eu acho que é necessário porque, primeiro, regulamenta o preço de 3% (três por cento) do valor que será a remuneração caso o concursando passe no concurso. Segundo, proíbe o concurso exclusivo para formação do cadastro de reserva. Há especificidades sobre deficientes físicos. Enfim, há vários temas dentro da Lei Geral dos Concursos que vai beneficiar diversos concurseiros que procuram uma vida mais certa, mais concreta no concurso público. Apresentamos projetos importantes também como o projeto que restringe o uso de comandas dentro dos estabelecimentos fechados. Por que surgiu essa ideia? Pelo que aconteceu no Rio Grande do Sul, em Santa Maria [a tragédia da boate Kiss, que completou um ano em janeiro, onde 249 pessoas morreram por inalação de fumaça após o incêndio]. Os estabelecimentos que tiverem de acordo com as normas do Corpo de Bombeiros e da ABNT estejam com selo na porta do seu estabelecimento para que as pessoas que estejam lá presentes saibam que ela está de acordo com as normas exigidas para poder funcionar. Nós fomos o primeiro Estado a regulamentar esses serviços aqui, com o nosso projeto de lei.


"Eu acho que quatro anos é pouco para você fazer tudo aquilo o que você imagina fazer como parlamentar. Não dá tempo. Precisa-se de um novo mandato pra poder continuar".
HF - Você pretende se candidatar à reeleição? Por que você deseja exercer um novo mandato parlamentar?
NE – Eu acho que quatro anos é pouco para você fazer tudo aquilo o que você imagina fazer como parlamentar. Quatro anos é pouco porque você primeiro entra na Casa, começa a conhecer os trabalhos da Casa, você começa a conhecer a tramitação da Assembleia Legislativa. Então, tem muita coisa minha aqui que não vai dar tempo de terminar esse ano. Não dá tempo. Precisa-se de um novo mandato pra poder continuar e acredito que pelo trabalho que realizamos na Assembleia Legislativa vamos botar o nosso nome à disposição da população do Maranhão, mais uma vez, pra saber se fomos aprovados ou se fomos reprovados nesse nosso mandato.


"Eu tenho um espaço garantido na Assembleia Legislativa. Eu tenho a minha voz garantida na Assembleia. E, graças a Deus, o respeito dos meus pares. Um dia posso ir para o Congresso, mas só quando estiver fortalecido nacionalmente dentro do meu partido".
HF - Você pensa chegar à Câmara Federal? É de sua vontade chegar ao Parlamento Federal?
NE – Eu vou te ser bem honesto. É uma entrevista aberta e eu vou te ser bem honesto. Hoje, eu não tenho interesse em ir à Câmara Federal. Por quê? São 513 deputados [federais]. Não me interessa ir para a Câmara Federal para ser um entre 513. Aqui na Assembleia Legislativa somos 42 [deputados estaduais]. Quando entrei na Assembleia, no meu primeiro ano de mandato, fui segundo vice-presidente desta Casa. Por uma ocasião, tive a oportunidade de ser presidente da Assembleia por alguns dias, na ausência do presidente e do primeiro vice. Fui o presidente mais jovem da América Latina de um Poder. Depois que terminou meu mandato como segundo vice-presidente, fui pra Comissão de Constituição e Justiça, que é a Comissão mais importante da Casa. Sou líder do meu bloco parlamentar. Então, eu tenho um espaço garantido na Assembleia Legislativa. Eu tenho a minha voz garantida na Assembleia. E, graças a Deus, o respeito dos meus pares. No Congresso, o que funciona são partidos. Um dia eu posso ir para a Câmara Federal, mas um dia em que eu esteja totalmente fortalecido nacionalmente dentro do meu partido, para que eu possa chegar lá e ser uma voz dentro do Congresso Nacional e não ser mais um dentre 513. (Fim da Primeira Parte da entrevista de Neto Evangelista)
Hugo Freitas e Neto Evangelista
A Segunda Parte dessa entrevista será publicada no próximo domingo, na coluna "Púlpito Livre" do Blog do Hugo Freitas. Imperdível !!!
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