domingo, 23 de fevereiro de 2014

Há 150 anos, nascia o escritor maranhense Coelho Neto

Durante muitos anos, Coelho Neto foi o escritor mais lido do Brasil

Nascido em Caxias no dia 21 de fevereiro de 1864, Henrique Maximiano Coelho Neto ou, simplesmente, Coelho Neto, possuía diversas facetas. Romancista, professor, poeta, crítico, teatrólogo, político, contista e memorialista, o escritor é patrono fundador da cadeira número 2 da Academia Brasileira de Letras (ABL).

No Maranhão, o reconhecimento do talento de Coelho Neto pela Academia Maranhense de Letras (AML) só ocorreu em 1934, como afirma o professor José Dino Cavalcante. “A AML foi fundada em 1908, com 20 cadeiras. Na fundação, Coelho Neto não foi homenageado por nenhum dos membros-fundadores, uma vez que, com raras exceções, o patrono, já falecido, deveria ser um grande nome das letras ou das ciências. Porém, ainda em 1934, com a mudança do estatuto da entidade, o número de cadeiras passou para 25. Com novos membros-fundadores, Coelho Neto passou a ser patrono da cadeira 24, tendo Joaquim Dourado como fundador”, afirma.

Coelho Neto tinha apenas seis anos de idade quando se mudou, com seus pais, Antônio da Fonseca Coelho e AnaSilvestre Coelho, para o Rio de Janeiro. A capital carioca, inclusive, é o local onde faleceu, em 28 de novembro de 1934. Apesar de seu falecimento, aos 70 anos de idade, Coelho Neto continua vivo na memória dos admiradores de sua extensa obra, que foi cultivada em praticamente todos os gêneros literários e o fez ser considerado, por muitos anos, o escritor mais lido do Brasil.

Assim, dono de diversos talentos, Coelho Neto passou por vários gêneros da literatura, escrevendo também para crianças. “Coelho Neto escreveu, em parceria com o grande poeta Olavo Bilac, um livro dedicado às crianças. O livro foi escrito em um tempo recorde, pois o editor já tinha adiantado a Bilac uma parte do dinheiro”, conta José Dino.

Ainda que pertencentes a uma determinada época, os clássicos do romancista podem ter um grande aproveitamentoliterário nos dias atuais. “Um exemplo é o livro de memórias ‘Canteiro de Saudades’, em que o autor escreve sobre sua infância, sobre a figura de Papai Noel, sobre os presentes de Natal, sobre o Ano Novo, sobre o processo de alfabetização, entre outros”, declara.

Principais obras:

Contos - Rapsódias (1891); Baladilhas (1894); Fruto proibido (1895); Álbum de Caliban (1897); Vida mundana (1909); Banzo (1913); Contos da vida e da morte (1927); A cidade maravilhosa (1928).

Principais romances:

A capital federal (1893); Miragem (1895); O rei fantasma (1895); Inverno em flor (1897); O rajá do Pendjab (1898); A Conquita (1899); A tormenta (1901); Turbilhão (1906); Rei negro (1914); Mano, Livro da Saudade (1924); O polvo (1924); Imortalidade (1926); A cidade maravilhosa (1928); Fogo fátuo (1929).

Acompanhe o Blog do Hugo Freitas pelo Twitter e Facebook

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Grato pela participação.