terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

PCdoB anuncia manutenção da aliança nacional com o PT

PT e PCdoB seguem juntos no plano nacional

Por Hugo Freitas

O Comitê Central do PCdoB, órgão máximo da direção do partido, aprovou resolução onde declara que deverá seguir no governo da presidente Dilma Rousseff (PT). O anúncio oficial da manutenção da aliança nacional entre PT e PCdoB, no entanto, será feito somente em junho.

Durante encontro realizado no último sábado (09), em São Paulo, os comunistas aprovaram a resolução política que irá nortear os trabalhos da legenda até o pleito de outubro. No texto aprovado, ficou deliberado que:

“Entre as tarefas referentes à sucessão presidencial de 2014 e ao projeto eleitoral do PCdoB, destacam-se: 1) O Partido deve se engajar decididamente em todas as frentes de trabalho para buscar a quarta vitória consecutiva do povo. Na atual fase, o PCdoB deve se empenhar na apresentação de ideias e propostas programáticas para o projeto de governo, bem como contribuir na formação da coalizão capaz de proporcionar a vitória das forças democráticas e progressistas", reza o texto da resolução.

Como era de se esperar, os dirigentes nacionais do partido comunista não iriam abrir mão de inúmeros cargos no governo federal e ficar de "mãos vazias" em troca de alianças regionais, como por exemplo, o Ministério dos Esportes, principalmente em ano de Copa do Mundo no Brasil, cujo orçamento somente para a pasta chegou a níveis estratosféricos.

Além disso, o PCdoB teceu as prioridades que deverão ser adotadas nas próximas eleições: “Com o objetivo de garantir o sucesso do projeto eleitoral do PCdoB, cujas prioridades são o aumento da bancada comunista no Congresso Nacional, em especial na Câmara dos Deputados, a reeleição de Inácio Arruda e a conquista de mais cadeiras no Senado Federal e a eleição de Flávio Dino ao governo do Maranhão.

Observa-se, nitidamente, na resolução nacional da legenda da foice e do martelo, que a disputa pelo governo do Maranhão em torno do nome de Flávio Dino está diluída entre as prioridades do partido, não se constituindo, pois, como seu "objetivo maior" ou "absoluto", já que a sigla comunista também lutará para ampliar a bancada de deputados estaduais, federais e senadores.

Afinal de contas, ninguém governa sozinho. E de nada adianta ter "mudança" na cadeira de governador, se nas assembleias estaduais ou no Congresso Nacional as bancadas dominantes de hoje forem as mesmas dominadoras de amanhã.

Governar um Estado passa também, indissociavelmente, pela conquista do maior número de assentos possíveis nos parlamentos estaduais e federais (Câmara e Senado). E parece que, enfim, os comunistas brasileiros perceberam isso.

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