Em nota oficial divulgada ontem à tarde (17), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Maranhão (Sinproesemma) reafirmou a continuidade da greve.
A nota foi publicada em resposta ao entendimento do desembargador Marcelo Carvalho, que decretou a abusividade da greve dos educadores públicos.
No comunicado, o Sinproesemma informa que não foi notificado da decisão judicial e que, apoiado no Estatuto da entidade (que é quem decide em assembleia geral a permanência ou não do movimento grevista) e no direito constitucional previsto na Carta Magna do país, mantém assim o estado de greve, sem prejuízo para os professores da rede estadual de ensino.
Por fim, o sindicato da categoria afirma visceralmente que "o governo Roseana Sarney não está interessado nem no diálogo nem na solução dos problemas da educação pública", explicando que o posicionamento do Executivo estadual é de "confronto com os educadores", de omissão diante da proposta de debate público sobre a situação da educação no Estado e de ancoramento em "caríssima e mentirosa campanha de mídia".
Hugo Freitas
Leiam na íntegra a Nota Oficial do Sinproesemma:
NOTA OFICIAL
Diante de notícias informando que o desembargador Marcelo Carvalho determinou a abusividade da greve dos educadores públicos do Maranhão, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) vem a público para:
1-Informar que oficialmente a entidade não foi notificada da decisão judicial e, assim sendo, a greve continua sem prejuízo para os profissionais da educação;
2-Comunicar que em última instância quem decidirá a continuidade ou interrupção do movimento grevista é a categoria reunida em assembleia geral, como determinam o Estatuto desta entidade, e que estas serão realizadas entre os dias 23 e 25 deste mês;
3-Relembrar que o direito à greve está previsto na Constituição Federal e que o Sinproesemma buscará o caminho da Justiça para reverter a decisão dada em caráter liminar (provisória) e de forma monocrática;
4-Reafirmar a legitimidade do nosso movimento paredista, pois desde 2009, nós, educadores (professores, especialistas e funcionários de escolas), estamos empenhados na definição, aprovação e aplicação do Estatuto do Educador, necessário ao reconhecimento e valorização do profissional, que pode dar ao ensino público a qualidade que a sociedade maranhense exige e paga por ela.
5-Afirmar que buscar na Justiça a decretação da abusividade de nossa greve é mais uma demonstração de que o governo Roseana Sarney (PMDB/PT) não está interessado nem no diálogo nem na solução dos problemas da educação pública, pois busca o confronto com os educadores, foge do debate na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, impede a realização de audiência pública sobre a questão e se escora em caríssima e mentirosa campanha de mídia;
6-Reafirmar que os educadores e educadoras maranhenses, representados pelo Sinproesemma, estão abertos à negociação e ao diálogo, mas não recuarão diante das ameaças, chantagens e repressão vindas do governo do Estado e continuarão em greve até que o Poder Executivo se disponha a negociar e atender as reivindicações dos trabalhadores.
Educação pública de qualidade só com o estatuto aprovado e o educador valorizado.
A greve continua! Estatuto já!
São Luís, 17 de março de 2011.
Sinproesemma
É isso aí meu amigo, não será uma decisão monocrática que vai nos dirimir da luta...
ResponderExcluirAvante...
Com certeza, companheiro GD News.
ResponderExcluirO sol brilha mais forte no horizonte para aqueles que carregam o brio da vitória no olhar e na disposição para vencer.
Que a luta continue iluminando a cada dia as mentes indecisas contaminadas pela disfarçatez midiática promovida pelo governo do Estado.
Grato pela participação. Abraços fraternos.
Hugo Freitas