sexta-feira, 18 de março de 2011

Professores reafirmam continuidade da greve


Em nota oficial divulgada ontem à tarde (17), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Maranhão (Sinproesemma) reafirmou a continuidade da greve.

A nota foi publicada em resposta ao entendimento do desembargador Marcelo Carvalho, que decretou a abusividade da greve dos educadores públicos.

No comunicado, o Sinproesemma informa que não foi notificado da decisão judicial e que, apoiado no Estatuto da entidade (que é quem decide em assembleia geral a permanência ou não do movimento grevista) e no direito constitucional previsto na Carta Magna do país, mantém assim o estado de greve, sem prejuízo para os professores da rede estadual de ensino.


Por fim, o sindicato da categoria afirma visceralmente que "o governo Roseana Sarney não está interessado nem no diálogo nem na solução dos problemas da educação pública", explicando que o posicionamento do Executivo estadual é de "confronto com os educadores", de omissão diante da proposta de debate público sobre a situação da educação no Estado e de ancoramento em "caríssima e mentirosa campanha de mídia".

Hugo Freitas


Leiam na íntegra a Nota Oficial do Sinproesemma:


NOTA OFICIAL
Diante de notícias informando que o desembargador Marcelo Carvalho determinou a abusividade da greve dos educadores públicos do Maranhão, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) vem a público para:

1-Informar que oficialmente a entidade não foi notificada da decisão judicial e, assim sendo, a greve continua sem prejuízo para os profissionais da educação;

2-Comunicar que em última instância quem decidirá a continuidade ou interrupção do movimento grevista é a categoria reunida em assembleia geral, como determinam o Estatuto desta entidade, e que estas serão realizadas entre os dias 23 e 25 deste mês;

3-Relembrar que o direito à greve está previsto na Constituição Federal e que o Sinproesemma buscará o caminho da Justiça para reverter a decisão dada em caráter liminar (provisória) e de forma monocrática;

4-Reafirmar a legitimidade do nosso movimento paredista, pois desde 2009, nós, educadores (professores, especialistas e funcionários de escolas), estamos empenhados na definição, aprovação e aplicação do Estatuto do Educador, necessário ao reconhecimento e valorização do profissional, que pode dar ao ensino público a qualidade que a sociedade maranhense exige e paga por ela.

5-Afirmar que buscar na Justiça a decretação da abusividade de nossa greve é mais uma demonstração de que o governo Roseana Sarney (PMDB/PT) não está interessado nem no diálogo nem na solução dos problemas da educação pública, pois busca o confronto com os educadores, foge do debate na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, impede a realização de audiência pública sobre a questão e se escora em caríssima e mentirosa campanha de mídia;

6-Reafirmar que os educadores e educadoras maranhenses, representados pelo Sinproesemma, estão abertos à negociação e ao diálogo, mas não recuarão diante das ameaças, chantagens e repressão vindas do governo do Estado e continuarão em greve até que o Poder Executivo se disponha a negociar e atender as reivindicações dos trabalhadores.

Educação pública de qualidade só com o estatuto aprovado e o educador valorizado.

A greve continua! Estatuto já!

São Luís, 17 de março de 2011.

Sinproesemma








2 comentários:

  1. É isso aí meu amigo, não será uma decisão monocrática que vai nos dirimir da luta...
    Avante...

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  2. Com certeza, companheiro GD News.

    O sol brilha mais forte no horizonte para aqueles que carregam o brio da vitória no olhar e na disposição para vencer.

    Que a luta continue iluminando a cada dia as mentes indecisas contaminadas pela disfarçatez midiática promovida pelo governo do Estado.

    Grato pela participação. Abraços fraternos.

    Hugo Freitas

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Grato pela participação.