sábado, 19 de março de 2011

EUA entram na guerra contra Kadafi

Porta-aviões norte-americano
Imagem: Pentágono

Um dia antes do aniversário da invasão norte-americana ao Iraque, em 2003, o exército dos Estados Unidos se juntou à intervenção militar internacional na Líbia neste sábado (19/03) e lançou uma série de mísseis Tomahawks contra o território líbio. As informações são das emissoras norte-americanas NBC e CNN. A operação foi batizada de "Aurora da Odisseia" (Odissey Dawn, em tradução livre).

"Autorizei hoje o início de uma intervenção militar na Líbia, com o intuito de proteger civis. Ela agora está em andamento", afirmou em mensagem o presidente dos EUA, Barack Obama, em visita ao Brasil. "Kadafi ignorou os avisos. Quero que o povo norte-americano saiba que o uso da força não foi a nossa primeira opção. Não haverá perdão a Kadafi. Ações têm consequências e a comunidade internacional precisa agir".

Mais cedo, a França iniciou um sobrevoo no território da Líbia, com o posterior bombardeio de alvos de forças leais ao coronel Muammar Kadafi em Benghazi, informou a CNN. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, confirmou o início da intervenção militar, autorizada por meio de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, na quinta-feira (17/03).

Outro membro da coalizão, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que chegou a hora de "agir" na Líbia, em declarações a televisões britânicas. "Kadafi quis isso. Mentiu à comunidade internacional, prometeu um cessar-fogo, quebrou o cessar-fogo. Continua a brutalizar o seu próprio povo. É portanto a hora de agirmos. É urgente", disse o primeiro-ministro à BBC.

Cameron deu a autorização para a Real Força Aérea Britânica (RAF, na sigla em inglês) participar das operações. De acordo com o Pentágono, EUA e Reino Unido dispararam mais de 110 mísseis Tomahawk contra a Líbia.

A Itália também enviou jatos para voos de reconhecimento e ofereceu a base da OTAN (Organização do tratado do atlântico) para ser o centro de comando da operação. O Canadá e a Espanha já enviaram aeronaves para participar da intervenção. Catar e Emirados Árabes Unidos são os países árabes cotados para agir em conjunto com europeus e norte americanos.

Hugo Freitas


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