quinta-feira, 17 de março de 2011

Deputados rejeitam requerimento para discutir a greve dos professores

Plenária da Assembleia Legislativa do Maranhão nesta quarta-feira (16)

Mais uma prova foi dada de que as instituições do Maranhão estão à beira da falência de seu propósito original: o de zelar pelo interesse público.

A Assembleia Legislativa, por decisão da maioria dos parlamentares presentes à sessão plenária desta quarta-feira (16), rejeitou o requerimento de autoria de vários deputados da oposição, no qual solicitavam a realização de uma audiência pública, prevista para 22 de março, para discutir a greve dos professores da rede estadual de ensino.

Segundo informações da Agência Assembleia, votaram favoráveis à aprovação do requerimento os deputados Marcelo Tavares (PSB), Rubens Pereira Júnior (PC do B), Eliziane Gama (PPS), Cleide Coutinho (PSB), Luciano Leitoa (PDT), Bira do Pindaré (PT), Gardênia Castelo (PSDB) e Neto Evangelista (PSDB), todos de oposição ao governo.

A votação, conduzida pelo presidente da Casa, Arnaldo Melo, foi precedida de um longo debate entre os parlamentares de oposição - que defendiam a aprovação do requerimento - e os do governo, que se posicionavam contra.

O objetivo do requerimento consistia na realização de uma audiência pública como um espaço para que a sociedade maranhense pudesse ouvir a secretária de Educação, Olga Simão, e as lideranças do sindicato dos professores, no sentido de que houvesse um consenso em torno do fim da greve.

No entanto, parlamentares governistas se manifestaram contrários ao pleito, por considerarem o requerimento da oposição atemporal. O deputado Alexandre Almeida (PTdoB) argumentou que a própria Comissão de Educação da Assembleia já estaria atuando no sentindo de dar um fim à greve. Segundo ele, "a audiência pública atropelaria as diretrizes que a Comissão já está definindo".

Voa longe o dia em que os reais interesses da população maranhense serão plenamente discutidos em espaços públicos instituídos para tal fim, haja visto que a própria Casa Legislativa do Estado, onde se pressupunha que os "representantes do povo" lutassem pela supremacia da "coisa pública", se torna a cada dia apenas um apêndice do Palácio dos Leões.

Hugo Freitas

4 comentários:

  1. Lamentável, Senadores Deputados e vereadores, quando estão em campanha falam que se ganharem vão está ao lado do povo, só pra ganhar o voto! Por que quando ganham vão mesmo é obedecer e ficar do lado do governo, uma tristeza... O povo fica de lado....... http://noticiapresiddentemedici.blogspot.com/

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  2. Companheiro Pres.Médici Notícias, saudações.

    Sua análise é bastante colaborativa. Infelizmente, os "representantes" eleitos que deveriam estar ao lado do povo, em sua maioria absoluta, acabam ficando do lado do governo, deixando assim "o povo de lado".

    Isto acontece em detrimento dos inúmeros "mimos" que o governo concede aos parlamentares maranhenses visando a aprovação de projetos que satisfaçam os interesses privados daqueles que financiaram a campanha eleitoral vitoriosa, bem como garantindo o consentimento silencioso e um olhar de indiferença da Casa Legislativa mediante as reais e urgentes necessidades da população do Estado.

    Grato pela participação. Abraços fraternos.

    Hugo Freitas

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  3. GRATA PELO ESPAÇO APROVEITO PARA DEIXAR UM RECADO POSSA INTERESSAR; SABEM PORQUE AS COISAS ESTÃO DESSA FORMA? INCLUSIVE O IDH BAIXISSIMO, POIS ELES DEIXAM-SE LVAR PELO DESINTERESSE, AINDA EXISTEM PROFESSORES COM 4 OU ATÉ 5 MATRICULAS OU CARGO NAS REDES ESTADUAL E MUNICIPAL COMO IRÁ FICAR MAIS TARDE A CAUSA EDUCACIONAL ?

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  4. Companheira "Anônima", saudações.

    Grato por sua participação. Mas ficou uma dúvida: quando você fala "eles deixam-se levar pelo desinteresse", a quem você está se referindo? Aos gestores públicos ou aos professores?

    Agora, quanto às várias matrículas de alguns professores do Estado e dos municípios, isto provavelmente acontece por conta dos baixos salários pagos, que a "mídia sarneizista" diz ser "um dos maiores do país", pois só assim (ministrando aulas em várias escolas) um professor consegue "sobreviver" no Maranhão.

    Abraços fraternos.

    Hugo Freitas

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Grato pela participação.