sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

MAIS UM ABSURDO: PASTORA DA IGREJA NEO-PENTECOSTAL ESCRAVIZOU CRIANÇA INDÍGENA

Criança era apelidada de "mucama" pela pastora

O Ministério Público Federal (MPF) em Goiás denunciou na quarta (11), em ação penal à Justiça Federal, a pastora W.F.M.B., por ter mantido em sua casa, durante 19 meses em Goiânia, uma criança xavante, menor de 14 anos, em condição análoga à de escrava.

A menina, que é da tribo de São Marcos, em Barra do Garças (MT), habitou, entre os meses de maio de 2009 e novembro de 2010, um sobrado do Setor Coimbra, bairro próximo ao Centro. Ela foi apelidada de "mucama" - sinônimo de criada, serva, escrava ou doméstica.

"O trabalho doméstico infantil de menores de 16 anos foi incluído na lista das piores formas de atividades que exploram as crianças", disse o procurador Daniel Resende Salgado. O Código Penal prevê, para o crime e agravantes somados, até 16 anos de reclusão.

Daniel Salgado afirmou que optou em manter sob sigilo o nome da menina, divulgar as iniciais da mulher, e omitir a denominação neo-pentecostal.

Contou, ainda, que ouviu a menina por meio de intérpretes. E a criança xavante, hoje com 13 anos de idade, relatou como era ameaçada e castigada caso não executasse os trabalhos domésticos diários: lavar as louças, cozinhar, passar roupas, lavar o piso do sobrado e distribuir folhetos da Igreja às sexta-feiras.

O caso veio à tona em dezembro de 2010, disse o procurador, quando professoras viram hematomas pelo corpo da menina. Apatia, tristeza, indisposição, faltas constantes e o caderno com o "dever de casa" incompleto também chamaram atenção na Escola JK, em Goiânia."A partir da revelação das ameaças e espancamentos, elas denunciaram o caso à Policia Civil".

O processo de exclusão da menina xavante teve início em maio de 2009. O pai da menina, então com 11 anos de idade, estava em Goiânia para tratamento médico de outra filha, na Casa do Índio, no setor Coimbra. Alertado sobre o risco de violação da menina, por outros índios de outras tribos, encontrou na Igreja e na pastora o abrigo ideal para a menina crescer, estudar e ter segurança. Libertada pela Polícia Civil, ela foi entregue ao seu grupo indígena, na região leste do Mato Grosso.

Hugo Freitas
Com informações da Agência Estado

5 comentários:

  1. Boa noite Hugo Freitas, até quando vamos viver períodos escravocratas? Até quando as pessoas vão sentir-se importantes em utilizar-se das fraquezas alheias? Até quando religiosos vão entender que não têm direitos de entrometer-se nas decisões dos outros e pousarem de bonszinhos e dizerem ser servos de Deus para sobrepor-se a outros? Abraços. Reinalddo Cantanhêde Lima

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    1. ha muitos lobos vestidos de cordeiros,hA joio no meio do trigo.nem todos religiosos sao ladroes e aproveitadores assim como nem todos sao pedofilos e Deus vai trazer a tona todas as coisas e tudo sera revelado

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  2. Boa pergunta, Reinaldo: ATÉ QUANDO???

    Grato pela participação. Abraços fraternos.

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  3. "Não há avivamento sem oposição. Não há parto sem dor. Não há colheita jubilosa sem a semeadura regada por lágrimas. Entretanto, grave pecado é opor-se à obra de Deus. Grave pecado é tentar desestimular aos que estão no caminho."

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  4. "OBRA DE DEUS" colocar uma CRIANÇA DE 11 ANOS para executar trabalhos domésticos forçados debaixo de ameaças e castigos???
    Isto não é evangelização, isto é SERVIDÃO FORÇADA!!!
    Quem quer ter uma empregada doméstica, tem que PAGAR PELOS SERVIÇOS DE UMA PESSOA ADULTA, com carteira assinada e dentro dos ditames da lei.

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Grato pela participação.