Mais de 88 mil pessoas participaram da votação, promovida pelo site Public Eye People's e criada desde 2000 pelas ONGs Greenpeace e Declaração de Bernia, para eleger a pior empresa do ano. E os eleitores decidiram entregar o "Oscar da Vergonha" para a Vale.
A companhia é a primeira brasileira a concorrer ao pleito, sendo defenestrada por 25.042 eleitores - 797 a mais que a japonesa Tepco, que opera as usinas nucleares de Fukushima.
Também participaram do concurso a sul-coreana de eletrônicos Samsung (19.014 votos), o grupo bancário Barclays (11.107), a suíça de agronegócio Syngenta (6.052) e a mineradora americana Freeport (3.308).
A indicação da Vale foi feita por um grupo de instituições sociais e ambientalistas formado pela "Rede Justiça nos Trilhos", a "Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale", o "International Rivers" e a "Amazon Watch".
No site da premiação, a indicação da mineradora era justificada por uma “história de 70 anos manchada por repetidas violações dos direitos humanos, condições desumanas de trabalho, pilhagem do patrimônio público e pela exploração e destruição do meio ambiente” em diversas partes do mundo.
A empresa é lembrada ainda por participar do consórcio responsável pela construção da usina de Belo Monte. Para os ambientalistas, trata-se de um "empreendimento de US$ 17 bilhões planejado de forma autoritária, sem ouvir a população afetada e em desacordo com os direitos humanos e as leis ambientais".
A empresa se limitou a informar em seu site que "a atividade mineradora gera impactos e, por isso, atua de forma a controlá-los e reduzi-los".
Para 2012, a Vale prevê investir US$ 1,648 bilhão, sendo US$ 1,354 bilhão na proteção e conservação ambiental, e US$ 293 milhões em programas sociais.
Hugo Freitas
Com informações das agências Estado e O Globo
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