quinta-feira, 1 de maio de 2014

HILTON GONÇALO E A "VIA ALTERNATIVA" NO MARANHÃO


Por Hugo Freitas

O ex-prefeito de Santa Rita, o empresário Hilton Gonçalo (PDT) tenta se cacifar para entrar de vez na disputa pelo comando do Palácio do Leões como uma "Via Alternativa", como ele mesmo define, às duas principais candidaturas postas: Lobão Filho (PMDB) pelo governo e Flávio Dino (PCdoB) pela "oposição".

Mas isso vai depender do resultado de uma reunião que acontece na próxima terça-feira (06), em Brasília, entre os dirigentes do PDT maranhense e o presidente nacional do partido, Carlos Lupi. Gonçalo foi convidado para discutir a candidatura própria no Maranhão.

O convite surgiu após uma reunião, no Rio de Janeiro, semana passada, entre Flávio Dino e Carlos Lupi, da qual o dirigente pedetista saiu bastante insatisfeito ao ter a certeza de que o PSDB indicará o vice-governador na chapa do candidato comunista, quebrando assim um acordo celebrado entre Flávio e o PDT dois anos atrás.

Na eleição municipal de 2012, Dino teria prometido a vaga de vice ao PDT na disputa estadual de 2014 em troca do apoio a Edivaldo Holanda Júnior (PTC). Agora, os pedetistas exigem o cumprimento desse acordo, com a ameaça de ruptura com o consórcio dinista e o lançamento de uma candidatura própria.

E as ameaças vêm tomando contornos mais nítidos à medida que se aproxima a data de anúncio oficial da entrada do PSDB no "chapão" oposicionista (dia 09 de maio, com a vinda do presidenciável Aécio Neves a São Luís), onde deverá ser confirmado o nome do presidente do tucanato maranhense, o deputado federal Carlos Brandão, como vice-governador de Flávio Dino.

Diante desta situação, o PDT está reavaliando sua posição e deve mesmo optar pelo caminho de uma candidatura própria no estado, decisão que tende a se tornar ainda mais viável com a desistência da corrida aos Leões de Eliziane Gama (PPS), que também pulou para o barco da oposição dinista, abrindo mão de ser a protagonista no processo catalizador do alto índice de rejeição/indecisão do eleitorado maranhense, apontado nas pesquisas em relação aos dois principais candidatos.

Contudo, antes do encontro do PDT em Brasília, ocorre em São Luís, na próxima segunda-feira (05), uma reunião com os pré-candidatos a deputado estadual e federal do partido, para que estes emitam seu posicionamento sobre os ganhos e perdas referentes às eleições proporcionais e à coligação majoritária. O resultado do encontro será levado ao conhecimento do presidente Carlos Lupi.

De acordo com Hilton Gonçalo, cerca de 90% dos membros do partido são favoráveis a uma candidatura própria, caso o PDT não receba o direito de indicar o vice-governador. “A minha intenção de candidatar ao governo sempre existiu, mas agora ganha mais força, uma vez que o acordo firmado ainda em 2012 com o partido não foi cumprido”, afirmou.

Gonçalo entende que o partido só tem a ganhar com o lançamento de uma candidatura própria. “Com um candidato próprio, a nossa possibilidade de eleger deputados federais aumenta. Vou mostrar isso a meu partido. Temos que dar o papel de protagonismo ao PDT, respeitar o legado deixado por Jackson Lago”, completou o pedetista.

Trocando em miúdos, o PDT deixa claro que não se contentará com as "sobras" do banquete ofertado por Flávio aos tucanos. Ao mesmo tempo, o partido trabalhista dá um "tiro no pé", pois ao vincular sua decisão de candidatura própria a uma quebra de acordo por parte de Dino diz com todas as letras que sua "Via Alternativa" é meramente interesseira e oportunista.

Nada muito diferente de Eliziane Gama e sua corrompida "Terceira Via".

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