Natalino Salgado Filho, reitor da UFMA, anunciou que a instituição pode fechar as portas ainda em 2015
Por Hugo Freitas
Participei de uma reunião, na manhã
desta segunda-feira (17), na condição de docente da Universidade Federal do
Maranhão (UFMA), com parlamentares da bancada federal maranhense, onde o reitor
Natalino Salgado, anunciou, para a surpresa e preocupação de muitos, que a
instituição pode ser obrigada a fechar as portas neste segundo semestre de
2015.
Na oportunidade, Natalino expôs as
dificuldades financeiras da universidade e pediu a ajuda dos deputados
presentes e do senador Roberto Rocha (PSB), que falava em nome dos outros
senadores maranhenses, Edson Lobão (PMDB) e João Alberto (PMDB), para que
conseguissem a liberação de recursos junto ao Governo Federal.
A situação apresentada foi a seguinte:
do orçamento previsto para o ano letivo de 2015 da UFMA, o Governo Federal cortou cerca de 50%, algo em torno de R$ 42 milhões. Não bastasse isso, foi
contingenciando o restante aprovado, liberando os recursos a conta gotas.
Segundo o reitor, a UFMA necessita de
R$ 22 milhões para concluir o segundo semestre do ano. E isso independe da
greve dos docentes e técnicos administrativos da instituição, que cruzaram os
braços há mais de 40 dias na luta por um reajuste salarial que cubra
satisfatoriamente as perdas com a inflação.
Ou seja, mesmo que o movimento grevista
chegue ao fim, a UFMA não teria condições financeiras de arcar com o pagamento
de servidores e funcionários e teria que suspender suas atividades, até que o
Governo honre seus compromissos e libere os recursos que haviam sido acordados.
Ao final da reunião, foi deliberado que
uma audiência com os ministros da Casa Civil, da Educação e do Planejamento
seria solicitada pela bancada, na figura do deputado federal Pedro Fernandes
(PTB), que lidera o bloco, pleito este que contaria com o apoio dos senadores maranhenses.
Participaram do encontro, o líder da
bancada maranhense no Congresso Nacional, o deputado Pedro Fernandes (PTB), o
senador Roberto Rocha (PSB) e os deputados: Zé Carlos (PT), André Fufuca (PEN),
Rubens Jr (PCdoB), Júnior Marreca (PEN), Juscelino Filho (PRP) e João Marcelo
(PMDB).
Cortes na Educação da "Pátria
Educadora"
Os cortes no orçamento da UFMA,
impostos pelo Governo Federal, cujo slogan midiático deste ano é o da
"Pátria Educadora", somam-se aos outros cortes impingidos para o
setor da Educação.
Ao todo, o Governo já cortou cerca de
70% dos recursos previstos para 2015, em todo o país, incluindo
programas, projetos, pagamento de servidores, compra de materiais e manutenção
das instituições federais de ensino.
Para se ter uma dimensão da grave situação financeira da "Pátria Educadora", o corte chegou na casa dos 75% no Programa de Apoio à
Pós-Graduação (Proap), mantido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (Capes), instituição do Ministério da Educação (MEC) responsável
por financiar programas de mestrado e doutorado.
Com isso, a produção de conhecimento
científico das nossas federais fica estritamente prejudicada, afetando
diretamente a qualidade da formação de mestres e doutores, o que
pode, inclusive, impulsionar a saída desses recursos humanos para outros
países, encontrando guarida e qualificação naqueles menos afetados pela crise.
É má gestão que acostumou a receber verbas e apenas gastar, como a torneira esta fechando não sabe gerir o que entra pois temos uma maquina ineficiente graças a má gestão que não se interessa em Ensino de Qualidade, e sim apenas em fazer propaganda... Parece quer usar como trampolim para ser candidato a algum cargo eletivo como prefeito e alguma cidade... Não sabe gerir e não tem humildade de procurar ajudar e quer justificar todos os problemas aos cortes de verbas... Muito simplório, algo que engana os mais desavisados...
ResponderExcluirSeu argumento teria validade se os cortes profundos no orçamento da Educação brasileira como um todo fossem restritos à UFMA. O que não é. A situação financeira da nossa Universidade é similar à de muitas outras.
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