terça-feira, 18 de agosto de 2015

Universidades Federais têm recursos para funcionar até setembro


Segundo o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher, “a previsão é que as universidades federais não passem de setembro deste ano”. Ou seja: não tem verba suficiente para manter as universidades funcionando até o final de 2015.

O governo federal cortou o total de R$ 10,5 bilhões da Educação neste ano, alegando a necessidade de fazer ajustes fiscais para a manutenção do pagamento dos juros e amortizações da “dívida” pública. Uma realidade que já era difícil ficou ainda pior.

As reitorias tomaram diversas medidas que se tornaram um tormento para a comunidade acadêmica de vários Estados, como paralisações de obras, corte de bolsas de manutenção acadêmicas e pesquisas, chegando ao absurdo da falta de recurso para pagar energia elétrica e os funcionários terceirizados.

Segundo balanço do Ministério da Educação (MEC), no ano passado, havia 456 obras em execução nas universidades federais. Este corte afetou diretamente a conclusão destas obras, como é o caso da Universidade Federal de Tocantins, que suspendeu temporariamente a construção de salas de aula e bibliotecas. No total, 29 obras foram paralisadas.

Também foi prejudicada a construção de novos restaurantes universitários na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) não têm dinheiro nem para pagar a conta de luz. No caso da UFBA, o atraso no pagamento dos meses de maio e junho deste ano está acumulado no valor de R$ 2,3 milhões, e, como consequência, houve o corte do fornecimento de energia elétrica.

A UFRJ adiou o início das aulas por falta de recursos para pagar o salário dos trabalhadores terceirizados, e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) suspendeu o calendário letivo do segundo semestre de 2015 para os alunos da graduação presencial e à distância. Em nota oficial, a Reitoria justificou a medida devido ao corte orçamentário e à greve dos funcionários técnico-administrativos da instituição.

Fonte: Jornal A Verdade, de São Paulo. Matéria publicada no dia 14 de agosto de 2015.

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