terça-feira, 12 de maio de 2015

"MATERNIDADE DA MORTE": Enfrentando resistência, deputado pede um minuto de silêncio em memória das vítimas de Caxias

Em sinal de protesto, dezenas de cruzes foram espalhadas pela Praça da Matriz, na cidade de Caxias, no Dia das Mães, pelos familiares dos quase 200 bebês mortos na Maternidade Carmosina Coutinho, a "Maternidade da Morte", um dos mais trágicos descasos com a saúde pública do Maranhão

Um gesto que simboliza a indignação de toda uma população face ao silêncio sepulcral dos governistas, amordaçados por acordos políticos com as "velhas oligarquias" que controlam o Maranhão.

Assim pode ser interpretado o pedido de um minuto de silêncio do deputado Wellington do Curso (PPS) que, na tarde desta segunda-feira (11), usou a tribuna da Assembleia Legislativa, em homenagem ao Dia das Mães, para lamentar e prestar condolências às mães caxienses de quase 200 crianças mortas na Maternidade Carmosina Coutinho, de propriedade da "oligarquia Coutinho", conhecida nacionalmente como a "Maternidade da Morte", depois da denúncia de programas jornalísticos da Band e da Record (CONFIRA AQUI).

Eu, Hugo Freitas, me solidarizo com a dor das mães e familiares dos quase 200 bebês que tiveram suas vidas ceifadas na "Maternidade da Morte"

Na oportunidade, o parlamentar relembrou o protesto realizado no último domingo (10) pelas mães (ver fotos acima), que espalharam cruzes pela Praça da Matriz, no município de Caxias, além de latas de leite vazias em acompanhamento de faixas nas quais estavam escritas que "quase 200 mães não poderão comemorar seu dia", e pediu, também, que fosse feito um minuto de silêncio, dentre os presentes, em respeito às vítimas, além de fazer referência à citação bíblica contida em Mateus 2:18, que retrata "o massacre dos inocentes".

Única voz no Parlamento estadual a se levantar contra o silêncio dos governantes, Wellington lamentou o "massacre dos inocentes" em Caxias

Enfrentando a resistência do presidente em exercício da Casa, deputado Othelino Neto (PCdoB), que segue a linha estratégico-silenciosa adotada pelos membros e correligionários do governo Flávio Dino (PCdoB) - que também nunca se manifestou sobre a tragédia - em fazer vista grossa para o assunto para não contrariar o padrinho político deste último, o "oligarca" Humberto Coutinho (PDT), tio do prefeito de Caxias, Léo Coutinho (PSB), Wellington, que é vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da AL, parece ser o único representante do povo a se sensibilizar com a tragédia em Caxias.

"Inicialmente, o pedido não foi compreendido pelo presidente em exercício, Othelino Neto (PCdoB), que parece não ter dado atenção ao meu pedido, e mais uma vez solicito a sensibilidade do presidente e dos demais parlamentares desta Casa, em homenagem e solidariedade às quase 200 mães que tiveram seus direitos de comemorarem o Dia das Mães abortados, que façamos 1 minuto de silêncio em respeito às dores destas mães. Assim como em Ramá se ouviu uma voz, lamentação, choro e grande pranto de Raquel chorando os seus filhos, em Caxias se viu a dor e o desespero de Marias, Raimundas, Franciscas... que não querem ser consoladas, porque seus filhos já não existem e que levarão para sempre em suas almas, feridas profundas que jamais poderão ser tratadas", lamentou o parlamentar.

Assista abaixo ao programa "Repórter Record Investigação" que denuncia a tragédia ocorrida na "Maternidade da Morte", na cidade de Caxias, controlada pela "oligarquia" Coutinho:


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