terça-feira, 3 de maio de 2011

Bin Laden foi traído por falta de tecnologia


Num mundo onde tudo facilita a posse de um telefone e uma conexão à internet, a desconfiança com que Osama Bin Laden encarava as novas tecnologias pode tê-lo traído.

A mansão de Abbottabad, no Paquistão, onde o cérebro dos atentados do 11 de Setembro foi morto na madrugada desta segunda-feira (02) não tinha nem ligação telefônica nem internet, segundo os dirigentes americanos, para evitar, provavelmente, que suas comunicações fossem vigiadas.

Mansão onde Bin Laden foi morto (Foto: Reuters)

Mas este isolamento, espantoso numa habitação tão luxuosa, foi precisamente um dos indícios que permitiram encontrá-lo: um funcionário americano de alto escalão explicou nesta segunda-feira que havia considerado "surpreendente" que uma propriedade avaliada em um milhão de dólares não tivesse nenhum sinal de novas tecnologias.

"Tudo o que observamos - a segurança operacional extremamente sofisticada (...), a localização e a própria organização da residência, correspondiam perfeitamente a um refúgio de alguém muito importante, segundo nossos especialistas", acrescentou o funcionário, preferindo não ter o nome divulgado.

Paradoxalmente, os serviços americanos mobilizaram os meios mais sofisticados para organizar o ataque.

"Utilizamos toda a gama de nossas capacidades, reunindo informações com nossos meios tanto humanos quanto técnicos, submetendo-as a análises rigorosas de nossos especialistas em Bin Laden e a sua organização", destacou o diretor da CIA, Leon Panetta.

Entre os organismos mobilizados, a Agência de Segurança Nacional (NSA), com suas escutas, e a Agência Nacional de Informação Geoespacial (NGA), especializada em imagens por satélite, foram citadas por Panetta.

Fonte: UOL Notícias

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