Logo após ser indicada pelo partido
para integrar a nova CPI da Petrobras, a deputada federal Eliziane Gama
(PPS-MA) elaborou quatro requerimentos em que pede as convocações do senador
Fernando Collor de Mello (PTB-AL), do atual ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, e dos ex-ministros José Dirceu e Antônio Palocci, ambos do PT.
Collor será chamado a dar explicações, por ter sido denunciado pelo doleiro Alberto Youssef aos procuradores que investigam o
esquema de corrupção na Petrobras. O senador e ex-presidente da República
teria recebido propina de R$ 3 milhões resultante de negócio da BR
Distribuidora, subsidiária da estatal.
Collor foi denunciado por Youssef de ter recebido propina milionária oriunda do esquema do "petrolão"
De acordo com Youssef, a propina
resultou de um contrato no valor de R$ 300 milhões assinado em 2012 entre uma
rede de postos de combustíveis de São Paulo e a BR Distribuidora.
Já o ministro da Justiça irá prestar
esclarecimentos sobre a reunião que ele teria tido com o advogado da
construtora UTC, Sérgio Renault, para tratar das investigações da operação Lava
Jato da Polícia Federal.
Os requerimentos serão apresentados na
quinta-feira (26) quando a CPI da Petrobras será instalada na Câmara.
O PPS quer ouvir ainda o ex-ministro
José Dirceu - condenado no esquema do mensalão - que também teria se
beneficiado do dinheiro desviado da Petrobras. De acordo com reportagem do Jornal Nacional, o petista recebeu R$ 4 milhões de empresas envolvidas na Lava
Jato a título de “consultoria”.
Palocci e Dirceu: condenados do "mensalão", investigados no "petrolão"
Alberto Youssef revelou em sua delação
premiada que Dirceu e Antônio Palocci eram “as ligações” do lobista e operador
de propina na Petrobrás Julio Gerin Camargo com o PT. Youssef revelou que
Dirceu aparecia na contabilidade do esquema com o codinome “Bob” – suposta
referência ao apelido de um ex-assessor de Dirceu.
“Julio Camargo possuía
ligações com o Partido dos Trabalhadores, notadamente com José Dirceu e Antonio
Palocci”, declarou Youssef à Justiça.
Diante de todo o exposto, se as investigações da Lava-Jato se estenderem à presidente Dilma Rousseff (PT) e aos ex-presidentes Luís Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), como querem governo e oposição, o Brasil será, de fato, uma "República em Chamas", cujas bases políticas contemporâneas sofregam de modo irrefreável, sem perspectivas de reestruturação a curto prazo.
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