sábado, 28 de fevereiro de 2015

O PT que não se entende


O Partido dos Trabalhadores no Maranhão (PT/MA) parece ainda desnorteado com a derrota de seu "ungido" ao governo do Estado, o suplente de senador (do próprio pai) Lobão Filho (PMDB).

Ocorre que a corrente petista "Construindo um Novo Brasil" não colocou em pauta, como estava previsto para a reunião da executiva estadual realizada nesta sexta (27), a questão sobre a adesão oficial ao governo Flávio Dino (PCdoB).

Com isso, as correntes da estrela vermelha que apoiaram a candidatura comunista decidiram se ausentar da reunião, por não concordarem com a atitude do agrupamento comandado pelo presidente estadual do partido, Raimundo Monteiro.

“Nós não tínhamos o que fazer nesta reunião, nós somos governo, ajudamos a construir esse governo e só podemos admitir que a CNB venha para o governo se fizer autocrítica”, declarou o vice-presidente do PT, Augusto Lobato.

A reunião, que contou com a presença do senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, foi esvaziada e, por isso, não foi possível se chegar a um entendimento e a uma decisão definitiva e oficial sobre a ida (ou não) em uníssono dos petistas maranhenses para as fileiras do governador.

Mesmo com a retomada do diálogo entre Dilma e Flávio e com a presença de petistas no secretariado estadual, o PT maranhense não se definiu "oficialmente" sobre adesão ao governo Dino

Ao que parece, o PT estadual ainda sofre pela derrota de Lobinho, pois junto com este, foram derrotados também as forças políticas que dominavam o cenário eleitoral no Maranhão há quase cinco décadas, forças estas às quais a ala majoritária do partido estava alinhada desde 2010, quando da intervenção do Diretório Nacional derrubando o apoio do PT local ao então candidato Flávio Dino e determinando o apoio à reeleição de Roseana Sarney (PMDB).

A reunião da Executiva estadual dos petistas ocorre apenas dois dias depois do primeiro encontro pós-eleição entre a presidente Dilma e o governador Flávio, onde ficou praticamente acertada a permanência da aliança nacional entre PT e PCdoB.

O que parece, contudo, não ter sido suficiente para que, no Maranhão, a união entre os dois partidos também se afirmasse, mesmo diante da presença de petistas chefiando secretarias no governo Dino, como Francisco Gonçalves, na pasta de Direitos Humanos, e Márcio Jardim, na Secretaria de Esportes.

Em suma, o mesmo PT que não se entende também é difícil de se entender.

Siga nosso perfil no Twitter e curta nossa página no Facebook

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Grato pela participação.