quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

FOTO HISTÓRICA: DILMA NO BANCO DOS RÉUS DURANTE A DITADURA MILITAR

Aos 22 anos, em 1970, a agora presidente da República, Dilma Roussef, respondia a um interrogatório na sede da Auditoria Militar no Rio de Janeiro

A foto acima, inédita, está no livro que conta a trajetória de Dilma Rousseff da guerrilha ao Planalto.

A vida quer é coragem (Editora Primeira Pessoa), do jornalista Ricardo Amaral, chega às livrarias na primeira quinzena de dezembro.

Amaral, que foi assessor da Casa Civil e da campanha presidencial, desencavou a imagem no processo contra Dilma na Justiça Militar. A foto foi tirada em novembro de 1970, quando a hoje presidente da República tinha 22 anos. Após 22 dias de tortura, ela respondia a um interrogatório na sede da Auditoria Militar do Rio de Janeiro.

Ao fundo, os oficiais que a interrogavam sobre sua participação na luta armada escondem o rosto com a mão (Foto: Reprodução que consta no processo da Justiça Militar)

Polêmica

O site Viomundo publicou que a informação referente à tortura de Dilma está incorreta. Confira o que foi divulgado no site:

"Em comentário postado no Viomundo hoje, segunda-feira, 5 de dezembro, às 10h17, Fernando Trindade aponta o erro, que, da Época, foi disseminado para outros veículos, inclusive para o Globo On-Line. Nós o resumimos:

Cabe aqui registrar a desonestidade do Globo On-line que neste momento tem a chamada 'Livro divulga foto de Dilma após 22 dias de tortura'.

O objetivo é questionar a tortura sofrida por Dilma, pois a foto mostra uma moça altiva e aparentemente bem após '22 dias de tortura'.

Ocorre que – e o Globo sabe perfeitamente – que (o livro registra isso) a foto é de 10 meses após a prisão e tortura de Dilma e não imediatamente depois.

Ao publicar uma chamada como essa o que o Globo calhordamente quer é fazer coro com os que negam a ignomínia da tortura durante o regime militar, tortura que não só lesionou, como provocou a morte do estudante Stuart Angel, do jornalista Vladimir Herzog, do operário Manoel Fiel Filho, entre tantos outros brasileiros.

Em função disso, eliminamos o trecho referente à ocasião em que foi feita a foto. Nossas sinceras desculpas aos nossos leitores pela transcrição da informação equivocada. Fernando Trindade, obrigadíssima pelo alerta. É com a ajuda inestimável de vocês leitores que nós, Azenha e eu, Conceição Lemes, construímos diariamente o conteúdo do Viomundo".

O site divulgou ainda um vídeo-montagem feito com esta foto, histórica, e com a resposta, também histórica, de Dilma à provocação do senador Agripino Maia. Confira:

Hugo Freitas
Com informações de Época e Viomundo


2 comentários:

  1. Boa noite adimrável jornalista Hugo Freitas, no período da campanha presidencial, recebi uma mensagem, Havia uma foto de Dilma com uma arma em punho. Por essa razão faço-te uma pergunta, Tomastes conhecimento dessa mensagem? Alguma comprovação de ela ter matado alguem em frente de batalha? Ou foram especulações eleitorais? Nesse livro menciona alguma coisa sobre o que ora comento? Abraços. Reinaldo Lima

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  2. Olá, Reinaldo. Muito boa noite.

    Não tomei conhecimento da foto que mencionaste, mas o fato de você tê-la recebido justamente "no período da campanha eleitoral" demonstra o quão de artifícios foram utilizados para que Dilma não se tornasse presidente da República.

    Sobre a sua pergunta se o livro trata do assunto de Dilma possivelmente "ter matado alguém" durante a ditadura não posso responder, uma vez que o livro ainda não foi lançado. A expectativa é de que isto aconteça nas próximas semanas.

    O que posso afirmar é que a resistência armada de pessoas como Dilma contra uma ditadura promovida por militares que prendiam, torturavam, estupravam e matavam milhares de pessoas indiscriminadamente e ao seu bel-prazer foi de suma importância para pressionar o governo golpista a rediscutir o retorno da democracia e de eleições livres no Brasil.

    Espero tê-lo ajudado. Abraços fraternos.

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Grato pela participação.