quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Ex-presidente da França, Jacques Chirac é condenado a dois anos de prisão

Ex-presidente da França e ex-prefeito de Paris, Jaques Chirac foi condenado em um julgamento histórico

O ex-presidente francês Jacques Chirac, 79, foi declarado culpado no último dia 15/12 por desvio de fundos públicos, em um julgamento histórico na França, já que esta é a primeira vez que um chefe de Estado é condenado desde que o marechal Philippe Pétain, colaborador dos nazistas, foi sentenciado em 1945.

Chirac não estava presente na corte ao ser declarado culpado por operar um sistema que desviou cerca de 1,4 milhão de euros da Prefeitura de Paris para fins políticos quando ele era prefeito da capital francesa.

Um juiz sentenciou Chirac a dois anos de prisão, com direito a sursis, suspensão da pena. Com isso, o ex-presidente, que foi liberado de tomar parte dos procedimentos por problemas neurológicos, não será preso.

Chefe de Estado entre 1995 e 2007, Chirac foi declarado culpado por "desvio de fundos públicos, abuso de confiança e aquisição ilícita de interesses". Ele poderia ter sido condenado a dez anos de prisão, a pena máxima para as acusações.

O esquema de empregos fantasmas remunerava os funcionários de fachada pela prefeitura de Paris entre 1990 e 1995, quando Chirac era prefeito e presidente do partido RPR, ao mesmo tempo em que preparava a candidatura às eleições presidenciais de maio de 1995.

Advogados a favor da condenação disseram que o veredito de Chirac servia de alerta à classe governista da França, indicando que os políticos não deveriam abusar de sua posição com impunidade.

O advogado de Chirac disse que conversaria com seu cliente para saber se entrariam com recurso. O condenado sempre negou as acusações e afirmou não ter cometido "nenhuma falha penal ou moral", em uma declaração lida por seus advogados durante o julgamento.

Enquanto era chefe de Estado, Chirac estava imune a julgamentos.

Jacques Chirac em imagem de novembro deste ano

Hugo Freitas
Com informações da Reuters e da AFP

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Grato pela participação.