quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

"POR UM TRANSPORTE COLETIVO DIGNO PARA TODOS"


Moradores e estudantes da Cidade Operária protestaram, na manhã de ontem (7), contra a precariedade dos ônibus que servem a população do bairro e a pequena quantidade de linhas que circulam na região.

O protesto foi marcado por uma passeata, que saiu do Colégio dos Padres e se dirigiu até a rotatória da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Lá os manifestantes bloquearam a Avenida Lourenço Vieira da Silva por mais de três horas, gerando um engarrafamento quilométrico no centro da capital maranhense e obrigando passageiros a desembarcar dos ônibus no meio do caminho e seguirem a pé.

A via só foi desinterditada com a chegada de Manoel Cruz, coordenador de Trânsito da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT). Uma reunião foi agendada entre os representantes dos moradores e a SMTT para tentar atender as demandas da população.

Segundo o presidente da Associação de moradores do Conjunto Cidade Operária, Manoel Alves Maciel, há 10 anos duas linhas que circulavam no bairro foram extintas e isso teria comprometido seriamente a locomoção da população. Ele disse que a Cidade Operária tem 130 ônibus da linha urbana e é composta por 34 bairros com 260 mil pessoas. “Ou seja, são 10 ônibus precários por linha, para atender 50 mil usuários”, afirmou.

O presidente do Conselho de Segurança da Cidade Operária, Jorge Peixoto, disse que a SMTT já tem ciência do problema, uma vez que no mês de outubro deste ano foi protocolado um documento de reivindicação dos moradores da área, informando os problemas no sistema de transporte público. Ele frisou que no último dia 23 uma comissão de moradores participou de uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa, na qual teria sido estabelecido prazo de 180 dias para que a SMTT resolvesse o problema.

A aposentada Laurina Pereira da Silva, 49 anos, moradora do bairro há mais de 20 anos, disse que não suporta mais a precariedade e falta de assistência no transporte público local. Ela disse que foi a autora de um abaixo-assinado contendo mais de 7 mil assinaturas, o qual foi enviado à SMTT. “É impossível continuarmos calados diante de tanto descaso. Atualmente, andamos pendurados dentro dos ônibus, porque até pra ficar em pé é difícil. Ou o secretário toma uma providência ou vamos ‘parar geral’, o que não dá é pra continuar do jeito que está”, disse a aposentada.

Estudantes também apoiaram o movimento e afirmaram que, além das ruas da Cidade Operária estarem intrafegáveis, os ônibus estão em péssimo estado de conservação.

A SMTT informou, por meio de nota, que as reivindicações dos moradores da Cidade Operária já estavam sendo analisadas pelo órgão, a fim de que fosse viabilizado e melhorado o atendimento, com a apresentação de uma proposta para solucionar o problema que, caso fosse aceita pelos moradores, seria implementada imediatamente.

Hugo Freitas
Com informações do Jornal Pequeno e da SMTT

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