terça-feira, 28 de outubro de 2014

A Educação que enxerga bem

Os estudantes da rede pública de ensino de São Luís recebem óculos sem nenhum custo para suas famílias

Por Hugo Freitas

Um dos graves problemas que afetam diretamente o desempenho escolar dos estudantes é a deficiência visual, causadora de boa parte dos índices de repetência e evasão escolar em todo o país, segundo dados do programa "Olhar Brasil", do Governo Federal.

Como se sabe, os maiores impeditivos para que as famílias de baixa renda (maior público que recorre à rede municipal de ensino) tenham acesso aos óculos para corrigir os problemas visuais de seus filhos são os elevados preços dos produtos, muito mais as armações do que as lentes.

Daí decorre a importância de programas como o "Saúde na Escola", desenvolvido nas escolas públicas do Município através de uma parceria entre a Prefeitura de São Luís e o governo federal. Segundo a Secretaria de Educação (Semed), gestora municipal do programa, foram contabilizados 15.828 atendimentos na área de oftalmologia, sendo 8.930 de triagem de acuidade visual e 6.898 de avaliação oftalmológica.

O secretário municipal de Educação, Geraldo Castro Sobrinho, destacou a importância do programa para os estudantes. “Trata-se de um programa que vem sendo executado com amplo sucesso em nossa rede. Temos contribuído para melhorar a qualidade de vida dos educandos e, consequentemente, permitir aos estudantes condições mais adequadas ao pleno desenvolvimento de suas habilidades e competências”, afirma o secretário.

Por meio do projeto Consultórios Itinerantes, do Programa Saúde na Escola, os estudantes passam por uma triagem, para analisar se eles têm indícios de problemas na visão. Caso o aluno precise de óculos, ele é encaminhado para um exame posterior, mais detalhado. A partir daí, o estudante pode escolher um modelo de armação para, em pouco tempo, receber os óculos na própria escola em que estuda, sem qualquer custo.

Programas como esse, sem sombra de dúvidas, fazem toda a diferença na vida das milhares de famílias que possuem filhos matriculados na rede pública de ensino da capital e que não possuem recursos suficientes para a compra dos óculos.

Afinal, uma política educacional "de visão" vai além da preocupação com o ensino. Atinge a vida das pessoas, tanto dos estudantes quanto dos seus familiares.

Eis uma Educação que enxerga bem!

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Um tucano no governo comunista do Maranhão

Neto Evangelista (PSDB) é anunciado como secretário de Desenvolvimento Social do governo Flávio Dino (PCdoB)

Por Hugo Freitas

Confirmando a lógica de que em Política "nada vem de graça, nem o pão nem a cachaça", o governador eleito Flávio Dino (PCdoB) anuncia o deputado estadual Neto Evangelista (PSDB) como titular da Secretaria de Desenvolvimento Social do Maranhão.

A decisão de Dino materializa a contrapartida ofertada pelo PCdoB referente à vitoriosa aliança estabelecida com o tucanato maranhense para as eleições estaduais deste ano. Em compensação pelo apoio, o PSDB exigiu tanto a vice-governadoria, que coube ao presidente estadual da legenda, Carlos Brandão, quanto algumas secretarias "de peso" no futuro governo Dino. A indicação de Neto Evangelista pode ser apenas a ponta do iceberg desse acordo.

Tecnicamente, o deputado tucano será responsável pela gestão de políticas públicas relacionadas ao combate à pobreza e inserção produtiva das famílias maranhenses. O trabalho será feito com interlocução com o setor empresarial e a sociedade civil. E isto deve estar sendo cultivado pelos comunas maranhenses como algo positivo.

Nada mais contraditório do que delegar a um parlamentar da "social democracia", representante do modelo político-econômico nacional de arrocho salarial dos trabalhadores e olhar voltado para a satisfação da fome voraz de banqueiros e empresários do agronegócio, derrotado nas urnas no segundo turno das eleições presidenciais, a responsabilidade de "combate à pobreza" num dos Estados mais pobres do país. Cabe aqui lembrar que o PCdoB, mesmo aliado de Aécio Neves (PSDB) no Maranhão, apoiou aberta e ativamente a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

Ainda assim, do ponto de vista político local, Evangelista deverá se constituir numa "ameaça real" às intenções de reeleição do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC). Afinal, com uma Secretaria nas mãos, o tucano poderá arregimentar todo seu "staff" e "militância" para a ocupação dos cargos da pasta, ampliando através do "cabide de empregos" e da realização de contratos vultosos, garantidos pela máquina estadual, os capitais político e econômico necessários para chegar bem estruturado nas eleições municipais de 2016.

O ex-prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), de quem Neto foi vice na chapa "puro sangue" em 2012, derrotada justamente por Edivaldo apoiado por Flávio, agradece com um sorriso largo estampado na face.

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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Ibope e Datafolha apontam Dilma com 8 pontos de vantagem

Máxima do dia: Quem com Veja fere, com Ibope e Datafolha será ferido. :)

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São Luís está entre as capitais com maior investimento em Educação, segundo pesquisa

Pesquisa nacional aponta que São Luís ocupa a segunda posição na aplicação de recursos em Educação (Foto: prefeito Edivaldo Jr. e o secretário Geraldo Castro)

A cidade de São Luís registrou o maior investimento na área de Educação dos últimos 12 anos em 2013, segundo pesquisa nacional desenvolvida pelo portal Compara Brasil, em parceria com a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e a empresa Aequus Consultoria. O levantamento foi feito a partir dos dados enviados pelos municípios à Secretaria do Tesouro Nacional, corrigidos de acordo com a inflação.

A capital maranhense está entre as que mais cresceram percentualmente na aplicação de recursos no setor, ocupando o 2º lugar entre as capitais brasileiras.  De acordo com o portal Compara Brasil, o crescimento de investimentos em São Luís foi 31,55% superior em relação a 2012. Somente Boa Vista (RR) apresentou um percentual de investimentos maior: 39,8%.

Desde que o levantamento começou a ser realizado, em 2002, a "ilha do amor" não tinha apresentado um dado tão significativo. Os investimentos em Educação também são destaques em valores absolutos: São Luís está entre as três capitais mais bem colocadas. No ano passado, o incremento registrado em gastos educacionais foi de R$ 112,8 milhões em relação a 2012.

O acréscimo em valores absolutos deixa a capital maranhense atrás apenas de Rio de Janeiro e Curitiba, onde os valores correspondem, respectivamente, a um aumento de R$ 205,7 milhões e R$ 145 milhões. Para o secretário municipal de Educação, Geraldo Castro Sobrinho, os números refletem a atenção que o prefeito Edivaldo dá ao setor.

“Desde o início, a atual administração municipal tem garantido a atenção a setores importantes de nossa cidade. É uma gestão que tem sanado problemas e atendido a anseios antigos da população, valorizando os profissionais e atentando para a qualidade do serviço oferecido”, explicou o titular da Semed.

A posição alcançada por São Luís na pesquisa nacional se deve, principalmente, às ações empreendidas até agora: valorização dos profissionais da Educação através da homologação de progressões horizontais e verticais, cujos processos estavam parados; concessão de reajuste de 9,5% para todos os docentes em 2013; reforço da segurança nas escolas; ampliação da frota de ônibus que operam o transporte escolar; realização de processo seletivo simplificado, para a contratação de 650 novos docentes; dentre outras ações.

Ao longo deste ano, várias unidades de ensino estão passando pelo processo de requalificação estrutural, sendo beneficiadas as Unidades de Educação Básica (U.E.B.) Cidade Olímpica, Luís Rego (Vila Itamar), Monsenhor Frederico Chaves (São Francisco), Leonel Brizola (Vila Luizão), entre outras.

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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Maranhão lidera ranking nacional de acidentes fatais no trânsito


Por Hugo Freitas

Mais um índice negativo para a coleção de "tragédias sociais" que assombram estas paragens. O Maranhão é o Estado com o maior número de acidentes fatais envolvendo motos no Brasil.

O dado é resultado de levantamento elaborado pelo Grupo Segurador BB E MAPFRE, em parceria com o CESVI BRASIL (Centro de Experimentação e Segurança Viária). A pesquisa analisou 360 acidentes envolvendo motocicletas com vítimas fatais em todo o país. Os dados coletados são de agosto de 2012 a julho de 2013.

Com apenas 3,3% da frota nacional de motocicletas, o Maranhão é responsável por 9,7% dos registros de acidentes fatais. Em segundo lugar está Pernambuco, com 9,4% dos casos de colisões, seguido pela Bahia, que ocupa a terceira posição do ranking nacional, com 8,8%.

Ceará e Piauí respondem ambos por 6,4% das estatísticas, seguidos pela Paraíba com 2,8% dos acidentes com vítimas. O sétimo lugar ficou com Alagoas (2,5%), acompanhado por Sergipe (1,9%) e, por fim, o Rio Grande do Norte, com 1,1%.

Como se pode observar, o estudo mostrou que o Nordeste concentra 49% dos acidentes fatais ocorridos em todo o país, região que detém 26,3% da frota de motocicletas.

A pesquisa nacional revelou que a maior causa dos acidentes, 73% dos casos, é provocada por imprudência dos próprios motociclistas. Em segundo lugar, estão as colisões com automóveis (11%), seguido por caminhões (7%), e, na quarta posição, são batidas envolvendo animais nas estradas (6%). Problemas na via (buracos, falta de sinalização etc.) e problemas mecânicos (com o veículo) respondem pelas menores causas de acidentes, 1% cada.

Outra pesquisa, do DATASUS/DPRF, mostra que os acidentes de motos no Maranhão representam 60% somente em São Luís, capital e a maior cidade do Estado. Somente entre janeiro e agosto de 2013, foram registrados 664 acidentes envolvendo esse tipo de veículo.

Daí decorre um número também maior de vítimas internadas nos hospitais maranhenses. Nos meses de julho e agosto do ano passado, foram internados no Socorrão II, na capital, 166 pessoas vítimas de acidentes com motos. No Socorrão I, das 341 pessoas que fizeram algum tipo de cirurgia, um total de 277 se acidentaram em São Luís.

Não obstante, segundo estatística realizada pela Rede Sarah de Hospitais do Aparelho Locomotor, os pacientes vítimas de acidentes de trânsito caracterizaram-se por serem, em sua maioria, jovens e adultos, do sexo masculino (71,7%), solteiros (54,0%), com escolaridade até o ensino fundamental (49,3%) e residentes em área urbana (91,8%).

O assunto foi tema de audiência pública esta semana na Câmara de Vereadores de São Luís, tendo como resultado a elaboração de um Projeto de Lei para a criação do Comitê Municipal de Prevenção de Acidentes de Motos, cujo objetivo será minimizar os altos índices registrados em solo maranhense.

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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A diferença de postura de um deputado eleito

Wellington do Curso retorna às cidades para agradecer, pessoalmente, ao povo que o elegeu

Por Hugo Freitas

O professor Wellington do Curso, eleito deputado estadual no Maranhão pelo PPS, vem adotando uma postura diferente dos demais políticos tradicionais na forma de tratar o público que o agraciou com um mandato para a Assembleia Legislativa.

Eleito com 22.896 votos, Wellington tem viajado por todo o estado realizando palestras a alunos do Ensino Médio e, também, agradecendo a expressiva votação alcançada nas cidades que o escolheram como seu representante na "Casa do Povo".

“Estou refazendo as viagens de volta a todas as cidades que percorri durante a campanha. Foram três meses conhecendo e acompanhando de perto a realidade de cada maranhense. Volto agora não para cumprir agenda política, mas para AGRADECER ao carinho e aos votos conquistados nessas cidades”, declarou o eleito.

Professor e empresário de um dos mais renomados cursos preparatórios para vestibulares da capital maranhense, Wellington do Curso promete lutar na Assembleia pela intensificação de políticas públicas para melhorar a qualidade do ensino no Maranhão, um dos estados com os piores índices de analfabetismo do país.

Dentre as propostas, o docente pretende legislar em prol da valorização dos profissionais da educação com melhores salários, capacitação profissional continuada, melhores condições de trabalho e ampliar o acesso das crianças, jovens e adultos aos diversos níveis de ensino.

“Ser professor é promover o saber universal, especializar políticos, médicos, cientistas, técnicos, administradores, artistas, ou seja, todas as profissões. É apontar caminhos, mas deixar que o aluno caminhe com seus próprios pés. Afinal, são os educadores que constroem o futuro”, disse o eleito em um evento que homenageou o Dia dos Professores, no Maranhão.

A postura adotada por Wellington de agradecimento pela vitória alcançada nas urnas o torna diferente de muitos parlamentares (re)eleitos que, após o resultado do pleito, tradicionalmente buscam refúgio em outros estados, até mesmo em outros países, alegando "cansaço" ou mesmo "necessidade de férias" por conta da jornada eleitoral.

Trocando em miúdos, enquanto muitos direcionam as sobras pecuniárias de campanha para passeios e viagens internacionais, evitando assim o contato com seus eleitores, que só terão a oportunidade de revê-los pela televisão ou na próxima eleição, Wellington do Curso faz o sentido inverso: vai aonde o povo está, para agradecer e celebrar.

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terça-feira, 21 de outubro de 2014

DILMA E AÉCIO: "Duas Políticas para a Universidade Pública"


Prezado leitor, em virtude da proximidade do segundo turno do pleito presidencial, domingo (26), e do último debate eleitoral entre os candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), que será realizado na próxima sexta-feira (26), na TV Globo, apresento-lhe um interessante e instigante texto, intitulado "Duas políticas para a universidade pública", produzido por um professor de uma universidade federal que vivenciou, in loco, os governos FHC e Lula no tocante às políticas públicas voltadas para o ensino superior no Brasil.

Vale a pena ler e refletir sobre o seu teor, sem deixar de descurar sobre o local de fala do autor.

Boa leitura e bom voto!

Duas políticas para a universidade pública

Por Wolfgang Leo Maar
Professor de Filosofia Política da Universidade Federal de São Carlos

Com FHC, a educação deixou de ser um fim estruturante para se tornar subordinada à política econômica e à sua lógica. O governo do PT, entre outras coisas, recuperou salários, aumentou o quadro de pessoal, criou mais de 70 mil bolsas de graduação para estudantes no exterior, 850 mil bolsas de graduação pelo Prouni, fez o Reuni, e a produção científica nas federais quadruplicou em relação a 2002

O importante é desconfiar sempre e nunca perder de vista a realidade concreta particular, como sempre insistia o autor de "O Capital". 

A manipulação pela grande imprensa procura fixar opiniões gerais nos leitores, ouvintes e espectadores, sem qualquer comprovação ou base concreta específica. Por isso ocorre o contraste verificado nas opiniões, tão logo se questiona uma situação concreta e determinada. O exemplo clássico é o já muito citado caso do contraste entre respostas a questões do tipo “Como vai o País?” e “Como vai a sua vida?”.

Muito já foi divulgado acerca da diferença entre as políticas para o ensino superior do governo tucano e do governo petista. Este mesmo espaço do Brasil Debate já ofereceu excelentes contribuições, mostrando os inegáveis avanços nos últimos 12 anos.

Aproveito para acrescentar minha experiência pessoal concreta e específica neste caso.

Durante um período do governo do PSDB e durante um bom tempo do governo do PT, fui membro do Conselho Universitário da Universidade Federal de São Carlos. Pude assim acompanhar de perto a situação da instituição.

O governo tucano foi marcado por oito anos no Ministério da Educação pela figura de Paulo Renato Souza (professor da Unicamp) de triste memória. Ele se dedicou a seguir à risca o nefasto receituário da reforma universitária pautada pelo Banco Mundial a partir de Washington: estímulo à privatização do ensino superior e abandono do sistema público.

Com FHC, a educação deixou de ser um fim estruturante: a política educacional foi inteiramente subordinada à política econômica e à sua lógica.

O resultado foi uma universidade de joelhos, como não ocorreu sequer na ditadura. Expansão zero do sistema federal de ensino superior. Houve arrocho salarial (muitos anos de reajuste zero: entre 1995 e 2002 houve uma perda de valor real de 38% nos salários) e o congelamento do valor das bolsas de estudo.

Ocorreu a contenção no quadro de docentes e servidores (praticamente nenhum contrato novo e nenhuma substituição de aposentados) com a criação do precário quadro do “professor substituto”, uma espécie de “horista” federal.

Prevaleceu o tratamento a pão e água no custeio e no investimento das instituições (no final do ano, o Conselho Universitário suava para conseguir contemplar as contas atrasadas de luz, água e telefone). Recursos para aquisição de livros? Bolsas para alunos? Alojamento estudantil? Equipamentos de laboratório?

A política de desenvolvimento dependente e subordinada seguida nos anos FHC (professor da USP) colocou em segundo plano a pesquisa no País: o que era importante viria de fora, dizia-se.

As universidades federais deveriam parar de se dedicar à investigação científica, com poucas exceções. Isso demonstra como é uma farsa a pretensa política tucana de seguir padrões de competência e mérito! E o ensino? Bem, conforme disse FHC, só “vira professor o coitado que não consegue fazer pesquisa”…

Obviamente, tal penúria não combinava com diálogo com as universidades. Exigia-se mão de ferro. Um reitor da época relatou o único encontro que o ministro teve com os dirigentes federais, logo no início de sua gestão: mandou retirar todas as cadeiras de uma sala de reuniões com exceção da sua própria, obrigando os reitores a ouvirem de pé seu longo discurso, após o que se retirou de imediato e deixou um auxiliar para responder eventuais perguntas.

Para completar sua política contra as universidades federais, nos últimos meses do governo o ministro apressou-se em facilitar a abertura à privatização da educação: liberou a criação de 149 instituições e 821 cursos de ensino superior privado.

Foi o maior crescimento sem qualquer critério de mérito (novamente a farsa do discurso tucano da competência!) de faculdades e universidades com fins lucrativos já registrado em nossa história, fortalecendo de modo inédito o lobby das mesmas.

Que diferença com o governo de um operário sem formação acadêmica, que logo ao assumir convocou todos os reitores das instituições federais a Brasília para um contato direto e cordial…

Durante o governo do PT, houve uma importante mudança na relação com a comunidade universitária, que se envolveu diretamente na expansão do sistema. Houve uma recuperação salarial para docentes e servidores, bem como o aumento significativo do quadro de pessoal: de menos de 50 mil em 2002 passaram a mais de 75 mil em 2013. Hoje os salários recuperaram o nível real de 1995, embora ainda muito aquém do necessário.

Ainda não é uma maravilha, mas houve uma grande expansão com o programa Reuni, com 18 novas universidades, das quais 4 no governo Dilma (contra zero no governo FHC).

Junto com grande expansão nas instituições já existentes, mais do que dobrou o número de matrículas: hoje são 325 mil vagas, e 1140 mil alunos matriculados na rede federal de ensino superior.

O orçamento da educação passou dos cerca de 4% que foi durante o governo tucano até 2002, para 6,2% em 2013. O Enem é usado no lugar dos vestibulares e se generalizou uma política de cotas raciais e para os provenientes do ensino público.

O valor das bolsas da Capes e do CNPq, antes congelado, aumentou 67%. Criaram-se 71.400 bolsas de graduação para estudantes no exterior e houve 850 mil bolsas integrais de graduação pelo Prouni. A produção científica nas universidades federais quadruplicou em relação a 2002, atingindo 24.400 publicações em revistas internacionais em 2013 (as estaduais paulistas, referência nesse caso, aumentaram cerca de 2,5 vezes no período).

Agora existem as condições dinâmicas para um crescente desenvolvimento das universidades com competência e justiça social, totalmente ausentes no período tucano.

Quem foi, é ou pretende ser da comunidade acadêmica e vota em Aécio, bom sujeito não é: ou é ruim da cabeça, ou tem má-fé…

PS: Texto publicado originalmente no dia 19.10.2014 e "pescado" do site Brasil Debate

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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Os Artistas e as Eleições Presidenciais no Brasil

Dilma conta com o apoio de "peso" de Chico Buarque para conquistar o voto do eleitorado tucano

Por Hugo Freitas

Depois de ser "provocado" por amig@s a escrever sobre a presença de artistas nas eleições presidenciais deste ano, uma vez que também exerço, nas horas vagas, o "ofício" de cantor e compositor, e levando em consideração o grau de repercussão que vem tendo a presença de Chico Buarque na campanha televisiva de Dilma Rousseff (PT), decidi escrever este artigo muito mais por desencargo de consciência do que pela "pressão" das pessoas mais próximas a mim.

Creio ser interessante analisar a presença do "mestre" Chico Buarque na propaganda eleitoral de Dilma sob o ponto de vista do que está em jogo. Não é, como dizem muitos amigos jornalistas e assessores, "uma perda de tempo e de dinheiro" da candidata à reeleição, já que se especula que "os Buarque" tenham sido favorecidos financeiramente pela petista via Lei Rouanet, de incentivo à Cultura.

Ressalvada tal possibilidade, a presença de Chico na campanha de Dilma trata-se de uma bem arquitetada estratégia de "contra-ofensiva" à campanha do tucano Aécio Neves (PSDB).

Ao focar na imagem de Chico Buarque, Dilma e o PT não miram na "massa pobre" da população, como muitos afirmam, mas sim no inverso: visam atingir a "classe média alta" e "classe alta" que, geralmente e em tese, "tendem" a votar nos candidatos da "direita", levando-se em consideração as eleições pós-ditadura militar realizadas até aqui, cuja polarização deu-se, como agora, entre PT e PSDB.

Afinal, o público que consome Chico Buarque no Brasil não faz parte do "povão". Vale dizer que Chico não é um artista massificado, como as duplas sertanejas, mas muito mais "elitizado", enquanto produto cultural que certifica a distinção social para os ocupantes das classes A e B, principalmente.

Como é sabido, a maior parte da população que integra as classes de renda mais baixa (E e D) é a mesma que vota em Dilma tanto pelos programas sociais quanto pela identificação ideológica midiática com um "governo que pensa nos pobres". Nesse sentido, Chico Buarque na propaganda de Dilma não é para o convencimento deste público, mas sim para as "elites" e "aristocratas", que tendem a votar em Aécio.

Já Aécio aposta na "popularidade" de artistas massificados para tentar conquistar o eleitorado que teoricamente vota em Dilma

Por seu turno, o tucano mineiro investiu pesado na contratação de artistas renomados e de alcance popular maior que Buarque, como Zezé di Camargo e sua filha, Wanessa Camargo, Chitãozinho & Xororó, Leonardo, entre muitos outros. Fico nos exemplos dos artistas sertanejos - para não citar os "globais", sabidamente pró-tucanos de longa data - por serem eles os responsáveis por movimentar o maior mercado da indústria cultural e fonográfica no Brasil, cujas cifras giram em torno de BILHÕES de reais.

Ou seja, ao mesmo tempo em que Dilma busca conquistar o voto do eleitorado "elitista" de Aécio, o tucano age para trazer para si os votos das classes "populares" que votam na reeleição da presidente. Cada um, a seu modo, tecendo estratégias que buscam desequilibrar a balança que aponta empate técnico entre os presidenciáveis neste segundo turno.

Quem sairá melhor nessa peleja? Só as urnas poderão dizer. O que se pode adiantar é que tanto o "elitismo" do público de Buarque quanto a "popularidade" dos sertanejos são alvo de disputas por aqueles que apostam na conquista do voto supostamente "do outro" para pender a balança eleitoral para si, haja vista que o grande número de abstenções confirmadas no primeiro turno (mais de 20% dos eleitores aptos não votaram) poderá se consolidar novamente nesta segunda visita obrigatória às urnas em todo o país. Conquistar estes indecisos, e de quebra conquistar votos do adversário, é a fórmula perseguida!

Resta saber se os respectivos públicos dos artistas supracitados, "elitistas e populares", traduzirão em votos os investimentos realizados pelos candidatos e seus partidos, que demonstram acreditar que gostar e acompanhar o trabalho de um artista é também dizer "amém" para suas preferências políticas altamente interesseiras.

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sábado, 18 de outubro de 2014

Professores de São Luís conquistam a tão desejada aposentadoria

A conquista de agora estava na pauta de reivindicações da última greve da categoria

Cerca de 126 docentes da rede municipal de ensino conquistaram a tão desejada aposentadoria. O decreto que regulamenta a ação foi assinado essa semana pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior, como parte das ações da atual gestão em prol da valorização dos servidores e integrando as homenagens por ocasião do Dia do Professor.

“Por meio desta ação, cumprimos mais um compromisso com os nossos servidores e com a população de nossa cidade em geral: o de instituir e manter a celeridade nos processos administrativos, finalizando pendências e garantindo, neste caso, os direitos dos nossos professores e professoras”, disse Edivaldo.

As aposentadorias oficializadas pela Prefeitura eram uma das principais reivindicações dos professores, constando inclusive na pauta da última greve da categoria, e são a primeira parte de um conjunto de cerca de 400 processos que deverão ser homologados nas próximas semanas.

O secretário municipal de Educação, Geraldo Castro Sobrinho, lembrou que a ação é fruto do trabalho conjunto das pastas de Educação (Semed), Administração (Semad), Governo (Semgov), Instituto de Previdência e Assistência do Município (Ipam) e Procuradoria Geral do Município (PGM), que promoveram a avaliação e revisão de todos os processos.

“Foi um esforço conjunto, dentro da perspectiva defendida pelo prefeito Edivaldo de valorizar os servidores públicos. Agradeço imensamente o esforço em prol dos colegas professores”, disse Castro.

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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O Fisiologismo Político no Maranhão

PT recebe apoio do PCdoB, que é aliado estadual do PSB, PPS e PSDB, que divergem do PT na esfera nacional

Por Hugo Freitas

Lideranças políticas da "Coligação Todos pelo Maranhão", que elegeu Flávio Dino (PCdoB) governador do estado no último dia 5 de outubro, realizaram ato político em apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) no Maranhão.

Na tarde desta sexta-feira (17), membros do PDT, PP, PROS, PCdoB e de uma ala do PT/MA estiveram ao lado do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), dos senadores Inácio Arruda (PCdoB) e Vanessa Grazziotin (PCdoB) e do ministro de Articulação Política, Ricardo Berzoini (PT), percorrendo a principal rua do comércio de São Luís, a Rua Grande, em apoio à candidatura de Dilma.

As lideranças nacionais falaram sobre a expressiva votação conquistada por Dilma no Estado e lembraram que o esforço agora é para ampliar o favoritismo. "O desafio é tornar o Maranhão o Estado que vai dar a maior votação a Dilma Rousseff", disse o senador comunista Inácio Arruda.

O presidente estadual do PCdoB, Márcio Jerry, também reafirmou que o momento é de trabalhar com força total em prol da candidatura de Dilma. "Toda a nossa militância está mobilizada e empenhada na reeleição da presidenta".

Diante disso, por um lado, PT e PCdoB estão cada vez mais unidos no Maranhão em prol da reeleição de Dilma. Por outro, PSB, PPS e PSDB, que também integram a Coligação que saiu vitoriosa das urnas, decidiram apoiar a candidatura de Aécio Neves (PSDB) no estado, "dividindo" assim, pelo menos por enquanto, os "unidos pelo Maranhão".

Vale lembrar que o vice de Flávio é Carlos Brandão, presidente estadual dos tucanos maranhenses, um dos líderes que estão comandando as ações pró-Aécio no estado, juntamente com o senador eleito Roberto Rocha (PSB) e a deputada federal eleita Eliziane Gama (PPS) (CONFIRA AQUI).

A lógica explicativa didática é a seguinte: PT recebe apoio do PCdoB, que é aliado estadual do PPS, do PSB e do PSDB, que divergem do PT na esfera nacional.

Trocando em miúdos, a "sopa de letrinhas" formada no Maranhão por conta da disputa presidencial é um caso típico de fisiologismo político, uma vez que os partidos coligados na esfera estadual são os mesmos que contradizem a polarização nacional. Tudo em nome do poder!

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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Equipe de Transição de Flávio Dino requisita informações ao Governo de Roseana Sarney

Marcelo Tavares e Márcio Jerry encabeçam a equipe que irá conduzir o processo de transição de governo no Maranhão

O governador eleito Flávio Dino (PCdoB) enviou nesta terça (14) ofício endereçado à governadora Roseana Sarney (PMDB), oficializando os nomes que farão parte de sua equipe de transição.

Ao lado de Marcelo Tavares (PSB) e Márcio Jerry (PCdoB), que haviam sido anunciados pelas redes sociais como secretários do novo Governo, atuarão os advogados Carlos Eduardo Lula e Rodrigo Lago e a jornalista Aline Louise.

À medida que os nomes indicados para as secretarias do novo Governo forem anunciados, estes também auxiliarão na transição nas respectivas pastas.

No primeiro ato, a Equipe de Transição visitou o Palácio dos Leões (sede do Governo do Estado) e conversou com a coordenadora designada por Roseana para conduzir a transição por parte do Governo que finda em 31 de dezembro deste ano.

A equipe de Flávio entregou em mãos à atual chefe da Casa Civil, Anna Graziella, o pedido formal de informações que ajudarão o próximo governo a planejar as suas ações logo nos primeiros dias.

Ao final da visita, Marcelo Tavares declarou que outras reuniões devem acontecer para adquirir as informações requisitadas ao Governo do Estado, entre elas o andamento do Programa Viva Maranhão, cujo financiamento é feito pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Entre os principais pedidos do primeiro ofício da equipe de transição de Flávio Dino estão:
  • Informações orçamentárias de 2013 e 2014;
  • Tamanho da folha de pagamento do Estado;
  • Relatório da Lei de Responsabilidade Fiscal de 2014;
  • Demonstrativo das obras em andamento;
  • Dívida Pública do Estado;
  • Resumo dos principais programas executados por cada Secretaria;
  • Relatório com informações detalhadas sobre hospitais em funcionamento, não entregues ou não concluídos.

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15 DE OUTUBRO: DIA DO PROFESSOR


Comemorar o dia do professor não é comemorar uma data qualquer. É, sobretudo, comemorar uma profissão regularizada por lei, mas que ultrapassa em muito o conceito de profissão como uma função que tem começo, meio e fim. Essa visão, ainda oriunda de um positivismo clássico, pautado nas ideias de capital/trabalho/; função/horário; profissão/pagamento, nunca foi aceita plenamente por aqueles que optaram por exercer o magistério sem essas designações reducionistas.

Para as demais correntes de pensamento, ser professor é muito mais do que ministrar aulas, orientar pesquisas, organizar atividades curriculares. Ser professor não é ser escravo do trabalho; ganhar pouco; não ser respeitado em seus direitos; e não ter outras opções de vida. Ser professor é uma opção de vida; é ter compromisso com a felicidade individual e coletiva; é estar pronto para ouvir quando necessário; para falar quando preciso; é ter compromisso com a verdade do que diz; com a credibilidade do que faz; com a confiabilidade do que propõe; com a ética que legitima a atividade de todos os dias.

Isto significa que esta profissão, tal como outras que são consideradas de interesse do Estado, é uma carreira de interesse público que possui, portanto, deveres e direitos que devem ser respeitados como parte da natureza da atividade. Dentre os direitos, cabe destacar, hoje, a exclusividade que a atividade exige que alguns chamam de sacerdócio e que o professor chama de trabalho (dar aulas; orientar alunos; elaborar e desenvolver projetos; organizar as avaliações e estruturar os conteúdos com os quais trabalha). Outro direito, é a formação continuada que é uma exigência contemporânea que remete, por sua vez, às necessidades propostas, cada vez mais, pela discussão de temas diversos importantes para os atores sociais.

Outro direito e, talvez, o mais importante, é a recompensa monetária que o compromisso assumido exige. Exclusividade solicita um retorno financeiro, capaz de garantir a sobrevivência digna da profissão com tudo o que isso pressupõe: aquisição de equipamentos; compra de livros e outros materiais didáticos; formação ampla e universal; troca de experiência. Se isto não ocorrer, todo o processo de formação da Sociedade Civil fica comprometido e o ensino/aprendizagem perde a qualidade.

E, quanto aos deveres? Ser professor é ser responsável por suas atividades, por seus alunos, por suas necessidades de atualização constante, pela pontualidade com que deve atender aos seus compromissos, pela honestidade em cumprir o que a profissão pede. Isto significa dizer que a profissão de professor é, antes de tudo, uma profissão, cujos princípios éticos e morais norteiam a natureza da função no começo, no meio e no fim.

Ser professor é ser amável e rigoroso ao mesmo tempo; é ser respeitado e respeitar o outro em todas as condições; é cumprir as regras propostas pela instituição à qual está ligada mas é, sobretudo, ser uma pessoa com capacidade de autocrítica permanente; humilde para aprender sempre e pronto para responder aos mais exigentes anseios sociais, políticos e culturais.

A poetisa e contista brasileira, Cora Coralina, afirma que "feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina". Que Deus abençoe, ilumine e proteja todos os professores do Brasil para que não percam o entusiasmo e continuem a sua missão transformadora de uma sociedade mais consciente e justa.

Fonte: Universidade Federal do Maranhão (com edição)

A tod@s @s colegas de profissão e amig@s de jornada, PARABÉNS PROFESSOR@!!!

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terça-feira, 14 de outubro de 2014

Maurício de Sousa, criador da "Turma da Mônica", estará na 8a. Feira do Livro de São Luís

Evento literário ocorrerá no bairro do Desterro, de 31 de outubro a 9 de novembro

A Prefeitura de São Luís anuncia nesta quarta-feira (15) a programação oficial da maior festa literária do Maranhão, a 8ª Feira do Livro de São Luís (FeliS), que este ano vem com o tema “Literatura Infantil: aqui começa a magia da leitura”.

O anúncio será feito pela coordenação geral da FeliS, às 10h, no auditório Reis Perdigão, no Palácio de La Ravardière.

As atividades da 8ª FeliS têm início no dia 31 de outubro, às 19h, no bairro do Desterro, e a programação prosseguirá até o dia 9 de novembro.

A expectativa dos realizadores é atrair mais de 200 mil pessoas durante dez dias de programação que envolverá mais de 100 participantes em seis espaços principais: Fundação da Memória Republicana Brasileira (Convento das Mercês), Auditório da Faculdade de Arquitetura da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Largo da Igreja do Desterro, praça lateral do Museu do Audiovisual do Maranhão (Mavam), Escola de Música do Bom Menino e Aliança Francesa, com atividades das 9h às 22h.

Os principais espaços da Fundação da Memória Republicana Brasileira (Convento das Mercês) abrigarão as atividades centrais da Feira, como palestras com os escritores convidados, bate-papo entre escritores, estandes de comercialização para os livreiros, espaço para patrono e homenageados, espaços de mediação de leitura, oficinas e contação de histórias, e os recitais de poesia.

No Largo da Igreja do Desterro ocorrerão rodas de conversa, oficinas, atividades teatrais, leitura de cordel e palestras da programação do Espaço da Juventude. A programação de cinema ocupará a Praça do Mavam. Na Faculdade de Arquitetura da UEMA serão realizadas as oficinas e palestras que integram as atividades da Casa do Professor, dentro da programação da Feira.

Na edição deste ano da FeliS, os homenageados Wilson Marques, Mundinha Araújo, Ubiratan Teixeira e Odylo Costa Filho – estes dois últimos em memória – terão espaços na Feira, que abrigarão exposições permanentes sobre a vida e obra de cada um.

Maurício de Sousa está entre os convidados da Feira e ministrará uma palestra sobre o universo dos quadrinhos

ESCRITORES CONVIDADOS

Entre as novidades deste ano, está a participação dos escritores Maurício de Sousa (criador da "Turma da Mônica"), que falará sobre o mundo mágico dos quadrinhos, no dia 1º de novembro, às 16h, na Fundação da Memória Republicana (Convento das Mercês).

A literatura infantil também será abordada por outros escritores convidados, como Marina Colasanti, Pedro Bandeira, Sidney Gusman, Ninfa Parreiras, Luciano Pontes e Alexandre Azevedo.

Além deles, a Feira contará com a presença do biógrafo Paulo César de Araújo, do teólogo Frei Betto, do ator e poeta Gero Camilo, do poeta Pedro Tierra, dos escritores Luis Antonio Giron, Alexandre Azevedo, Marcelino Freire, Jotabê Medeiros, Otávio Rodrigues, Cadão Volpato, Paula Pimenta, Luiz Gutemberg, Cecília Costa e do escritor internacional Jean-Paul Delfino.

8ª FELIS

A Feira do Livro de São Luís é realizada pela Prefeitura de São Luís, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Func) e da Secretaria Municipal de Educação (Semed), correalizada pelo Serviço Social do Comércio (Sesc/MA), com o patrocínio da Vale e o apoio do Governo do Estado do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), da Associação dos Livreiros do Estado do Maranhão (Alem) e da Fundação da Memória Republicana.

A programação completa do evento estará disponível no endereço eletrônico: www.saoluis.ma.gov.br.

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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Flávio Dino e a Inovação Estética na Apresentação de seu Secretariado

Governador eleito utilizou as redes sociais para começar a apresentar seu secretariado

Por Hugo Freitas

O governador eleito Flávio Dino (PCdoB) já dá claras demonstrações de que irá assumir a cadeira-mor do Palácio dos Leões com todo gás.

Uma semana após vencer o pleito, em 1o. turno, Flávio anunciou dois nomes de proa que irão auxiliar seu governo a partir de 1o. de janeiro de 2015. São eles Marcelo Tavares (PSB), que vai para a Casa Civil, e Márcio Jerry (PCdoB), que assume a Secretaria de Articulação Política e Assuntos Federativos.

Na manhã desta segunda-feira (13), foram anunciados também os nomes de Rodrigo Maia para chefiar a Procuradoria Geral do Estado e de Ted Lago para ser o novo presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), pondo fim a uma série de boatos e especulações surgidas após a divulgação de uma falsa lista onde constava, supostamente, boa parte dos integrantes do novo governo.

O interessante nessas apresentações, contudo, é que Flávio Dino recorreu às redes sociais para fazê-las. Três dos quatro nomes divulgados até agora foram feitos pelos perfis oficiais do governador eleito nas redes sociais. Tavares e Jerry foram anunciados pelo Facebook e Ted Lago, pelo Twitter.

Como tal formato nunca tinha sido visto por estas maranhas em se tratando de chefes do Executivo, mesmo agora em tempos de expansão das redes sociais, que viraram coqueluche no mundo inteiro a partir de 2008, e de lá para cá contam-se dois prefeitos de São Luís e uma governadora do Estado eleitos que não se utilizaram de tal expediente (perfis pessoais, mas sim, institucionais), isso confere uma dimensão simbólica que gera uma gama de expectativas em relação ao novo governo do Maranhão, não só no sentido das mudanças de gestão prometidas durante a campanha eleitoral, mas fundamentalmente no trato com a coisa pública e na lide diária com a população.

Afinal, um governador que se utiliza das redes sociais para anunciar seu staff administrativo "tende" a ficar mais próximo de seus governados, quer seja de forma direta (ele mesmo postando e respondendo aos comentários dos internautas) ou indireta (através de assessores), ressalvado o fato óbvio de que o contato via internet não é palpável, o que não implica dizer que seja menos sensível ou infrutífero.

Ou seja, ao se "expor" na internet, Flávio pessoalmente estará exposto também a elogios e a críticas. E em se tratando de redes sociais, elas (as críticas) costumam vir carregadas de "raiva". Mas, ao mesmo tempo, o novo governador terá acesso imediato às demandas da população, o que poderá ser filtrado com uma boa equipe de assessores.

Informações dão conta de que é o próprio Flávio quem utiliza seu perfil no twitter. Se isso, amanhã, poderá ser lido como uma ação "neopopulista" de Dino para governar, só o tempo poderá dizer. O certo é que, hoje, antes mesmo de assumir o comando administrativo do Maranhão, Flávio Dino demonstra que muita coisa, de fato, irá mudar. Se não completamente no conteúdo, minimamente em seu formato estético.

Inovação estética, aliás, geralmente precede renovação ou mesmo mudança de conteúdo. Se o objetivo é colocar em prática o "discurso da mudança", os primeiros passos estão sendo dados em direção a isso.

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