Por
Hugo Freitas
O
Partido Democrático Trabalhista (PDT/MA) tenta se "reerguer" e ocupar o lugar de
protagonismo que um dia foi seu no cenário político maranhense depois do "golpe" que sofreu pelos comunistas, que cederam a vaga de vice na chapa de Flávio Dino (PCdoB) aos tucanos, descumprindo o acordo firmado com os pedetistas.
O
partido de Brizola governou a capital São Luís, a maior cidade
do estado, por diversas oportunidades, e de 2007 a 2009 governou o Maranhão com Jackson Lago (falecido em abril de 2011).
Além dessas experiências político-administrativas, o PDT conta com a maior militância partidária do estado. Com isso, o partido tinha tudo para ser novamente
protagonista nas eleições de 2014, com a expectativa de que o acordo celebrado
em 2012 fosse cumprido em 2014 e a vaga de vice-governador na chapa de Flávio Dino fosse confirmada aos pedetistas.
Mas eis
que chega o PSDB de João Castelo e Carlos Brandão, lhe afanam a vaga de vice
"aos quarenta e cinco do segundo tempo" e o partido tem de engolir
uma situação humilhante e vexatória: ser colocado como coadjuvante no
"consórcio da oposição dinista".
Logo o
PDT, o único partido que conseguiu a "proeza" de ter um candidato
vitorioso sobre a famigerada "oligarquia Sarney", nas eleições de
2006.
Hilton Gonçalo (PDT) aguarda a decisão de Carlos Lupi para ser confirmado como pré-candidato ao governo do estado
Agora,
a decisão sobre os rumos da sigla trabalhista no Maranhão cabe única e exclusivamente ao
presidente nacional do partido, Carlos Lupi, que já sinalizou posição favorável
à candidatura de Hilton Gonçalo ao governo do estado (confira aqui).
Uma vez que Flávio Dino não cumpriu o acordo firmado com o PDT em relação à vaga de vice, os pedetistas deveriam se sentir livres de qualquer obrigação para com os comunistas, tal como fez o prefeito tucano de Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB), que se aliou à candidatura dinista depois da saída de cena do governista Luís Fernando.
Mas há
quem diga que o partido da rosa vermelha irá se rebaixar novamente e aceitar uma nova condição
imposta pelos comunistas, que é de ficar com uma das vagas de suplência para o
Senado.
Muito
pouco para uma legenda da envergadura política do PDT, que nem de longe lembra
em 2014 os "tempos áureos" em que seu histórico de lutas junto aos
movimentos sociais maranhenses lhe conferiam prestígio e poder de decisão e
influência sobre a classe política local.
Afinal,
onde foi parar o protagonismo político do PDT?
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