Por Hugo Freitas
Menos de 48 horas depois de anunciar
que irá disputar a Prefeitura de São Luís, durante o encontro regional do PSB
maranhense, realizado neste fim de semana na capital, o senador Roberto Rocha
partiu para o "ataque" contra o prefeito Edivaldo Holanda Júnior,
recém-integrado às fileiras do PDT local.
Em sua página no Facebook, o senador
socialista teceu duras críticas à gestão do prefeito Edivaldo. “São Luis não é
apenas a maior cidade do Maranhão. Ao longo dos anos ela vem sendo administrada
como uma cidade pequena, com a mesma lógica com que são governados os menores
municípios. Isso tem que mudar”, asseverou.
Roberto deve se constituir numa
verdadeira "rocha" no sapato de Edivaldo. Senão vejamos:
A decisão final de quem deverá sair (ou
não) candidato nas eleições do ano que vem é do Diretório Municipal do PSB de
São Luís, presidido por Roberto Rocha. A nível estadual, o comando da legenda
está nas mãos de Luciano Leitoa, prefeito de Timon.
Além disso, Roberto goza do status de
senador da República (2015-2022), mandato pelo qual ele deverá garantir o aval da Executiva
Nacional da legenda para o seu projeto municipal de 2016.
Afinal, é pouco provável que o comando nacional
do PSB deixe de apoiar a candidatura de um senador, presidente do partido na capital maranhense, para saciar o desejo, por exemplo, de Bira do Pindaré,
suposto postulante à sucessão em São Luís.
Bira é secretário de Ciência e
Tecnologia do governador Flávio Dino (PCdoB), padrinho político e principal
"cabo eleitoral" de Edivaldo. Portanto, uma eventual candidatura de
Pindaré seria menos para disputar, de fato, o comando de La Ravardière do que
para evitar a debandada dos socialistas da base aliada do prefeito
neopedetista, o que enfraqueceria suas pretensões de reeleição.
Vale frisar que, a nível nacional, o
PSB faz oposição ao governo petista de Dilma Rousseff, caminho este que deverá ser percorrido pela legenda para lançar nova candidatura à Presidência da
República, em 2018. Para tanto, deverá (re)construir suas bases eleitorais em todo
o país, principalmente nas capitais. E, nesse sentido, o senador da República levaria nova vantagem em relação ao secretário do governo comunista do Maranhão,
aliado de última hora da presidente Dilma.