José Chagas (*29 de outubro de 1924 +13 de maio de 2014)
Por Hugo Freitas
Faleceu na tarde desta terça-feira (13)
o escritor José Francisco das Chagas, o célebre José Chagas, vítima de
complicações decorrentes de um acidente vascular cerebral (AVC) e de infarto.
Ele estava internado no Hospital UDI, em São Luís, desde o dia 23 de abril.
O corpo de José Chagas foi velado na
sede da Academia Maranhense de Letras (AML), entidade que integra desde 1975,
ocupando a cadeira n.28. Seu enterro se deu às 16h de hoje (14), no Cemitério
Jardim da Paz, na Estrada de Ribamar.
Emoção no velório de José Chagas
Vários literatos, artistas, professores e
intelectuais maranhenses foram dar o último adeus a José Chagas na AML,
inclusive o titular deste blog, que lia durante a juventude as maravilhosas e
muito bem "sacadas" crônicas e poesias deste que, sem dúvida, é um
dos grandes ícones do cenário literário do Maranhão.
Na manhã desta quarta-feira (14),
professores do Curso Wellington, inclusive o proprietário da empresa de ensino,
Carlos Wellington, estiveram presentes no velório de Chagas prestando
condolências aos familiares do poeta e reverenciando uma vez mais um dos
últimos grandes escritores maranhenses.
Vida e Obra de José Chagas
Nascido em Piancó (PB), em 29 de
outubro de 1924, José Francisco das Chagas mudou-se para o Maranhão há mais de
50 anos, residindo durante toda sua juventude no município Pedreiras e, depois,
vindo a morar em São Luís, cidade que escolheu como "eterna morada".
Sua preocupação social lhe rendeu a
representação popular como vereador em São Luís e significativa contribuição no
ofício de jornalista. Chagas era um dos principais cronistas dos jornais
impressos do estado.
Eleito para a Academia Maranhense de
Letras (AML) em 1975, onde ocupa desde então a cadeira n. 28, José Chagas deixa
um importante legado de mais vinte publicações para a literatura brasileira,
destacando-se "Maré/memória" (1973), "Lavoura azul" (1974),
"De lavra e de palavra" (2002) e "Os canhões do silêncio"
(2002).
Homenagens
Em 1994, a vida do escritor foi o enredo da
Escola Favela do Samba, que utilizou a obra "Os Canhões do Silêncio"
para desfilar no carnaval.
Mais recentemente, em dezembro do ano
passado, o poeta recebeu outra grande homenagem. Seus poemas foram musicados e
viraram canções interpretadas por grandes cantores maranhenses e nomes
importantes da MPB no disco 'A Palavra Acesa de José Chagas'. Entre eles,
destaca-se Zeca Baleiro, que chegou a gravar uma entrevista na casa de Chagas
sobre o lançamento do disco em São Luís.
Creio ter sido essa a última aparição
pública de José Chagas em vida. Em outubro, ele completaria 90 anos de idade.
Luto
O prefeito Edivaldo Holanda Júnior
emitiu nota de pesar pelo falecimento do poeta, solidarizando-se com a dor de
familiares e amigos.
Já a governadora Roseana Sarney, além de também ter lamentado a
morte de José Chagas, decretou luto oficial por três dias.
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