"Temos a maior militância do estado no campo da oposição. Não podemos nos desvalorizar dessa forma”, asseverou o pedetista
O pré-candidato ao governo pelo PDT,
Hilton Gonçalo, ainda não desistiu da possibilidade de colocar o seu partido em
um papel de protagonismo na eleição deste ano.
Defensor ferrenho da tese de
candidatura própria, o ex-prefeito de Santa Rita garante que os pedetistas não irão desistir assim tão fácil da possibilidade de lançar um nome
para a disputa do governo.
Hilton Gonçalo reafirmou que permaneceu
no partido por conta da promessa de que se a legenda não indicasse o nome da
vaga de vice-governador ele teria espaço garantido na disputa majoritária.
Agora, ele exige internamente o cumprimento desse acordo, o qual acredita que será cumprido.
“Eu não trabalho com a hipótese de descumprimento do acordo. A gente tem algumas reuniões ainda. Esse anúncio do PSDB como componente da chapa é recente. Estamos em período de negociações. Quero apenas o cumprimento do que foi acordado. Eu quero lançar minha pré-candidatura ao governo”, ressaltou.
Para Hilton, a exclusão do PDT do "chapão oposicionista" por Flávio Dino, que deu a vaga de vice para o deputado federal Carlos Brandão (PSDB), serve como um sinal para que a legenda trabalhista volte a "mostrar sua força" no cenário político maranhense.
“Já é evidente que Flávio Dino rompeu o
acordo firmado com o partido ainda em 2012. Agora é a hora do PDT mostrar sua
força. Temos a maior militância do estado no campo da oposição. Não podemos nos
desvalorizar dessa forma”, argumentou.
O pedetista diz que a legenda possui
bons nomes para a disputa e que, inclusive, a proposição partiu da própria
direção nacional, uma vez que o presidente da legenda trabalhista, Carlos Lupi,
fez parte da rodada de negociações em torno do acordo.
“A gente reivindica que o partido tenha
candidatura, inclusive outros nomes do partido também já entraram em pauta, que
têm condições de disputar, mas hoje eu sou o que melhor pontua nas pesquisas
internas. O próprio presidente nacional, Carlos Lupi, reforçou as negociações”,
lembrou o pedetista.
Mesmo levando em consideração o desejo
de ser o pré-candidato ao governo pelo PDT, Gonçalo reafirma que essa decisão
está a cargo da direção nacional do partido.
“A gente já conversou com Carlos
Lupi e ele disse com essas palavras: ‘Tudo que foi acordado deve ser cumprido’.
Mas temos a resolução do partido que diz que quem decide é a nacional, por isso
aguardamos qual será a direção nacional”, disse.
A respeito da eleição proporcional,
Hilton Gonçalo acredita que será prejudicial para a legenda, caso permaneçam no
consórcio da "oposição dinista".
“O PDT hoje tem apenas dois deputados
estaduais e um federal. Eu acredito que se a gente for para o ‘chapão’ a gente
vai sair bastante diminuído no processo eleitoral”, afirmou.
A viabilidade
Apesar da competitividade acirrada
entre os dois principais pré-candidatos ao governo do estado, o pedetista
acredita que há possibilidades e viabilidade para a propositura de uma
candidatura alternativa.
Essa teoria de Gonçalo é oriunda,
principalmente, de sondagens feitas por ele que demonstram um grande espaço
ainda a ser trabalhado.
“A gente tem dados, pesquisas que demonstram que existe
espaço para uma via intermediária. Cerca de 20 a 30% da população está querendo
anular o voto. E quase 70% da população está indecisa ainda. Quando chegar um
candidato diferente dos propostos, ele é capaz de captar esses votos”, defende
Hilton.
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