quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Deputado do PCdoB que proferiu discurso racista e homofóbico contra indígenas estava representando o governador Flávio Dino

"Finalizando a reunião, o deputado estadual Fernando Furtado, (PC do B), que representou o governador Flávio Dino no evento, afirmou estar ao lado dos produtores rurais", diz reportagem da FAEMA sobre a Audiência Pública em que o parlamentar comunista chamou indígenas de "bando de veadinhos"

Uma notícia veiculada no site da Federação da Agricultura do Estado do Maranhão (FAEMA) pode complicar ainda mais a situação do deputado Fernando Furtado (PCdoB), e, por conseguinte, do Governo do Maranhão.

Furtado proferiu violento ataque racista e homofóbico contra indígenas numa Audiência Pública que discutia justamente a demarcação de terras indígenas no Maranhão e seus efeitos, junto com produtores rurais, em julho deste ano, no município de São João do Caru. Na ocasião, segundo a FAEMA, o deputado comunista estava representando o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

Na oportunidade, Fernando Furtado disparou: “Lá em Brasília o Arnaldo viu os índios tudo de camisetinha , tudo arrumadinho, com flechinha, tudo um bando de veadinho. Tinha uns três lá que eram veado que eu tenho certeza, veado. Eu não sabia que tinha índio veado, fui saber naquele dia em Brasília, tudo veado. Então é desse jeito que tá, índio já consegue ser veado, boiola, e não consegue trabalhar e produzir? negativo!”.

Vale registrar aqui que o CRIME DE RACISMO está previsto em Lei e é INAFIANÇÁVEL E IMPRESCRITÍVEL, como reza o Art. 5, inciso XLVII, da Constituição Federal: "A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão".

A veracidade da informação de que Furtado falava em nome de Flávio Dino pode ser constatada no próprio site da FAEMA, através de notícia postada no dia 7 de julho de 2015, às 12h37, trazida à tona pelo jornalista Diego Emir.

Em trecho da notícia no site da FAEMA consta o seguinte: "Finalizando a reunião, o deputado estadual Fernando Furtado, (PC do B), que representou o governador Flávio Dino no evento, afirmou estar ao lado produtores rurais. Falou da sensibilidade do governador maranhense para com os menos favorecidos e conclamou a todos a participarem de ações junto ao Palácio dos Leões e Assembleia Legislativa".

Após repercussão nacional das declarações racistas de Furtado, a reportagem da FAEMA que atestava o deputado falando em nome do governador Flávio Dino foi excluída do site da entidade

Contudo, ao clicar-se no link da notícia, constata-se que a matéria foi retirada do ar (confira aqui). Para fins de comprovação, divulgo o print da matéria da FAEMA no final desta postagem.

No seu perfil no twitter, o governador Flávio Dino apressou-se em dizer que tomava ciência do assunto apenas quando observou uma conversa da jornalista Mônica Waldvogel, apresentadora de um programa de veiculação nacional na Globo News, com representantes do Conselho Indigenista Missionário Nacional (CIMI). (veja print da conversa abaixo)


Em tempos de guerra ideológica pelo controle da informação, vale tudo, até retirar do ar conteúdo de site de entidade com status de "federação".

Uma prática criminosa de RACISMO E HOMOFOBIA desta envergadura, cometido por um "deputado", filiado ao partido que governa o Maranhão, representando um governador de Estado, numa Audiência Pública sobre terras indígenas e produtores rurais, NÃO PODE FICAR IMPUNE!!! JAMAIS!!!

O trecho onde consta a afirmação da FAEMA de que o deputado Fernando Furtado (PCdoB) falava em nome do governador Flávio Dino (PCdoB) consta no último parágrafo da notícia, que segue abaixo:


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2 comentários:

  1. Não acredito que este senhor estivesse representando o governador Flávio dino, acho exagero da mídia tendenciosa.

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    1. Mais fácil seus olhos serem tendenciosos a enxergar aquilo o que você quer ver.
      A afirmação de que o deputado comunista estava representando o governador Flávio Dino partiu do próprio órgão que organizou o evento, conforme consta na postagem acima.

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Grato pela participação.