terça-feira, 14 de janeiro de 2014

PMDB luta para manter aliança e evitar candidatura própria do PT no Maranhão

Sarney e Temer: caciques peemedebistas

O senador José Sarney (PMDB-AP) e a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), têm conversado frequentemente com o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), desde que se agravou a crise na segurança pública maranhense.

Os três peemedebistas sabem que os problemas dão combustível aos setores do PT que criticam a aliança com o PMDB e o temor é que o episódio no Maranhão contamine o debate em outras praças.

Durante almoço de Temer com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), foi veiculada a informação de que o PT maranhense poderá lançar o presidente estadual da legenda, Raimundo Monteiro, ao governo do Maranhão.

“A situação do Maranhão não foi assunto central da conversa, mas esse comentário (da candidatura própria do PT) foi feito durante o encontro”, confirmou o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

Pressionado pela opinião pública e por setores do Judiciário que defendem uma intervenção federal no Maranhão, Sarney fez chegar ao Planalto a lembrança de que, nos momentos-chave para o PT, foi ele quem deu sustentação política ao projeto de Luiz Inácio Lula da Silva presidir o país.

Em 2002, Sarney foi o primeiro a apoiar a candidatura presidencial do petista. Em 2005, não abandonou Lula durante o bombardeio sofrido por causa do mensalão. Para os peemedebistas seria, portanto, ingratidão dos petistas deixarem Roseana à própria sorte neste momento.

Nesta segunda-feira (13), advogados ligados aos direitos humanos anunciaram a intenção de pedir o impeachment da governadora devido aos incidentes recentes, em especial os ocorridos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

No plano nacional, Temer tem sido um dos principais bombeiros da crise. Na semana passada, ele conversou diretamente com a presidente Dilma Rousseff para defender uma atuação mais incisiva do governo federal no Maranhão.

As ações tomadas até então — envio da Força Nacional de Segurança e a oferta de vagas em presídios federais para isolar os líderes do movimento — se diluíram no meio do aumento da violência que culminou com a morte da menina Ana Clara, 6 anos, na segunda-feira da semana passada.

Com informações do jornal Correio Braziliense

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3 comentários:

  1. GLEDSON, Aposto meus proventos anuais se o PMDB romper com o PT com os atuais indices de aprovação da Presidenta Dilma. PMDB não é e não sera nunca oposição e o PT recebe ordens não de Rui Falcão mas recebe ordens do Lula e outras q vem da Papuda.

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  2. Também penso ser difícil tal possibilidade se concretizar, Gledson. Creio se tratar apenas de espalhar a fumaça.

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