sábado, 13 de novembro de 2010

Nos Bastidores da Notícia: A Manipulação da Informação Midiatizada

Você acredita realmente em tudo o que lê, ouve e assiste nos veículos de comunicação? Se sim ou se não, sinta-se à vontade para nos acompanhar nestas linhas, onde expomos os bastidores da fabricação das notícias que nos chegam todos os dias pelos mais variados meios de comunicação.

Quem envereda pelo campo jornalístico, é sabedor de que não há isenção sobre os fatos noticiosos, ou melhor, sobre aquilo o que irá virar notícia. Estudos recentes revelam a existência de alguns mecanismos que, sob determinado prisma, conformam verdadeiros padrões de manipulação da informação midiatizada.  

A fragmentação é um destes padrões de manipulação utilizados pelas instituições midiáticas, consistindo na particularização, na atomização do fato jornalístico e na sua descontextualização, isto é, na não vinculação contextual das partes fragmentadas ao seu todo constitutivo, a realidade observada.

De fato, este processo de maquiagem da realidade ou de invenção de uma realidade fictícia através da fragmentação ocorre na grande maioria dos veículos de comunicação como estratégia de extração suficiente de informações sobre determinado fato jornalístico. À medida que o jornalista se debruça sobre o seu objeto de pesquisa, ele tende a isolá-lo, como forma de garantir ou explorar o máximo de informações possíveis para saciar a pretensa "curiosidade" do público leitor/espectador, departamentalizando cada situação observada, para, posteriormente, ordená-las à sua maneira.

Neste processo, contudo, a descontextualização aparece como um equívoco, não muito relevante para os grandes conglomerados comunicacionais, pois o que importa é o que foi dito, escrito, narrado. Muitas vezes, o público não se atenta para essa questão do contexto no qual as falas e as palavras escritas foram produzidas, e sim, com os seus efeitos ulteriores. E é neste ponto que a fragmentação é bem vinda e bastante utilizada pelos veículos midiáticos, como forma de garantir que as matérias produzam os efeitos almejados, desde a elaboração das pautas, passando pela seleção e descarte de informações, até a sua publicização final.

A impressão aparente que se observa deste mosaico noticioso é a de uma "ditadura informacional". Ditadura, sim, pois nunca o público (sociedade) tem acesso ou visibilidade de toda a dinâmica e dos complexos que engendram e edificam o produto final, ou melhor, as estruturas de mascaramento e ocultação/preservação de "verdades aceitáveis" que, quase sempre, obstacularizam ou promovem visibilidade distorcida da realidade observada através da imprensa.

E informacional, sim, também, pois o que é publicado e veiculado pelos "media" é aceito e introjetado pelo público leitor/espectador como caráter de "verdade", de realidade plena, quase nunca contestável em sua gênese elaborativa e em seus efeitos sintomáticos, no interior dos espaços que ocupa e reivindica na sociedade.

Nesta perspectiva, a separação das partes e a sua descontextualização ou revinculação a contextos diferentes, geralmente produzem sentidos desconexos aos da "realidade original", por assim dizer, criando desta forma novos e deformados sentidos, fatalmente condizentes ou norteados pelas instituições  midiáticas a seu bel prazer.

5 comentários:

  1. Meu querido Hugo, estou aqui a lhe segir também.
    O seu blog é simplesmente extraordinário.
    Estou aqui pelo respeito, pelo carinho e pelo apreço.
    Um abraço do tamanho da Cidade de Arari, pra vc.
    nosso tuíter é; @blogdOjosemaria

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  2. Olá,

    Sentí-me honrado com a tua visita, e qui estou p/ agradecer, VALEW!!...já estou te seguindo.

    Vamos juntos...

    ABRAÇO!!!!!!!!!!!!

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  3. Caro Hugo, Parabéns pelo Blog e agradecemos sua visita ao Crisol! Felicidades e Sucesso!

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  4. Pessoal, agradeço muito pelo carinho, respeito e pela consideração.
    Vamos juntos construir uma plataforma comunicacional plena e efetiva como opção alternativa ao monopólio da "mídia oficial" em nosso Estado.

    Abraços fraternos a todos vocês.

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Grato pela participação.