sexta-feira, 13 de março de 2015

STF RECEBE PEDIDO DE INVESTIGAÇÃO CONTRA A PRESIDENTE DILMA

Dilma Rousseff (PT), presidente da República

O Partido Popular Socialista (PPS) protocolou nesta sexta-feira (13) ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja autorizada investigação contra a presidenta Dilma Rousseff.

O objetivo da ação de agravo regimental é reverter a decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros, e do ministro Teori Zavascki de não apurar o envolvimento da presidenteDilma Vana Rousseff nos desvios de recursos da Petrobras.

Durante os depoimentos da delação premiada na operação Lava Jato, a presidenta Dilma foi citada diversas vezes por, supostamente, ter recebido recursos públicos na campanha eleitoral em 2010.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao enviar os pedidos de investigação de 49 citados nos depoimentos sobre o esquema de corrupção na Petrobras, sugeriu o arquivamento de inquérito de Dilma sob o argumento de que a constituição não permite que o presidente da república seja responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. O ministro Teori Zavaski, do STF, teve o mesmo entendimento.

O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), vice-líder da Minoria na Câmara, que apresentou a ação, entende que a Constituição não proíbe que a presidenta seja investigada durante o mandato.

Caberá ao plenário da Corte analisar o pedido do partido e decidir se pode ou não ser aberto inquérito para investigar a presidente da República.

Jurisprudência permite investigação

Na ação, o PPS contra-argumenta que jurisprudência do próprio STF considera que a imunidade constitucional do chefe do Executivo não impede que, “por iniciativa do Ministério Público, sejam ordenadas e praticadas, na fase pré-processual do procedimento investigatório, diligências de caráter instrutório”. Essa apuração tem por objetivo “viabilizar, no momento constitucionalmente oportuno, o ajuizamento da ação penal”. O entendimento, acatado pela Corte, é do ministro Celso de Mello.

A ação da legenda é dirigida ao ministro Teori Zavascki, relator do processo da Lava Jato no STF, mas será analisada pelo pleno do tribunal.

O partido de oposição ao governo petista entende que a decisão do ministro de deferir a não investigação de Dilma Rousseff causou prejuízo direto, pois os crimes apurados pela operação da Polícia Federal “ofendem sobremaneira a estrutura social e, por conseguinte, o interesse geral”, conforme afirmou o próprio procurador-geral, Rodrigo Janot, se referindo à corrupção na Petrobras.

No pedido, o PPS alega que, de acordo com declaração de Paulo Roberto Costa no processo de delação premiada, “foi desviada vultosa quantia de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) para a campanha presidencial da sra. Dilma Rousseff”, ou seja, que a presidente foi beneficiada diretamente pelo esquema de corrupção.

Com informações do portal da EBC e do PPS Nacional 

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