Por Hugo Freitas
O senador José Sarney (PMDB/AP)
afirmou, em entrevista exibida na noite desta terça-feira (05), na TV Guará,
que o candidato da "oposição" ao governo do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), foi à sua casa
agradecer pela nomeação ao cargo de presidente da Embratur, órgão do governo federal subordinado ao Ministério do Turismo comandado por Dino de junho de 2011 a março de 2014.
Sarney revelou, categoricamente, que o
vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), o consultou, a pedido da
presidente Dilma (PT), para saber se ele estava de acordo com a indicação de Flávio para a presidência da Embratur. O senador assegurou que não só concordou com a
indicação como foi visitado em sua residência por Dino, que o agradeceu pelo
apoio.
“Quando o dr. Flávio Dino foi indicado para
o cargo de presidente da Embratur, eu fui consultado pelo vice-presidente Michel
Temer, a pedido da presidente Dilma, para saber se eu estava de acordo, e eu tinha poder de
veto se quisesse. Aí eu disse: ô, Michel, eu jamais vetarei um maranhense para cargo algum em
Brasília! Depois de nomeado, Flávio Dino foi à minha casa agradecer meu gesto”,
revelou Sarney.
O assunto veio à tona depois que o
senador lembrou que Flávio havia dito que ele (Dino) tinha sido o único
maranhense a ocupar um cargo no governo federal sem ter o apadrinhamento de
Sarney.
A revelação da "velha raposa"
comprova, por um lado, o grau de influência que ele ainda possui na República
brasileira; ao mesmo
tempo, por outro ângulo, reforça o grau de congraçamento existente entre as
diversas "famílias de políticos" que comandam o Maranhão, ora estando "irmanadas" do mesmo lado, ora se digladiando em lados "opostos", defendendo única
e exclusivamente mais espaços e estruturas de poder para seus próprios
interesses.
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