Candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos morreu nesta
quarta-feira (13) em acidente de avião na cidade de Santos, litoral paulista. Campos governou
Pernambuco por dois mandatos (2007-2010 e 2011-2014).
De família tradicional na política em
Pernambuco, o ex-governador Eduardo Campos, 49 anos, nasceu no Recife em
10 de agosto de 1965. Ele era casado e pai de cinco filhos.
Filho do poeta
Maximiliano Arraes e da ex-deputada federal e ministra do Tribunal de Contas da
União Ana Arraes, Campos se formou em economia na Universidade Federal de
Pernambuco, onde atuou como presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade.
O contato com a política começou cedo,
em 1986, quando trabalhou ativamente na campanha que elegeu seu avô, Miguel
Arraes, ao governo de Pernambuco. Na época, Campos tinha apenas 21 anos. Quatro
anos depois, em 1990, ele se filiou ao PSB.
Em 1994, com apenas 29 anos, foi eleito
deputado federal, cargo para o qual foi reeleito em 1998 e em 2002. No início
do terceiro mandato como deputado, Campos se aproximou do então presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), ajudando a mobilizar a base governista para aprovar a
Reforma da Previdência.
Em janeiro de 2004, foi nomeado por
Lula ministro de Ciência e Tecnologia, onde trabalhou pela aprovação da lei que
autoriza pesquisas com células-tronco embrionárias. Em 2006, Eduardo Campos foi
eleito governador de Pernambuco em primeiro turno, com mais de 60% dos votos
válidos e foi reeleito, em 2010, com 83% dos votos válidos.
A gestão à frente do estado foi marcada
pelos esforços em modernizar industrialmente a região. Durante a maior parte
dos dois mandatos, Campos apoiou os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e da
presidente Dilma Rousseff.
Em 2013, ele passou a reforçar críticas
ao governo de Dilma, especialmente com relação à gestão da economia e à aliança
com o PMDB. Em 18 de setembro do ano passado, o PSB entregou os cargos no
governo federal, inclusive o comando do Ministério da Integração, e passou a se
posicionar de forma independente nas votações.
Em outubro, Eduardo Campos se aliou à
ex-senadora Marina Silva na disputa presidencial, após o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) rejeitar o registro da Rede Sustentabilidade, partido que ela
tentava criar para concorrer às eleições. Em 4 de abril deste ano, Eduardo
Campos renunciou ao governo de Pernambuco para se dedicar à campanha para a
Presidência da República.
Em 28 de junho, em aliança com outros
cinco partidos, o PSB oficializou a candidatura de Campos à Presidência e de
Marina Silva à vice-presidência. Na campanha, Campos e Marina apresentaram uma
série de propostas, como escola em tempo integral, passe livre para estudantes
de escola pública e disseram ser possível reduzir a inflação para 3% até 2018.
Pesquisa Ibope, encomendada pela TV
Globo e divulgada na última quinta-feira (7), apontava Campos em terceiro lugar
na disputa, com 9% das intenções de voto.
Com informações do G1
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