Secretário municipal de Saúde assina atestado de incompetência da Prefeitura de São Luís na resolução dos graves problemas que assolam a rede de Saúde pública da capital
Por Hugo Freitas
Depois de muita cobrança e denúncia
veiculadas pelo Blog do Hugo Freitas, inclusive a de ameaça de greve dos servidores da Saúde na capital, agendada para a próxima semana (leia aqui), o Governo Federal resolveu socorrer um
dos maiores hospitais de urgência e emergência de São Luís: o Hospital
Clementino Moura, Socorrão II.
Nesta sexta-feira (24), o Socorrão II
passou a integrar o programa "S.O.S Emergências", iniciativa do
Governo Federal voltada para a qualificação da gestão e do atendimento em grandes
hospitais que atendem pelo SUS.
Trata-se de um Termo de Compromisso firmado e assinado nesta manhã pelo secretário Municipal
de Saúde, Cesar Felix, e o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da
Saúde, Helvécio Magalhães.
O programa federal, destinado a socorrer hospitais de urgência e emergência em todo o país, vai atuar a partir da articulação entre o Socorrão II e os demais serviços emergenciais existentes na capital, como o Samu e as Unidades de Pronto Atendimento (Upas 24h).
Com o programa do Governo Federal, o Socorrão II passará a receber R$ 300 mil
mensalmente para investimento na estrutura do hospital e capacitação de
profissionais. Também serão destinados recursos para compra de respiradores,
monitores e demais equipamentos de UTI.
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), somente
no Socorrão II são realizados 4.883 atendimentos mensais de pacientes oriundos
da capital, de municípios maranhenses e de estados vizinhos.
Segundo informações da Prefeitura de
São Luís, a principal medida do programa do Governo Federal é a implementação de leitos de retaguarda para
pacientes com quadro clínico estável, sem risco iminente de morte e sem
possibilidade de alta no momento do encaminhamento. Esses leitos serão
identificados nas unidades da rede e em hospitais parceiros.
O Hospital Socorrão II é o maior no atendimento de urgência, emergência, traumatologia, ortopedia, neurocirurgia e terapia intensiva adulta no Maranhão.
Diante de todo o exposto, depreende-se
que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior e o secretário de Saúde, Cesar Felix,
não conseguiram sanar os graves problemas do setor, principalmente nos
socorrões da capital, onde assistimos, atônitos, à tragédia humana que lá se
alastra cotidianamente (veja aqui). Por isso, recorreram à "salvação" oferecida pelo governo da presidente Dilma Rousseff.
A propósito, o nome do programa do
Governo Federal (S.O.S Emergências) não deixa dúvidas de que é o Executivo nacional, por meio do
Ministério da Saúde, que está "socorrendo" os diversos socorrões
espalhados país afora, incluindo agora o Socorrão II.
Com isso, faz-se necessário pontuar duas observações bem distintas. Se por um lado, o pedido de socorro da
Saúde de São Luís, que está na UTI há tempos, foi atendido pelo Governo
Federal, dando esperanças para quem recorre à rede municipal; por
outro, ao se acobertar pelo "S.O.S Emergências", a Prefeitura de São Luís assina e decreta sua total e completa incompetência na resolução dos diversos problemas
do setor (desde a falta de materiais e medicamentos básicos à escassez de
médicos plantonistas, o que prolonga o sofrimento dos pacientes por tempo
indeterminado) que, somados, contribuíram para a morte de mais de 1.700
pacientes na rede municipal de Saúde apenas em 2013, segundo dados do próprio governo
federal (confira aqui).
Seria mais fácil (porém menos "honroso" para o "prefeito da mudança") deixar que o Ministério da Saúde cuidasse, definitivamente, da rede de saúde de São Luís.
Aliás, se isso não é uma verdadeira "intervenção federal" na Saúde da capital maranhense, o que mais pode ser?
GLEDSON, No frigir dos ovos o que conta é que para o bem ou para o mau o povo sera beneficiado.
ResponderExcluirE é isso o que importa, de fato, meu amigo. Mas vamos ficar de olho. :)
ExcluirA situação esta muito ruim!
ResponderExcluirE tende a piorar com o aumento da violência na cidade...
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