sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

"S.O.S EMERGÊNCIAS": GOVERNO FEDERAL SOCORRE SOCORRÃO DE SÃO LUÍS

Secretário municipal de Saúde assina atestado de incompetência da Prefeitura de São Luís na resolução dos graves problemas que assolam a rede de Saúde pública da capital

Por Hugo Freitas

Depois de muita cobrança e denúncia veiculadas pelo Blog do Hugo Freitas, inclusive a de ameaça de greve dos servidores da Saúde na capital, agendada para a próxima semana (leia aqui), o Governo Federal resolveu socorrer um dos maiores hospitais de urgência e emergência de São Luís: o Hospital Clementino Moura, Socorrão II.

Nesta sexta-feira (24), o Socorrão II passou a integrar o programa "S.O.S Emergências", iniciativa do Governo Federal voltada para a qualificação da gestão e do atendimento em grandes hospitais que atendem pelo SUS.

Trata-se de um Termo de Compromisso firmado e assinado nesta manhã pelo secretário Municipal de Saúde, Cesar Felix, e o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães.

O programa federal, destinado a socorrer hospitais de urgência e emergência em todo o país, vai atuar a partir da articulação entre o Socorrão II e os demais serviços emergenciais existentes na capital, como o Samu e as Unidades de Pronto Atendimento (Upas 24h).

Com o programa do Governo Federal, o Socorrão II passará a receber R$ 300 mil mensalmente para investimento na estrutura do hospital e capacitação de profissionais. Também serão destinados recursos para compra de respiradores, monitores e demais equipamentos de UTI.

De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), somente no Socorrão II são realizados 4.883 atendimentos mensais de pacientes oriundos da capital, de municípios maranhenses e de estados vizinhos.

Segundo informações da Prefeitura de São Luís, a principal medida do programa do Governo Federal é a implementação de leitos de retaguarda para pacientes com quadro clínico estável, sem risco iminente de morte e sem possibilidade de alta no momento do encaminhamento. Esses leitos serão identificados nas unidades da rede e em hospitais parceiros.

O Hospital Socorrão II é o maior no atendimento de urgência, emergência, traumatologia, ortopedia, neurocirurgia e terapia intensiva adulta no Maranhão.

Diante de todo o exposto, depreende-se que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior e o secretário de Saúde, Cesar Felix, não conseguiram sanar os graves problemas do setor, principalmente nos socorrões da capital, onde assistimos, atônitos, à tragédia humana que lá se alastra cotidianamente (veja aqui). Por isso, recorreram à "salvação" oferecida pelo governo da presidente Dilma Rousseff.

A propósito, o nome do programa do Governo Federal (S.O.S Emergências) não deixa dúvidas de que é o Executivo nacional, por meio do Ministério da Saúde, que está "socorrendo" os diversos socorrões espalhados país afora, incluindo agora o Socorrão II.

Com isso, faz-se necessário pontuar duas observações bem distintas. Se por um lado, o pedido de socorro da Saúde de São Luís, que está na UTI há tempos, foi atendido pelo Governo Federal, dando esperanças para quem recorre à rede municipal; por outro, ao se acobertar pelo "S.O.S Emergências", a Prefeitura de São Luís assina e decreta sua total e completa incompetência na resolução dos diversos problemas do setor (desde a falta de materiais e medicamentos básicos à escassez de médicos plantonistas, o que prolonga o sofrimento dos pacientes por tempo indeterminado) que, somados, contribuíram para a morte de mais de 1.700 pacientes na rede municipal de Saúde apenas em 2013, segundo dados do próprio governo federal (confira aqui).

Seria mais fácil (porém menos "honroso" para o "prefeito da mudança") deixar que o Ministério da Saúde cuidasse, definitivamente, da rede de saúde de São Luís.

Aliás, se isso não é uma verdadeira "intervenção federal" na Saúde da capital maranhense, o que mais pode ser?

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4 comentários:

  1. GLEDSON, No frigir dos ovos o que conta é que para o bem ou para o mau o povo sera beneficiado.

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    1. E é isso o que importa, de fato, meu amigo. Mas vamos ficar de olho. :)

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  2. Respostas
    1. E tende a piorar com o aumento da violência na cidade...

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Grato pela participação.