Flávio Dino e João Castelo, aliados que se "bicam" na questão Senado (Imagem: Internet)
Faltando um dia para o início oficial
do período em que os partidos políticos já podem realizar as convenções que homologarão
seus destinos nas eleições deste ano, pelo menos duas legendas da oposição, o
PSDB e o PDT, ainda dependem de debates internos para definir rumos eleitorais.
Nos dois casos, reuniões marcadas para
acontecer amanhã [terça-feira] devem encerrar debates internos que se estendem
há meses e impedem a oficialização de alianças sobre as quais membros das duas
siglas não podem ainda falar abertamente.
No caso do PSDB, a Executiva Nacional,
através do senador Aécio Neves, presidente do partido, já autorizou a adesão à
coalizão comandada pelo pré-candidato do PCdoB ao Governo do Estado, Flávio
Dino.
Pelo acordo, o deputado federal Carlos
Brandão, presidente estadual da legenda, será o candidato a vice-governador da
chapa. O problema é o desejo do ex-prefeito de São Luís, João Castelo, de
disputar a eleição como candidato a senador. Ele lidera todas as pesquisas de
intenções de votos nas quais é incluído.
Para alguns tucanos, como a oposição já
havia fechado questão em torno da pré-candidatura do vice-prefeito de São Luís,
Roberto Rocha (PSB) ao Senado, e o PSDB exigia apenas a vaga de vice, dar a
Castelo o direito de candidatar-se a senador seria romper um acordo.
“Temos um acordo de que a vaga de vice
fica com o PSDB. Quando há um membro do partido que quer sair candidato ao
Senado, se for confirmado, há uma quebra no acordo e acredito que o PSDB não
ficará na chapa”, analisou o prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, em
entrevista a O Estado no fim da semana passada.
Aparentemente isolado no PSDB – no qual
tem contado apenas com o apoio da filha, a deputada estadual Gardênia Castelo,
e do também deputado estadual Neto Evangelista -, Castelo tem, contudo,
reafirmado o quanto pode o desejo de candidatar-se.
Para ele, o acordo com o PCdoB
limitou-se ao apoio à pré-candidatura de Flávio Dino. “O PSDB já tomou as suas
decisões. Ele resolveu fazer um acordo com o candidato a governador Flávio Dino
para o Governo. Inclusive aceitou a sugestão de Flávio Dino para colocar o vice.
Agora, a candidatura de senador é outra majoritária, que cada partido pode ter.
O PSDB tem um candidato e eu confirmei essa pré-candidatura num grande encontro
do PSDB em Imperatriz, com a presença de vários companheiros, inclusive do
Flávio Dino”, disse, em recente entrevista à TV Guará.
Na reunião de amanhã, há expectativa de
que uma decisão final seja tomada sobre o impasse e os tucanos já saiam com a
definição de uma data para a convenção estadual, que provavelmente ocorrerá em
Imperatriz.
Decisão – Entres os pedetistas, a
expectativa é de que a decisão final sobre de que lado estará o partido em
outubro, seja tomada também amanhã. O PDT ainda é contabilizado entre os
membros da coalizão dinista formada para o pleito deste ano, mas o PMDB tem mantido
contatos intensos com o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, tentando uma
composição.
A vaga de vice-governador na chapa do
pré-candidato peemedebista, senador Edison Lobão Filho, já foi oferecida, mas
um posicionamento oficial só sai com o aval de Lupi, único autorizado a falar
sobre a estratégia pedetista para a disputa no Maranhão.
“A Executiva Nacional se reunirá para
definir o rumo do partido. Dessa reunião, sairemos também já com a data da
convenção”, afirmou o secretário-geral do partido, deputado federal Weverton
Rocha.
Fonte: Jornal O Estado do Maranhão
Comentário do blog: Muito se especula que Castelo será mesmo candidato a deputado federal, a fim de manter a aliança com o PCdoB em torno do nome de Flávio Dino ao governo e Roberto Rocha (PSB) ao Senado.
Contudo, em se tratando de um ex-prefeito tucano que perdeu a cadeira do Executivo municipal justamente para o candidato apoiado pelo comunista e pelo socialista, a meu ver a "questão Senado" aparece como uma oportunidade para Castelo dar o "troco" (entenda aqui).
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