Imagem meramente ilustrativa, retirada da internet
Por Hugo Freitas
Apesar dos constantes esforços já realizados na busca por um entendimento, a greve dos professores de São Luís segue sem nenhuma solução a curto prazo.
O Ministério Público do Estado do
Maranhão, por meio da 2ª Promotoria Especializada em Defesa da Educação,
promoveu, na última quarta-feira (18), uma reunião entre o comando de greve dos docentes da rede municipal de ensino e representantes da Prefeitura de São
Luís.
Articulado pela promotora de Justiça,
Luciane Belo, no encontro as principais pautas discutidas foram a resolução de questões burocráticas que envolvem a
aposentadoria de professores, a regularização funcional dos mesmos, e, claro, o reajuste salarial pleiteado pela categoria.
No que tange à reivindicação por aumento salarial, o
impasse permanece e, com ele, a greve também. Os representantes da administração municipal não
apresentaram proposta superior aos 3%, já oferecidos anteriormente e
prontamente rejeitado pelos dirigentes do sindicato dos professores da rede municipal de ensino (SindEducação), que exigem
exorbitantes 20% de reajuste, algo fora da realidade educacional brasileira como um todo, já que o percentual discutido a nível nacional não ultrapassa os 8,32%.
O secretário municipal de Planejamento,
José Cursino Raposo Moreira, ressaltou que, em outras reuniões com a categoria,
já apresentou os números referentes ao orçamento e que a situação não se
alterou.
Cursino afirmou que o percentual de aumento já ultrapassa as
possibilidades da gestão municipal. "O prefeito determinou que
trabalhássemos em um processo de reequilíbrio financeiro de receitas e despesas.
Tem uma série de medidas de contenção de despesas que estamos tomando, uma
delas é a de redução no custeio, com corte de 30 ou até 50% em grandes
contratos para que no período de oito meses a receita aumente", explicou.
No entanto, ignorando os números
apresentados pela Secretaria de Planejamento, a presidente do SindEducação, Elisabeth Castelo Branco, argumentou que além dos recursos do
Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica) o setor educacional, por
lei, dispõe de 25% dos recursos próprios do município. "Não podemos nos calar e
dizer que vamos aceitar 3%. Seria fechar os olhos não apenas à questão do
reajuste, mas para os problemas da educação do município", declarou a sindicalista, num claro sinal de que a greve ainda deve se arrastar por bastante tempo.
Não custa lembrar que, no ano passado, os professores da rede municipal de ensino receberam um reajuste de 9,5% quando do último movimento paredista da categoria, valor esse muito acima do recebido por outras classes de trabalhadores do funcionalismo público municipal.
Outra lembrança a ser destacada é a de que a Justiça decretou a greve ilegal e abusiva, estabelecendo o retorno imediato dos professores para as salas de aulas (entenda aqui), fato este que não ocorreu.
Enquanto o impasse não se resolve, as crianças que estudam nas escolas públicas de São Luís permanecem sem aulas, sendo as maiores prejudicadas nessa batalha entre Prefeitura e professores.
as crianças realmente estão sendo prejudicadas desde sempre, pois as condições que as escolas publicas municipais se encontram são uma vergonha: salas cheias de goteiras, paredes dando choque, falta de agua , cisternas contaminadas, muros caindo, falta de material , etc,etc...o blogueiro deveria colocar fotos reais das escolas em questão,além disso, o dinheiro do fundeb, é uma verba destinada à remuneração de profissionais da educação e estruturação das escolas para garantir o melhor aos alunos e professoras, coisa que não acontece em nossa cidade, e o pior é que não há a prestação de contas para sabermos de verdade aonde foi parar o nosso dinheiro.será que alguém pode adivinhar?
ResponderExcluirCom a palavra, o secretário municipal de Educação.
ExcluirSaia d seu blog...e dê uma volta pelas escolasde São Luis...com certeza a sua opinião mudaria a respeito d greve dos professores. É fácil desvalorizar um professor!
ResponderExcluirVeja as péssimas condições de trabalho...falta o básico para exercer com dignidade a profissão.
Não "desvalorizo" os professores, afinal também sou professor.
ExcluirApenas critico, dentro de minha liberdade de pensamento e expressão, a forma como o movimento grevista está sendo conduzido.