Prefeito Edivaldo Jr. e secretário de Educação, Geraldo Castro
É preciso que se esclareçam em
definitivo as razões reais que sustentam a greve dos professores do município
de São Luís, pois possa embora o Sindicato considerar que os salários são
injustos – todos são nesse Brasil afora – garante a Prefeitura que nossos
mestres recebem o equivalente a quase três vezes o piso nacional. As
dificuldades do município estão postas e são dificuldades de todos os
municípios brasileiros.
É preciso que se apele ao bom senso dos
professores de São Luís, pois a greve penaliza o futuro de 130 mil alunos, o
que pode ser considerado um desastre depois do esforço desenvolvido pela
Prefeitura para reequipar a educação e normalizar o exercício do ano letivo.
Até onde se sabe, o interesse maior da educação é o aluno, e eles estavam fora
da sala de aula ou freqüentando escolas sem condições mínimas de funcionamento
quando o prefeito Edivaldo Holanda assumiu.
Atente-se também para o fato de que
estamos num ano eleitoral e é preciso ter o cuidado de não misturar interesses
sindicais com políticos. Ao que parece, as reivindicações postas na mesa pelo
Sindicato podem levar a Prefeitura a extrapolar os limites impostos pela Lei de
Responsabilidade Fiscal, o que tenderia a agravar a situação de penúria do
município. Existe, na verdade, praticamente que um confisco da carga tributária
recolhida no país por parte do governo federal e dos governos estaduais. As
dificuldades dos municípios são imensas e, em ano eleitoral, o que mais existe
são pessoas interessadas em aumentar essas dificuldades.
A Prefeitura garante que mais de 87%
dos recursos do Fundeb – o Fundo de Educação Básica – são comprometidos, hoje,
com a folha de pagamento. É um índice altíssimo, principalmente se
considerarmos que é também necessário, aliás, imprescindível, garantir
investimentos na infraestrutura das escolas. O que todos menos queremos, pais e
alunos, é a volta ao comprometimento do calendário escolar, o esvaziamento da
escola pública, e a evasão que, para além do futuro dos alunos, compromete
também o futuro do Maranhão.
Por outro lado, os próprios professores
começam a desconfiar da superestrutura à disposição do Sindicato, confirmada,
por exemplo com o padrão de alta qualidade dos vídeos apresentados. É flagrante
também a dissonância nas faixas e cartazes confeccionados e expostos que não
parecem produzidos por professores, mas por pessoas em guerra constante com a
língua portuguesa e a gramática. Os professores não podem permitir – e, de
resto, nenhuma categoria profissional – que interesses políticos governem seus
movimentos. Políticos escrevem exigir com J; professores não. Exigindo com J
não vão conseguir absolutamente nada, nem ensinar seus alunos.
O que se percebe aqui é a necessidade
de um pacto entre os professores e o poder público municipal, conforme
aconteceu já em outros estados e municípios, de formas que possam os
professores manter seus salários num patamar digno da categoria, mas que seja
possível à Prefeitura pagar, neste grave momento de dificuldades econômicas e
financeiras do país e que afeta principalmente a municipalidade.
Fonte: Editorial - Jornal Pequeno, 24/06/2014
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Fonte: Editorial - Jornal Pequeno, 24/06/2014
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PEÇO AO BLOGUEIRO HUGO FREITAS SER IMPARCIAL OU PELO MENOS OUVIR O OUTRO LADO ( SINDICATO ) PARA QUE OS LEITORES TIRASSEM SUAS CONCLUSÕES . É ÓBVIO SUAS COLOCAÇÕES E DA GESTÃO ...PORÉM QUEM ESTÁ NO '' CHÃO DA ESCOLA '' SOMOS NÓS PROFESSORES E ALUNOS E QUE TEMOS DENUNCIADO É FRUTO TAMBÉM DE GESTÃO PASSADA Q EDIVALDO ( VOTEI NELE ) SE COMPROMETEU , FEZ ACORDO NO INICIO DO ANO PORÉM, NÃO CUMPRIU . DAÍ SURGIU A GREVE ( QUE NÃO É SÓ POR SALÁRIO ,MAS CONDIÇÕES DIGNAS DE LOCAL E MATERIAL PARA ALUNO E PROFESSOR ) QUE VCS BLOGUEIROS desrespeitosamente NOS CRITICAM SEM NOS DÁ CHANCE DE DEFESA . DESEJO QUE NÃO EXCLUA MINHA COLOCAÇÃO COMO TE ACONTECIDO C COLEGAS FALAM A VERDADE ...
ResponderExcluirA "verdade" é sempre relativa e depende do ponto de vista de quem fala.
ExcluirSó não tolero xingamentos e agressões, principalmente de pessoas "anônimas" que, por sua covardia, agridem sem se identificar.
Por isso, só publico os comentários respeitosos e democráticos, que argumentam com serenidade e inteligência.
3 X O VALOR DO PISO VOU MANDAR UMA CÓPIA DO MEU CONTRA CHEQUE PARA VOCÊ PUBLICAR NO SEU BLOG, PREFEITO PINÓQUIO
ResponderExcluirCom a palavra, o prefeito Edivaldo Jr.
ExcluirSe o prefeito falasse a verdade e nos recebesse para tentar um acordo em torno que fosse meio termo dos míseros 3% e dos 20%, esse editorial teria algum crédito e sentido.
ResponderExcluirComo a situação é diferente, Ribamar.Bogea e Hugo Freitas, vão pentear macaco, vendidos!
Prof.Karolinne Ribeiro
Quer dizer, então, que a imprensa é a "culpada" pela intolerância de um sindicato atrelado a partidos políticos???
ExcluirNa falta de educação e inteligência, sobram xingamentos e agressões.
A reivindicação dos professores pode até ter alguma justiça mas eles erram na forma de protestar, os professores também deviam entender que não tem condição de dar o aumento no tanto que eles querem, aí ficam em greve e só quem perde são as crianças que ficam de novo sem aula. Fora que quando essa greve acabar os professores voltam tudo para se matar dando aula em final de semana e feriado, e eu quero saber quantas aulas essa direção do sindicato vai ajudar a repor...
ResponderExcluir"Só quem perde são as crianças que ficam sem aula..."
Excluir"Quando essa greve acabar os professores voltam tudo dando aula em final de semana e feriado..."
Isso mesmo, Joana! Comentário irretocável! Parabéns pela lucidez!