Por Hugo Freitas
Não, você não leu errado, estimad@ leit@r. Ídolo do rock nacional na década de oitenta, o cantor e compositor
Cazuza, morto em 7 de julho de 1990, voltará aos palcos em 2013.
Cabe explicitar aqui que a palavra "ressuscitado",
escrita deliberadamente entre aspas, atende a dois propósitos bem
delimitados: o primeiro de retirar do vocábulo qualquer conotação de cunho
religioso, apesar de não esconder uma pontinha de prazer; sendo utilizada, em segundo lugar, como uma provocação intimista
junto aos fãs do eterno autor de "Faz Parte do Meu Show",
"Codinome Beija-Flor" e "O Tempo Não Para", só para citar
algumas das maravilhas escritas por Cazuza.
O ex-vocalista da banda "Barão
Vermelho" será homenageado no dia 4 de abril do ano que vem, data em que
completaria 55 anos de idade, com um show onde será revivido através de um
holograma.
A ideia consiste na utilização de
técnicas de ilusão de ótica que serão aplicadas para dar a impressão de que há
uma pessoa de verdade no palco. Este recurso, contudo, não se constitui
efetivamente em nenhuma novidade. A técnica já foi utilizada no exterior para
shows de artistas como Tupac Shakur, morto em 1996, Freddie Mercury, morto em
1991 e, mais recentemente, com Elvis Presley, morto no final da década de 1970.
No entanto, Cazuza será o primeiro
artista brasileiro a ser “ressuscitado” por um holograma.
O projeto foi idealizado por Omar
Marzagão e George Israel, membro do "Kid Abelha" e parceiro de
composições de Cazuza, e consistirá num show de 90 minutos. O holograma de
Cazuza interagirá com a banda por 20 minutos da apresentação.
Os shows serão realizados em São Paulo,
Belo Horizonte, Brasília e dois no Rio de Janeiro.
O holograma
Para realizar o holograma, a empresa
francesa 4Dmotion utilizará fotos e vídeos do astro morto. O projeto já está em
andamento, e leva seis meses no total para ser concluído. Nos dois primeiros
meses, a empresa pesquisou informações sobre o figurino, os gestos e as
expressões faciais de Cazuza.
As imagens que serão utilizadas para
formar o holograma serão provenientes de shows e fotos dos anos de 1986 e 1987,
antes de Cazuza contrair Aids, doença que o levaria a óbito.
O sistema conta ainda com um dublê do
músico que imitará seus gestos corporais. Estes serão captados por meio da
tecnologia “motion capture”, utilizada em videogames e animações.
Após concluída, a imagem será
transmitida em um espelho no chão do palco, que serão refletidas em uma parede vertical
que dará à platéia a impressão de que Cazuza está presente no palco, andando e
realizando performances ao longo dos cinco metros de extensão da tela.
A banda de apoio contará com amigos do
músico como o próprio George Israel, Leoni, Guto Goffi, Arnaldo Brandão e
Rogério Meada. Utilizando áudio original de shows feitos pelo cantor, a banda
tocará cerca de 23 músicas e terá direção musical de Nilo Romero, outro antigo
parceiro de Cazuza.
É aguardar e esperar para conferir de
perto esta experiência inimaginável até bem pouco tempo atrás. Se tudo der
certo, seria interessante que a mesma técnica fosse utilizada para shows de
outros artistas nacionais já falecidos como Renato Russo e Raul Seixas, que
mobilizaram milhões de fãs em suas apresentações em vida. Fica a dica!!!
Salve a tecnologia! Os amantes da
música agradecem!!!
Com informações do jornal Folha de S.
Paulo e da Revista Brasileiros
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