O recurso em que o ex-governador José
Reinaldo Tavares (PSB) pede cassação da governadora Roseana Sarney (PMDB) e do
vice-governador Washington Luiz Oliveira (PT) e a convocação de novas eleições
no estado ainda aguarda parecer do Ministério Público.
“Assim que o MP der o parecer, o
processo estará pronto para ser julgado. A fase de instrução processual já foi
concluída e as alegações finais entregues, aguardando agora apenas o parecer do
Ministério Público e ser colocado em pauta para julgamento em plenário no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”, informara o deputado e também advogado
Rubens Pereira Júnior no dia 25 de setembro deste ano. Ele representa, junto
com os advogados Abdon Marinho e Rodrigo Lago, a acusação.
Ou seja, há mais de 80 dias o processo
foi enviado ao Ministério Público e, até agora, aguarda o parecer do
procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
A previsão era de que até o final do
ano fosse julgado a cassação da governadora Roseana Sarney por abuso de poder
político e econômico. Entretanto, até agora o processo, misteriosamente,
‘dorme’ nas mãos do procurador Roberto Gurgel.
Segundo o Colunaço do Pêta deste
domingo (18), uma das justificativas para tamanha lentidão seria uma espécie de
acordo de Sarney com Gurgel. Diz a coluna do Jornal Pequeno que Gurgel precisou aí de uma
proteção e procurou Sarney, que, em contrapartida, ‘sugeriu’ que ele ‘sentasse
em cima’ da ação do ex-governador José Reinaldo que pede a cassação de Roseana.
Depois de todos os trâmites, a ação está já há um bom tempo com o
procurador-geral, que continua sem despachá-la.
Provas
De acordo com a acusação, Roseana
Sarney assinou convênios com prefeituras no valor de quase R$ 1 bilhão com
nítido caráter eleitoreiro. Na petição, os advogados alegam que os convênios
foram utilizados “como meio de cooptação de prefeitos e lideranças políticas e
sindicais”.
Uma das provas do uso eleitoral dos
convênios, segundo os advogados, é a concentração da celebração de vários
acordos nas vésperas da data da convenção partidária que homologou o nome de
Roseana Sarney para disputar as eleições de 2010, em 24 de junho daquele ano.
Uma tabela revela que nos quatro dias que antecederam a convenção, a
governadora assinou 670 convênios que previram a liberação de mais de R$ 165
milhões para diversos municípios do estado.
O processo também aponta que, em pleno
período eleitoral, o governo maranhense começou a construir moradias por meio
do programa chamado "Viva Casa", com gastos de R$ 70 milhões que não estavam
previstos no orçamento. As alegações finais, que somam 79 páginas, trazem
planilhas que mostram que a votação de Roseana foi expressiva justamente nos
municípios beneficiados com os recursos dos convênios fechados em ano
eleitoral.
Ainda na peça, os advogados sustentam
que a influência das ações da governadora no resultado eleitoral é facilmente
perceptível. Roseana ganhou as eleições no primeiro turno por 0,08% dos votos a
mais que a metade dos votos válidos.
No mês de junho de 2010, quatro meses
antes da eleição para o governo do Maranhão, foram celebrados pelo governo
Roseana Sarney 979 convênios eleitoreiros, totalizando R$ 400 milhões, segundo
processo de cassação (RCED 809) movido pelo ex-governador José Reinaldo Tavares
contra a diplomação dos atuais governantes maranhenses. Somente nos dias 23 e
24 de junho, nos dias da convenção que homologou a candidatura da filha do
senador José Sarney, foram mais 545 convênios. Incluindo fundo a fundo, prefeituras,
associações, foram mais de 1 bilhão em convênios eleitoreiros.
Com informações do Blog do John Cutrim
Não se deveria esperar outra coisa do Prevaricador Geral da República, Roberto Gurgel. è um comportamento típico.
ResponderExcluirEssa é a Justiça "cega" do Brasil.
Excluir"Aos amigos os favores, aos inimigos os rigores da lei".