Dilma Rousseff e Graça Foster
A presidente da Petrobras, Maria das
Graças Foster, vai participar nesta terça-feira (15) de uma audiência no Senado
para falar sobre as denúncias de irregularidades envolvendo a estatal.
Entre os
temas que Graça Foster deve abordar, está a compra da refinaria de Pasadena,
nos Estados Unidos. A transação é investigada pela Polícia Federal e pelo
Tribunal de Contas da União por suspeita de superfaturamento.
A oposição disse que vai querer ouvir a
presidente da estatal também sobre a construção da refinaria Abreu e Lima, em
Pernambuco, e os negócios da Petrobras na Argentina, alvo de inquérito da
Polícia Federal.
Graça Foster ainda deverá falar sobre dados relativos à gestão
que levaram à perda do valor patrimonial da empresa e à queda no faturamento.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que
lidera o grupo que pleiteia a instalação de CPI para investigar a Petrobras, tem criticado o modelo das audiências públicas no Senado. Ele
questiona que não é possível debater com o depoente, que responde a perguntas
feitas em bloco. “Ela vai responder o que desejar.”
CPI
Também nesta terça-feira o plenário do
Senado votará o relatório que definirá a abrangência das investigações na CPI.
A oposição quer uma CPI exclusivamente para investigar a Petrobras.
Já os
parlamentares aliados ao governo tentam instalar uma comissão para apurar
também as suspeitas de cartel no Metrô de São Paulo e irregularidades no Porto
de Suape, em Pernambuco - estados administrados pelo PSDB e PSB.
Na semana passada, a Comissão de
Constituição e Justiça decidiu que a CPI será ampla, mas a palavra final será
dada pelo plenário. A oposição argumenta que, ao acrescentar outros temas, o
governo pretende “embaralhar” a comissão de inquérito a fim de evitar uma
investigação aprofundada sobre a Petrobras.
Há ainda expectativa entre os senadores
de que, na próxima semana, a ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber dê
decisão liminar (provisória) sobre qual comissão – a da oposição ou a do
governo – deverá ser instalada no Senado.
Comentário:
Pelo visto, a CPI da Petrobrás pode ser o "Calcanhar de Aquiles" tanto do governo petista-peemedebista de Dilma Rousseff, quanto da oposição tucano-socialista de Aécio Neves e Eduardo Campos.
Em ano eleitoral, denúncias de irregularidades dessa envergadura sobre a maior estatal brasileira tendem a ser direcionadas para outras veredas, a fim de uma tentativa de "blindagem" do governo PT/PMDB e, ao mesmo tempo, de "contra-ataque" à oposição do PSB/PSDB.
Com informações do portal G1 Brasília
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