Em evento no município maranhense, Campos afirmou: "a fartura em Brasília acabou"
Em discurso para plateia de mais de
três mil pessoas no interior do Maranhão, o pré-candidato a presidente da
República e ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) afirmou que, se
for eleito, irá mandar o senador José Sarney (PMDB-AP) para a oposição.
Em ato político na noite de sábado
(26), em Timon (MA), cidade a 328 km de São Luís e vizinha de Teresina (PI), o
presidente nacional do PSB rechaçou a hipótese de ter o grupo da família do
ex-presidente José Sarney em seu palanque na disputa presidencial deste ano.
Governado por Roseana Sarney (PMDB),
filha do ex-presidente, o Maranhão é o principal reduto político da família
Sarney, aliada da presidente Dilma Rousseff (PT). Na disputa estadual, o PSB de
Campos estará na chapa do pré-candidato Flávio Dino (PCdoB), em oposição ao
candidato governista Lobão Filho (PMDB), apoiado pelo grupo de Sarney.
“Eu serei presidente da República e
respeitarei, sim, o presidente (José) Sarney, mas no meu governo ele (Sarney)
vai ser oposição nos quatro anos. Porque acho que o Brasil precisa de um
presidente que olhe no olho de cada homem e diga: a fartura em Brasília
acabou”, disse Eduardo Campos, sob aplausos.
A referência era ao fato de Sarney ter
estado ao lado de praticamente todos os governos nas últimas décadas. Apoiava o
regime militar, foi vice de Tancredo Neves, assumiu em seu lugar e, em seguida,
apoiou tanto Fernando Henrique Cardoso (PSDB) quanto Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) e, agora, Dilma.
Comentário do Blog:
Pelo próprio "espírito camaleônico" de José Sarney, conforme apontado, fica difícil crer que ele estará no campo da "oposição" num eventual governo Campos, já que em se tratando da esfera política nacional o grau de ramificação do ex-presidente da República é deveras tentacular, tendo articulações presentes entre os três principais presidenciáveis.
Com informações da Folhapress
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