Adriano Sarney, representante da terceira geração da família Sarney no Maranhão
Por Hugo Freitas
Conforme anunciado em post anterior, o
Blog do Hugo Freitas apresenta ao público, na estreia da coluna "Púlpito
Livre", uma polêmica entrevista com Adriano Sarney, filho de Sarney Filho (PV),
sobrinho da governadora Roseana Sarney (PMDB) e neto do senador José Sarney
(PMDB).
O jovem José Adriano Sarney é o
representante da terceira geração da família Sarney. Formado em economia e administração, ele preside o diretório municipal do Partido Verde no Maranhão e pretende disputar uma vaga
na Assembleia Legislativa nas próximas eleições.
Esta será a primeira disputa eleitoral do neto de Sarney, que nunca ocupou nenhum cargo político.
Em entrevista exclusiva concedida a
este jornalista, Adriano Sarney fala sobre sua vida, formação acadêmica,
estudos no exterior, atividades profissionais e o desejo de ingressar no
cenário político maranhense.
Além disso, Adriano fala também sobre o
pedido de impeachment da governadora, arquivado pelos aliados de Roseana na Assembleia,
sobre a situação do sistema carcerário e a crise na segurança pública, bem como
analisa o nome de Luís Fernando como candidato do grupo Sarney ao Governo do
Estado, a oposição e o nome de Flávio Dino nessa disputa, além de explanar o
que pensa sobre a gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior, seu partido, o
PV, o PT e a presidente Dilma e o significado que é carregar tatuado na veia o
sobrenome "Sarney".
Boa leitura!
"Quero poder executar as minhas
propostas e ideias e ajudar o meu Estado, para isso acredito que a melhor
maneira é participando do processo democrático, colocando-me a disposição do
povo do Maranhão para representá-lo na Assembleia Legislativa".
Quem é José Adriano Sarney? Conte um
pouco sobre a sua trajetória.
Nasci em São Luís do Maranhão, sou
filho de um político e de uma antropóloga, ambos ambientalistas. Na minha
infância, entre São Luís e Brasília (onde meu pai trabalha), convivi com
pessoas das mais variadas classes sociais. Na Capital Federal o Niemeyer
projetou as superquadras, onde eu vivi, pensando em um espaço para que as
crianças, todas, independentemente de sua classe social, pudessem conviver
brincando e aprendendo juntas. Em São Luis não foi diferente, a minha casa no
Turu era cheia de gente o tempo todo para falar com meu pai, fiz muitos amigos
com os quais convivo até os dias de hoje.
Estudei em uma escola bilíngue em
Brasília o que me despertou para outras culturas e me levou a buscar uma
formação acadêmica em universidades fora do Brasil. Morei na França onde cursei
administração e economia, presenciei a introdução da moeda única europeia, o
Euro, e tive a honra de estudar na Sorbonne, faculdade pública e símbolo do
país. Fiz também um ano de pós-graduação em gestão em Harvard, nos Estados
Unidos. O crescimento intelectual e a visão humanista que adquiri na Europa se
juntaram ao pragmatismo americano - um equilíbrio necessário. De volta ao
Brasil, fui trabalhar em um Banco em São Paulo. Contudo, o meu lado idealista e
humanista, me levou a optar também pela luta política no Maranhão, afinal,
sempre tive como a minha maior motivação o retorno ao meu Estado, às minhas
origens, e a chance de poder ajudar e fazer a diferença na vida das pessoas.
Você é empresário e tem formação em
economia. Por que você pretende entrar para a vida política?
Vale destacar que além da minha
formação em economia tenho formação em administração com pós-graduação em
gestão. Minhas atividades privadas, como investidor e empreendedor são o meu
sustento, já na política busco exercer os meus ideais. Acredito que a melhor
maneira de desenvolvermos o nosso Estado é investindo tempo, recursos, capital
humano e intelectual na consolidação das cadeias produtivas de atividades nas
quais temos aptidão econômica e viabilidade financeira. Fomentar a iniciativa
privada é a fórmula para um desenvolvimento sustentável com inclusão social e,
principalmente, para a redução da dependência da máquina pública.
Você vai disputar uma vaga de deputado
estadual. Por que você deseja ser deputado?
Minha força é a minha capacidade de
trabalho, estudei e me preparei para realizar, da melhor maneira possível, um
sonho. Quero poder executar as minhas propostas e ideias e ajudar o meu Estado,
para isso acredito que a melhor maneira é participando do processo democrático,
colocando-me a disposição do povo do Maranhão para representá-lo na Assembleia
Legislativa.
"Somos o segundo maior partido do Estado (PV), menor apenas que o PMDB que é o partido da governadora".
Qual a avaliação que você faz do
Partido Verde no Maranhão?
Muito positiva, somos o segundo maior
partido do Estado, menor apenas que o PMDB que é o partido da governadora. O
PV, com os seus ideais e a liderança do Deputado Sarney Filho, conseguiu se
consolidar no Maranhão como um grande e respeitado Partido. Continuamos
trabalhando no sentido de manter nossas principais lideranças e também de
ampliá-las com ações como, por exemplo, a estruturação do PV Jovem e do PV
Mulher, que se constituem em diretrizes da executiva nacional.
E a nível nacional, depois da saída de
Marina Silva?
O PV tem seu brilho próprio, levantamos
importantes bandeiras e temos uma postura independente. É muito provável que
lancemos um candidato para a Presidência da República.
Como você analisa a conjuntura política
nacional referente às eleições presidenciais?
Acredito que mesmo com todo o desgaste
do PT na mídia nacional e dos problemas na economia a Dilma vai ganhar as
eleições, pois tem importantes aliados e adversários não consolidados.
"[Ser membro da família Sarney] significa uma grande responsabilidade e ao mesmo tempo um desafio".
Você carrega em seu DNA um dos
sobrenomes mais controversos da política brasileira: “Sarney”. O que isso
significa para você?
Significa uma grande responsabilidade e
ao mesmo tempo um desafio. Quebrar a barreira do preconceito e firmar uma
identidade própria é tarefa difícil. Mas, o combate é o que nos move. A minha
bagagem, cultural e acadêmica, é o que tenho de mais importante para
disponibilizar àqueles que me veem como opção política para representá-los.
Qual a avaliação que você faz sobre o
governo Roseana Sarney, após a onda de ataques que vitimou a menina Ana Clara e
colocou o Maranhão no noticiário nacional e internacional?
Fiquei muito chocado com a morte da
menina Ana Clara. Os problemas enfrentados pelo Maranhão não são inerentes
apenas ao nosso Estado, são problemas também de âmbito Nacional. Todos tem a
sua responsabilidade, os Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, assim como
o Ministério Público. Temos presos hoje que cumprem pena sem terem sido
condenados ou aqueles que já cumpriram as suas penas e ainda estão presos, e
essa realidade não ocorre só aqui. Temos que levar em consideração que o nosso
Código Penal ainda é de 1940, um grande absurdo e comprova que o Poder
Legislativo também tem que fazer a sua parte. Por sua vez, o Governo Federal
precisa implementar políticas públicas eficazes no combate ao tráfico de drogas
que hoje é um problema de saúde pública e que afeta diretamente a segurança de
todo o território nacional. Então, vejo que não há só um responsável por essa
situação, faz-se necessário a mobilização e uma força tarefa a nível nacional
para mudar a realidade do nosso País. Achar que o problema é apenas do Maranhão
é um grande equívoco.
Qual sua visão sobre o pedido de impeachment,
por duas vezes barrado na Assembleia pelos aliados da governadora?
Esse pedido de impeachment dos
advogados paulistas foi uma manobra da oposição para gerar notícia. O que me
causa surpresa é que esses advogados não moram aqui, não trabalham aqui e muito
menos votam aqui, mas acham que podem interferir no nosso Estado. Eu amo o
Maranhão e defenderei o meu Estado sempre, diferentemente dos que preferem
chamar aqueles que defendem o Maranhão de “nazistas”, o que eu acho um
desrespeito. Mas, vivemos em um Estado democrático onde todas as opiniões,
ainda que esdrúxulas, podem ser expressas nos meios de comunicação.
Qual sua visão sobre a candidatura ao
governo estadual do secretário de infra-estrutura, Luís Fernando?
O Luís Fernando é um gestor com
reconhecida competência e experiência administrativa. Indiscutivelmente, ele é
o candidato mais preparado. Na grande Ilha já está tecnicamente empatado com os
outros candidatos. A tendência é crescer ainda mais devido a influência de seu
excelente trabalho no município de São Jose de Ribamar. Na região Tocantina,
área de grande resistência oposicionista, o Luís Fernando está crescendo e tem
como forte aliado o Prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, que é uma grande
liderança na região. Em alguns municípios ele já lidera nas pesquisas mesmo
nunca tendo disputado eleições para o Governo. Acredito em seu nome e na sua
capacidade de administração.
"Considero a candidatura de Flávio Dino legítima e necessária para o fortalecimento da nossa democracia. Daí a acreditar que isso possa vir a representar em um bom administrador, vai uma grande distância. [Flávio Dino] aposta na lógica do quanto pior, melhor – a meu ver, a pior forma de se fazer oposição.".
Qual sua análise sobre o campo de
oposição no Maranhão. Como você enxerga a candidatura de Flávio Dino ao governo
estadual?
Considero a candidatura de Flávio Dino
legítima e necessária para o fortalecimento da nossa democracia. Como ex-juiz e
advogado foi um bom legislador quando exerceu o cargo de Deputado Federal. Daí
a acreditar que isso possa vir a representar em um bom administrador, vai uma
grande distância. Entendo que o Maranhão precisa de propostas concretas para
seu desenvolvimento e crescimento econômico. Não vejo qualquer dessas propostas
no discurso que vem sendo sustentado por ele, a não ser uma vaga e surrada
versão de que ele aí está para “derrotar a oligarquia.” A alternância do poder
por si só não traz respostas para tudo e para todos, a política hoje se faz com
propostas e o povo quer resultados. Ele esquece que se elegeu Deputado Federal
com o apoio do Palácio dos Leões no período de seu aliado Governador José
Reinaldo. Também aposta na lógica do quanto pior melhor – a meu ver, a pior
forma de se fazer oposição. Seu partido, o PCdoB, tradicionalmente se situa no
campo da oposição, porém com uma postura ideológica bem definida, o que está
sendo descaracterizado pelas alianças políticas que o Flávio Dino tem feito e o
incentivo a novas e estranhas filiações, demonstrando que o dito pragmatismo
político supera o seu discurso de mudança.
E sobre a Prefeitura de São Luís? Qual
a avaliação que você faz do primeiro ano de gestão do prefeito Edivaldo
Holanda Júnior?
Entendo as dificuldades do prefeito
para administrar a cidade com todos os problemas acumulados ao longo dos anos.
De qualquer forma durante as eleições ele e seus aliados venderam a mudança
como uma fórmula mágica para solucionar os problemas da nossa capital. O risco
é que a população se sinta enganada.
Qual a mensagem que você deixa aos
leitores do Blog do Hugo Freitas?
Sou um leitor assíduo da blogosfera
maranhense e do seu Blog. Acredito nas novas mídias e principalmente na
internet. Portanto, chamo a atenção do leitor para uma questão muito importante
e que aprendi ainda cedo: leitura crítica sempre. É útil conhecer os fatos e
analisar as circunstâncias. A leitura crítica estimula o debate e combate a
parcialidade, o preconceito e o pensamento único.
Gostei muito da proposta da coluna. A democracia agradece. Parabéns pelo trabalho e que você continue avançando amigo Hugo Freitas. Bom domingo pra você e família.
ResponderExcluirObrigado, Poliana. Fico feliz que tenha gostado. A proposta desta coluna é ouvir os principais atores políticos do Maranhão e apresentar ao público leitor seus pensamentos e posicionamentos sobre os fatos de nosso Estado, independentemente de bandeira partidária.
ExcluirGrande abraço e um ótimo domingo pra vc tbm! :)
Adriano tenho ouvido muita critica a respeito de sua fala digamos q seja uma demagogia o pv so vive fechado p quem ja estudou em havard discurso meio enganador
ResponderExcluirGrato pela participação, Roberval.
ExcluirCom a palavra, Adriano Sarney.
Hugo o adriano quando fala no partido verde so fala do pai e se esquece de outros membros importantes que ajudaram na formacao do partido cm o washington rio branco no qual eles esquecem ou ate mesmo ja sacanearam nao venha adriano falar de juventude pq eu ja fui varias vezes cm muitos amigos meu no pv e la ja encontrei pessoas de interior vindo se filiar tenho fotos o partido so anda trancado cm contas cheganso correspondencias tenho fotos p comprovar
ExcluirTambém esperava que nesse ponto ele pudesse se estender um pouco mais, falar dos demais atores políticos do PV no Maranhão.
ExcluirTO FORA DESSE POVO AI TEMOS QUE RENOVAR AS ESPERANÇAS EM OUTRAS PESSOAS E NÃO NA CONTINUIDADE DESSA GERAÇÃO NA POLITICA DO MARANHÃO O MARANHÃO TEM QUE TOMAR NOVOS RUMOS EM ESPECIAL NA POLITICA SEI QUE CADA UM JÁ DEU SUA CONTRIBUIÇÃO AGORA VAMOS PENSAR EM UM MARANHÃO LIVRE E JUSTO MAIS IGUALITÁRIO E OUTRO DIA VI A PROPOSTA DELE AQUI EM UMA TV LOCAL DE IMPERATRIZ TA TOTALMENTE FLUTUANDO NEM SABE PRA ONDE E QUAIS BANDEIRAS SERÁ NECEARIAS
ResponderExcluirNA DEFESA DA QUALIDADE DE VIDA DO MARANHÃO.
O objetivo das entrevistas é justamente conhecermos o pensamento dos personagens que atuam no cenário político maranhense, a fim de debatermos democraticamente com a população, sem sectarismos nem bandeiras partidárias.
ExcluirAliás, o içamento das bandeiras fica por conta, exclusivamente, do leitor.
Grato pela participação.
esse rapaz ainda não esta preparado pra ser parlamentar do Maranhão outro dia vi uma entrevista dele aqui em uma TV de Imperatriz e as propostas não são bem conhecidas por ele é preciso ele conhecer o Maranhão mais profundo suas desigualdades sociais e vejo nos aqui do Sul do Maranhão desejamos outras opções não queremos a 3ª geração dessa politica maranhense pra confirmar é só fazer uma pesquisa aqui a começar por Imperatriz.
ResponderExcluirPor isso, perguntei ao Adriano qual o significado dele carregar no DNA o sobrenome "sarney", um dos políticos mais controversos da história republicana brasileira.
ExcluirO debate está posto. Avante!
Se ele for politico do jeito que e empresario o maranhao ta lascado as duas padarias no melhor ponto da cidade faliram
ResponderExcluirPelo visto, você conhece bem o Adriano, né Roberval? :)
ExcluirPede para ele falar dos membros do pv que tambem levantaram o partido ele so fala do pai o que ele me diz de simplismente tirar passar aperna no wrb e em outras pessoas botando so gente dele e outra qual funcao do adruano no pv sera q ele q preside mesmo a municipal pq supistamente a estadual e o pai dele e so vive com as portas fechadas em uma corrente bem grande adriano pede umas aulas p vovo sarney vc ta viajando tenhi pena do povo maranhense se voce for eleito hugo me da seu contato amigo
ResponderExcluirAs portas do blog estão abertas para o Washington Rio Branco, caso ele queira se pronunciar sobre o assunto.
ExcluirMeu contato: hugofreittas@yahoo.com.br
Abraço, Roberval.
Engraçado tenho ido com frequência no Partido Verde e sempre sou muito bem recebida, fui informada sobre as mudanças e fiquei muito feliz em saber que a comissão estadual mudou. Já estava na hora do esquenta banco WRB, deixar o partido progredir, porque assim como ele o partido verde no Maranhão estava parado, sem perspectiva, ainda bem que os outros membros tomaram providências. Já fui fazer visita a nova sede, fui informada que terão vários eventos ainda esse semestre, pelo que percebi, a casa finalmente está organizada. Apesar de terem recebido o partido sucateado pelo descaso do companheiro Rio Branco, o partido conseguiu sobreviver e já está respirando ares verdes!! Quanto ao Adriano, tenho acompanhado sua postura nos eventos políticos do estado e matérias em blogs e jornais, gosto muito do comportamento desse jovem, sinto boas energias, vai fazer história no partido verde e no Maranhão.
ResponderExcluirComentário lúcido e bem construído.
ExcluirObrigado pela participação, Lena.
Esse Roberval Rio Branco tem muita dor de cotovelo... vai trabalhar que passa rapaixxxxxxxxxxxxxx. Voltar pra dar aula na Uema tu não quer né?!
ResponderExcluiroh roberta se informe pra voce falar das coisas ta meu nome e roberval lopes so pedi p ele falar do washington rio branco esse e o nome nem conheco mais e um homem q idealizou o pv
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