Desde que foram retomados os trabalhos
na Assembleia Legislativa do Maranhão, o assunto eleição indireta tem sido
amplamente discutido, definido quase como pauta única na Casa, que tem a
competência para regulamentar e definir o processo de escolha do próximo
governador e vice-governador do Maranhão no caso de uma possível saída de
Roseana Sarney da chefia do Executivo.
Diante do cenário desenhado, é pouco
provável que os próximos eleitos fujam à linha de pertencerem ao mesmo grupo
político, já que a base do governo no Legislativo Estadual tem maioria na Casa.
Desse modo, o mais provável é que os
indicados para concorrerem às vagas sejam do PMDB, mesmo partido da governadora
Roseana, e do PT, partido do ex-vice-governador, Washington Oliveira, que abriu
vacância do cargo com a sua ida para o Tribunal de Contas do Estado. No PMDB,
as discussões têm sido recorrentes, mas dentro do Partido dos Trabalhadores a
discussão ainda está em fase embrionária.
O PT recentemente passou por um período
de definições internas, com a apuração das eleições do diretório estadual. Um
impasse, que foi definido na última semana com a escolha definitiva do
candidato Monteiro para presidente do partido, impossibilitava que a pauta das
eleições indiretas seguisse adiante.
O atual presidente Raimundo Monteiro,
que toma posse hoje (26) no diretório, afirma que somente a partir de agora a
discussão começará a tomar forma no partido. “Somente hoje após a posse do
diretório é que vamos iniciar, de fato, as conversas sobre uma possível vaga de
vice-governador que caiba ao PT”, disse.
CONTRA A ELEIÇÃO INDIRETA
Monteiro declarou que particularmente é
contra a definição do novo governador por meio de eleições indiretas, mas que
esse não representa um posicionamento oficial do PT.
“Eu particularmente sou
contra eleição indireta, apesar de ser uma prática legítima, prevista na
Legislação. Acho que a escolha tem que ser dialogada diretamente com a
população, mas essa não é uma opinião do PT, é uma opinião minha, nós não
concluímos ainda esse debate”, afirmou o presidente estadual do PT.
A FAVOR DA ELEIÇÃO INDIRETA
Outro membro do diretório estadual, o secretário de Estado de Trabalho e Economia Solidária, José Antônio Heluy,
acredita que o processo de eleição indireta é necessário e legítimo. “Eu
acredito na legalidade do processo. É um processo legítimo, necessário diante
do cenário o qual vivemos e o PT está iniciando o debate”, declarou.
José Antônio Heluy diz que não vê
possibilidades de o partido recusar a possível nova vaga de vice-governador no
mandato “tampão”, visto o acordo firmado em 2010, na eleição cujo mandato
termina este ano. “Estamos trabalhando internamente. Nós temos um acordo desde
2010 e não podemos nos recusar”, ressaltou.
O dirigente afirmou que a aliança, que
está avançando, é de interesse mútuo do PT e de partidos aliados. “Sem dúvidas,
a aliança continua e está avançando, independente do nome dentro do PT que irá
representar o partido nessa aliança, que é de interesse de todos”, finalizou.
Fonte: O Imparcial
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