O Facebook anunciou nesta quarta-feira
(19) a compra do aplicativo WhatsApp por US$ 16 bilhões. O valor é o mais alto
já pago por um aplicativo para smartphones desde que a própria rede social
comprou o Instagram. Também é a maior aquisição do site de
Mark Zuckerberg.
No comunicado que anunciou a compra do
aplicativo, o Facebook não informou se irá descontinuá-lo. Essa é a maior
aquisição já feita pelo Facebook, que pagou
pouco mais de US$ 1 bilhão pelo Instagram em 2012. No
fim de 2013, o aplicativo de fotos começou a exibir anúncios para levantar
receitas.
O Facebook já havia tentado comprar o
WhatsApp pelo menos uma vez, em dezembro de 2012. O valor da proposta à época
não foi divulgado.
De acordo com o documento, o WhatsApp
não será incorporado ao Facebook. A operação, portanto, deverá ser semelhante à
realização após a aquisição do Instagram. Assim, o Facebook manterá o WhatsApp
como uma subsidiária independente.
Criado em 2009 por Brian Acton e Jan
Koum, dois ex-funcionários do Yahoo!, o WhatsApp é um dos projetos mais
bem-sucedidos no universo dos dispositivos móveis. Ele está disponível em cem
países e para os sistemas operacionais iOS (Apple), Android (Google),
BlackBerry, Symbian e Windows Phone.
O valor de mercado do Facebook é
de US$ 172,8 bilhões depois do fechamento do mercado nesta quarta-feira (19).
Os papéis da rede social fecharam em alta de 1,13%, vendidas a US$ 68,06. Para
se ter ideia do avanço das ações do site, na abertura de capital em 2012, foram vendidas a US$ 38.
Com isso, a rede social já tem valor de
mercado maior do que companhias de tecnologia mais consolidadas, como a Amazon
(US$ 159 bilhões) e a Oracle (US$ 170 bilhões).
WhatsApp
Usado por 450 milhões de pessoas por
mês, o WhatsApp tem alto poder de engajamento: 70% que têm o aplicativo
instalado em seus celulares o manuseiam diariamente. Por dia, o app registra 1
milhão de novos usuários.
“WhatsApp está no caminho para conectar
um bilhão de pessoas. Serviços que atingem a casa do bilhar são incrivelmente
valiosos”, escreveu em comunicado o presidente-executivo do Facebook, Mark
Zuckerberg.
“O engajamento extremamente elevado do
usuário do WhatsApp e rápido crescimento são impulsionados pelos recursos de
mensagens simples, poderosos e instantâneos que prestamos. Nós estamos
entusiasmados e honrados de nos tornarmos parceiros de Mark e do Facebook para
continuarmos a trazer nossos produtos a mais pessoas ao redor do mundo”, afirmou
Jan Koum, presidente-executivo e cofundador do WhatsApp.
Ao adquirir o programa de mensagens
instantâneas, o Facebook coloca sob sua guarda um de seus mais recentes — e
potencialmente ameaçadores — concorrentes. O cálculo de Zuckerberg e de sua
equipe é que, por ora, o maior rival não está no setor de redes sociais em si,
mas no mercado de aplicativos de mensagens instantâneas.
A preocupação é que o público jovem
inicie uma migração para serviços como o WhatsApp, além de Snapchat e WeChat,
atraindo os demais usuários. O anúncio da aquisição, portanto, pode acalmar o
mercado – e seus investidores.
O Facebook Messenger, aplicativo de
mensagens instantâneas da rede social, será mantido. “Como o WhatsApp e o
Facebook Messenger servem a diferentes e importantes usos, nós continuaremos
investindo em ambos”, garantiu Zuckerberg.
Fuga de jovens
O WhatsApp está no centro da discussão
sobre a fuga de jovens do Facebook. O aplicativo de mensagens instantâneas, ao
lado do Snapchat, Line e WeChat, é tratado como um dos escoadouros de
adolescentes da rede social.
Para tentar conter a falta de interesse
e levar para seus domínios um desses aplicativos sensação, a rede social tentou
comprar o Snapchat por US$ 3 bilhões, mas teve sua proposta recusada.
Segundo o Facebook, o volume de
mensagens trocadas pelo aplicativo se aproxima do total de mensagens de texto
enviadas em todo o mundo. Do volume oferecido pelo aplicativo, US$ 4 bilhões
serão pagos em dinheiro e US$ 12 bilhões, em ações do Facebook. O acordo também
prevê um adicional de US$ 3 bilhões em ações restritas aos fundadores e
funcionários do WhatsApp.
O valor de mercado do Facebook é de US$
172,8 bilhões depois do fechamento do mercado nesta quarta-feira (19). Os
papéis da rede social fecharam em alta de 1,13%, vencidas a US$ 68,06. Para se
ter ideia do avanço das ações do site, na abertura de capital em 2012, quando
foram vendidas a US$ 38. Além disso, o CEO do WhatsApp, Jan Koum, tomará lugar
no conselho administrativo do Facebook.
Com informações do portal G1
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