Após as denúncias deflagradas pelo professor Ayala Gurgel, via Twitter, de uma suposta alteração de notas de seis alunos do curso de Filosofia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), publicado em primeira mão por este blog (REVEJA AQUI) e que teve ampla repercussão em todo o Estado, o chefe de Departamento do referido curso, José Assunção Fernandes Leite, emitiu nota no site da instituição federal rebatendo as acusações.
De acordo com a nota, José Assunção "lamenta a postura do professor Wildoberto Batista Gurgel, conhecido apenas como Ayala Gurgel, pelas denúncias feitas por este membro sobre alterações de notas, em seu microblog Twitter".
O Departamento considera que as acusações do professor são ofensivas e ameaçam a imagem do curso de Filosofia, o mais antigo do Estado do Maranhão, criado em 1953. “Ao mesmo tempo em que percebemos gerações passando pelo curso, denúncias como esta retratam de forma negativa o trabalho desenvolvido na Universidade, pondo em dúvida a postura de colegas e funcionários da UFMA e, mais ainda, do Departamento de Filosofia.”
No texto, José Assunção revela que já houve um expediente sobre alteração de nota de uma aluna, em 2011, envolvendo o prof. Gurgel "que não quis aplicar uma avaliação final, apesar de a aluna ter comprovado que estivera ausente por problemas de saúde durante a realização da disciplina".
"A acadêmica, assegurada pela lei, deu entrada na coordenação do curso com a documentação comprobatória (atestados médicos e exames), o que lhe deu direito à realização da prova, mas o professor Ayala novamente negou à aluna o direito de fazer a avaliação", explica a nota.
Segundo Assunção, o Departamento, respaldado na lei, compôs em assembleia departamental uma junta formada por três professores que ficou responsável por avaliar a discente e que, por mérito próprio, foi aprovada na disciplina, configurando assim uma alteração de nota dentro da legalidade permitida pelo Curso de Filosofia da UFMA.
Em suas derradeiras linhas, José Assunção afirma que apoia a abertura de uma sindicância e de um inquérito criminal para investigar o caso, reiterando a negativa de qualquer envolvimento do Departamento de Filosofia da Universidade com as supostas práticas denunciadas pelo professor Ayala Gurgel.
Hugo Freitas
Com informações do Departamento de Filosofia da UFMA
Como integrante da comunidade universitária, na condição de técnico-administrativo, com 38 anos de serviços na instituição, repudio a atitude do prof. que tenta colocar a nossa instituição na vala comum daquelas que não têm compromisso com a verdade, honestidade e com a construção de uma nova realidade. Se ele já teve desvios éticos e foi corrigido pelo seu Deptº e agora que jogar a responsabilidade na instituição, desmonstra que esse não é o seu lugar, é melhor procurar os seus iguais.
ResponderExcluirClaudio Bezerra
Grato pela participação, Cláudio.
ResponderExcluirBom dia Hugo, eu quero acompanhar esse caso, a única prova de lisura é instaurar o inquérito. Existe uma denúncia se o professor sofreu apadrinhamento no Departamento dele, já existe 50% de prova de que lá funciona, o apadrinhamento. Lamento, só uma pergunta, os fraudadores são político? Mais uma pergunta, os fraudadores da UFMA, são analfabetos? Abraços. Reinaldo Cantanhêde Lima
ResponderExcluirCreio ser difícil responder suas indagações, Reinaldo, uma vez que ainda não se conhece os responsáveis pela suposta fraude, plenamente negada pelo Dep. de Filosofia da UFMA.
ResponderExcluirSó mesmo uma investigação acurada, através da abertura de um inquérito, poderá precisar se as acusações procedem ou não.
Abraços.