Aumento do efetivo policial nos presídios maranhenses não diminuiu o número de detentos mortos
A pedido do governo do Maranhão, a
Força Nacional de Segurança Pública permanecerá por mais 90 dias em São Luís e
região metropolitana, onde reforça o policiamento em estabelecimentos
prisionais.
A prorrogação entra em vigor a partir
de hoje (5), com a publicação, no Diário Oficial da União (DOU), da portaria do
Ministério da Justiça que trata do assunto. O governo maranhense pode ainda
solicitar nova prorrogação do prazo, se assim desejar.
Policiais da Força Nacional estão atuando
no estado desde outubro de 2013, com a missão de ajudar a controlar a crise no
sistema prisional. Eles chegaram a São Luís depois que nove presos foram mortos
e ao menos 20 detentos ficaram feridos durante uma rebelião na maior unidade
prisional do Maranhão, o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
Além da presença da Força Nacional,
Pedrinhas foi reforçada pela atuação de policiais militares, o que parece não
ter surtido o efeito esperado. Pelo menos sete presos morreram somente
este ano no interior de cárceres maranhenses. De acordo com a Sejap, quatro
dessas mortes aconteceram em Pedrinhas.
Levando-se em conta os números
divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), chega a 67 o total de
presos mortos no Maranhão desde o começo de 2013.
São Luís tem 11 unidades prisionais.
Desse total, oito integram o Complexo de Pedrinhas. As demais são a Unidade
Prisional de Olho d'Água, o Centro de Custódia de Presos Provisórios do Anil e
a Unidade Prisional de Ressocialização de Paço do Lumiar, na região
metropolitana da capital.
A crise no sistema penitenciário do Maranhão estourou no início de janeiro deste ano, quando ônibus foram queimados em São Luís por bandidos orquestrados pelos líderes das facções criminosas que atuam dentro dos presídios, disputando o controle do tráfico de drogas no estado. Ataques esses que vitimaram a menina Ana Clara, de apenas 6 anos de idade.
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